Depois disso, se encontram na mesma trilha, porém com um cenário diferente; A árvore grande havia sumido. Agora, estavam num bosque de eucaliptos, com folhas amareladas que faziam um tapete no chão.
- Aqui é bem bonito- diz o raposo.
Haviam rochas imensas espalhadas pelo chão, com um pouco de líquen às cobrindo. Eram escorregadias, então deveriam ter cuidado ao andar pelo caminho de pedras.
A trilha parecia longa, então apressaram-se.
-Acho que o que eu mais queria agora era uma parreira - exclamou o guaxinim- seria incrível!
-Eu também gostaria de achar uma parreira por aqui- acrescenta Maya- seria com certeza incrível. Porque estou com uma fome incrível também.
-Você é igual a mim!- Diz surpreso o guaxinim - somos como gêmeos!
Andando mais adiante, algo surpreendente surgiu em seu caminho: Uma parreira de uvas bordô, pendurada sob uma árvore.
- Eu sou mágico! - disse o guaxinim, feliz.
-Pegue algumas para você- sugere Maya.
O guaxinim foi rapidamente pegar um lenço para fazer uma trouxinha com várias uvas.
-Você gosta mesmo de uvas, não gosta?- pergunta o raposo.
- Eu gosto de quase tudo que é comestível- responde o guaxinim, apressado. - mas posso revirar lixo se eu estiver com muita fome. Um dia tentei provar casca de árvore, mas não diria que é muito saboroso...
Era início da tarde, então eles ainda tinham tempo. Claro, se Maya quisesse dormir fora.
-E você, raposo- questiona Maya- de que você mais gostaria?
-Eu queria ter coragem- responde.
Enquanto isso, Maya ia lendo o livro que ganhou.
- Vocês sabiam que a Borboleta madrepérola da floresta tem asas brilhantes? Achei isso legal.
-Interessante - diz o raposo, sem graça por não saber disso.
Encontraram então uma torre; Parecia a torre de Rapunzel, porém era no meio de eucaliptos.
- Olha! Quem será que mora aqui? - pergunta o guaxinim.
"Não faço ideia", respondeu Maya.
Havia uma espada enfiada no chão. Maya pegou o cabo e puxou.
-Legal- exclamou.
De repente, um grifo( parecia uma águia com corpo de leão ) surgiu da janela na ponta da torre. Ele vinha em direção a Maya e seus amigos.
-Eu não estou gostando nada disso- diz o raposo, assustado.
"Vocês precisam derrotar o grifo para conseguir sair da floresta", ouviram, "Ele é uma prova, e só pode machucar vocês se vocês acreditarem que ele existe".
A voz parecia vir de algum objeto na bolsa de Maya.
-Quem está falando?- pergunta Maya, assustada.
"Sou eu, a coelha!", adicionou. "Estou falando através do espelho de mão que te dei".
O guaxinim mexeu na bolsa da menina e encontrou o espelho mágico.Era a coelha mesmo, olhando pelo vidro.
-Eu sabia que tinha algo de estranho com você desde que te vi pela primeira vez- afronta o raposo.
"Eu só tô tentando acudir, e acho bom que vocês ajudem a pobre menina! Pensem nisso como um desafio.Vocês precisam provar para si mesmos que conseguem ser corajosos."
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Com amor, Maya
FantasyTudo começa num dia comum, nublado e com orvalho pingando das folhas de plantas que ela deixava fora de casa. Preparou um chá e foi à caça de frutos, quando encontrou a mariposa.