16. Eu acho que ele iria me proteger.

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- Minha linda Barbara. - ele sussurrou baixinho e sorri me apertando contra ele e sentindo com seus carinhos e suas palavras, que eu podia ter esperanças.

Duas semanas depois...

Alisei meu lindo vestido novo, ele estava um pouco apertado, mas dava pra usar, Alice me ajudava a ajeitá-lo e bufou.

- Tânia tirou suas medidas erradas.

- Você acha?

- Sim, ou você engordou? O que andou comendo?

- Eu não comi muito esses dias.

- Sim vive trancada no quarto com Dylan. - meu rosto avermelhou-se profundamente.

- Marie Alice! - ela riu.

- Perdoe-me Barbara. Mas me diga, por que não tem comido?

- Eu não sei, às vezes estou com muita fome, depois o cheiro me enjoa. - fiz uma careta e ela me olhou atentamente.

- E você tem tido mal estar?

- Sim, na parte da manhã. O bárbaro me olha com uma cara de desgosto.

- Ele só está preocupado Barbara.

- Sim, mas até parece que estou doente.

- E não está?

- Não, é só um pequeno mal estar. Nada demais.

- Tem certeza?

- Claro, se eu estivesse doente, estaria cansada. Mas eu durmo muito bem.

- Isso é verdade.

- Viu não ha nada a se preocupar.

- Está bem Barbara. Então Dylan te contou quem vai chegar em breve?

- Não, quem vai chegar?

- Jasper Whitlock.

- E quem é esse?

- Amigo de Dylan. Eles treinaram juntos nas terras do pai de Jasper.

- Você o conhece?

- Não pessoalmente. Mas Dylan fala muito bem dele.

- Ótimo, e quando ele vem?

- Em breve. Dylan recebeu uma carta dele, há alguns dias. Parece que tem noticias sobre... - ela se calou e a encarei.

- O que?

- Nada.

- Marie Alice! - coloquei as mãos na cintura e ela grunhiu.

- Agora sei por que Dylan não falou nada. Ele vai se zangar comigo.

- Diga logo Marie Alice.

- Está bem, sobre seu pai. - ela evitou meus olhos e suspirei.

- Bem, - afastei uma poeirinha do meu lindo vestido e dei de ombros. - Uma hora ele teria que aparecer. - ela olhou em meus olhos.

- Você sabe que Dylan ira matá-lo não é? - me sentei na beirada da cama e chamei Alice e segurei suas mãos.

- Eu sei que é estranho, mas eu não sinto que Martin é meu pai. Ele nunca me tratou como uma filha querida. Desde que cheguei aqui eu noto a diferença entre sua casa e aquilo que era a minha. E é como dois países diferentes. Vocês se respeitam aqui, se amam, tem alegria e fartura. Em Cummins, era triste, e decadente. Meu pai não ligava para o povo, só se preocupava com sua própria ganância.

- Barbara... - a interrompi e continuei.

- Eu passei toda minha vida presa em uma torre. Raras eram as ocasiões em que eu saia, somente quando meu noivo ia me ver ou para ir à missa aos domingos. Se eu desobedecesse meu pai, eu era castigada. Aconteceu uma vez, e desde então eu me resignei a vida que me foi dada. Eu realmente não amo Martin como um pai. Ele foi mais um...

adorável prisioneira ~ adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora