O Jardim de Tulipas

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Maya saiu de uma porta de um jardim de vidro. Nele havia vários tipos de orquídeas, samambaias, rosas, peônias e lírios.

Saindo do grande jardim, se deparou com um campo de tulipas de várias cores. Faziam um padrão: vermelho, rosa, amarelo e branco.

Depois achou uma mesa grande e redonda, com fios de luzinhas penduradas ao redor. E, para sua surpresa, haviam vários camundongos em cima dela.

Ela chegou mais perto, e ouviu:

"Você vai participar do baile?"

-Olá! desculpa, não entendi... - disse a garota, confusa.

-Faremos o baile daqui a alguns instantes - disse o camundongo - você poderá assistir sentada. Nós não vamos usar essas cadeiras grandes.

A mesa estava repleta de mesinhas menores e cadeiras minúsculas. Havia um bolo, mas ele era do tamanho de um batom, então Maya não iria aproveitar ele.

Havia uma pequena orquestra de câmara, onde camundongos afinavam seus instrumentos.

"Peço sua atenção, por favor", diz um camundongo de terno. "Sejam bem-vindos ao terceiro Baile anual. Podem se sentir à vontade".

Os camundongos tocavam na orquestra, mas o som saía baixinho, provavelmente pelo fato dos instrumentos serem pequenos.

O mesmo camundongo que estava na mesa de chá estava no Baile, com um vestido rosé.

-Olá, Maya! - diz ela, sorrindo - Que bom que está aqui!

-Olá! desculpe, não me lembro de seu nome...

-Ah, eu não contei ainda! Pode me chamar de Bianca.

-Você está linda com esse vestido! - elogiou a menina.

-Obrigada!

Os ratos estavam dançando enquanto a orquestra tocava. Parecia um conto de fadas.

-Você precisa de ajuda para chegar em sua casa, certo?

-Sim, preciso. Estou perto do campo de girassóis, então acho que consigo ir pra casa até hoje.

-Acho que a coelha não te contou o resto... Você vai sair do Jardim de Tulipas e ir para uma parte do campo. Você terá de jogar cartas com o bobo-da-corte. Acho que ele gosta de trapacear.

- Como assim, 'trapacear'? Ele trapaceia no jogo de cartas?

-Sim. Ele não aceita perder. E se ele por um acaso perder, fará de tudo para não deixar vocês irem.

Bem na hora que Bianca falou disso, a coelha começou a chamar Maya.

-Olá! - disse a coelha - Maya, eu preciso urgentemente falar com você.

-Pode falar- autorizou.

- Sinto muito por estar falando disso só agora, quando sua jornada esta no fim.

"Não tem problema", consola a garota.

-Você vai ter que jogar cartas com o Bobo. Mas ele não quer deixar você sair. Ele irá oferecer riquezas para você, mas você deve recusar.

-Certo - disse a garota.

-Mas o corvo irá com você - acrescentou a coelha - Mas não se preocupe. deve confiar nele.

A menina não acreditara no que estava acontecendo. Ela teria que ir para uma prova de imensa responsabilidade e teria que levar um animal louco por carniça. Parecia algo arriscado, mas como a coelha pediu, a menina fez- confiaria no corvo.

Assim que a menina concordou, a coelha alerta:

-Por favor, escolha manter o dois no jogo de cartas.

E desapareceu.

Bianca olhava assustada para Maya. Ela não havia entendido o que estava acontecendo.

-Preciso ir- disse a menina, apressada - Vai anoitecer daqui a pouco.

Ela achou a chave da confiança, então abriu uma porta no meio do jardim e entrou.

Com amor, MayaOnde histórias criam vida. Descubra agora