The Black Heiress - Tom R. Draco M. (Republicada)

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POV LISE

01 de Setembro de 1995

Lise estava nervosa, e nem se quer tinha motivo para ela estar roendo suas unhas e alisando suas vestes. Talvez fosse porque seu ciclo de convivência nunca tivesse incluído pessoas que ela se sentisse atraída, ou talvez fosse porque Draco a olhava por longos segundos - parecia preso na garota - ou talvez fosse porque eles estariam sozinhos durante esse tour - mas, de qualquer forma, todas essas coisas se interligavam.

— Vamos? - ele perguntou assim que terminou de dizer a seu amigo Zabini o que ele teria de fazer com as crianças recém chegadas, parando em frente a Lise com um belo sorriso e postura firme.

Ela assentiu, alisando suas vestes mais uma vez.

— Bem, a escola é bem grande e cheia de áreas que não são de relevância e que você pode às conhecer outra hora por conta própria - ele começou a falar enquanto guiava o caminho por entre corredores vazios e mal iluminados - Vamos começar pelas torres, assim a melhor parte fica para o final - a olhou por sobre seus ombros pontudos - nossa comunal.

Eles seguiram por todos os corredores até as torres. Draco se esgueirava pelos cantos com maestria, parecendo gostar de seu cargo de monitor chefe.

Quando já estavam nas masmorras e a última coisa que faltava era a tão sonhada comunal, ele diminuiu a velocidade, se contentando em andar lado a lado com a mais nova sonserina.

— E ai? - se olharam, azul no castanho - O que achou?

— Do tour ou da escola? - eles sorriam.

— De tudo.

— Aqui é incrível! - exclamou, sorridente - Cada coisa parece merecer toda atenção do mundo.

Draco a achava encantadora enquanto gesticulava e falava. Ele simplesmente não conseguia parar de olhar para aquela garota.

— Bom, aqui é a passagem.

Eles estavam parados em frente a uma parede de pedra acinzentada. A princípio ela não parecia nada de mais para a garota Black, mas a cada momento que ela buscava ela achava mais detalhes: seu rodapé era entalhada por uma cobra grossa e grande que se estendia até onde ela não podia ver, os quadros que ali se encontravam eram vazios com um fundo verde - o verde sonserina - e ela praticamente podia ouvir o sibilar da cobra entalhada.

— Basta dizer a senha, que é: Felix Felicis - e no mesmo instante a cobra se ondulou, esquerdo seu corpo entalhado até formar um arco de escamas, uma passagem.

— Uau - Lise estava maravilhada.

Draco sorriu, achando graça da forma como ela gostava de tudo. Gesticulando para que ela o seguisse, ele deu um passo à frente, atravessando o arco, deixando que a cobra ondulasse até se aconchegar no rodapé novamente.

Lise observou, meio curiosa, os três caminhos que se seguiam a frente, lembrando-a um labirinto.

— Bem - parou ao seu lado - o caminho da comunal é o da direita, siga sempre por esse caminho e nunca, em hipótese alguma, pegue os outros caminhos.

— Por que?

Malfoy sorriu, guiando o caminho pela entrada correta.

— Salazar sempre odiou a ideia de que, mesmo com a senha, alguém poderia a descobrir e entrar na comunal sem a permissão - a olhou por cima de seus ombros - então ele meio que criou essa espécie de labirinto mágico.

Ele parou em frente a um arco comprido, seguido de uma escada de pedra que aparentava descer até onde Lis deduziu ser o salão comunal.

— Se alguém entrar em qualquer um dos caminhos que não seja o certo, essa pessoa é levada até um réplica idêntica da entrada inicial, o que a leva achar que simplesmente voltou à estaca zero e não a um outro lugar - ele falava aquilo com um sorriso bonito cruzando seus lábios, como se amasse o assunto, como se pudesse falar sobre Salazar e a Sonserina por horas a fio - a pessoa vai continuar tentando e tentando mas isso só vai fazer com que ela se perca mais a fundo.