12. Eu Quero Você

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Hande observou sorrindo, Kerem descer do carro. Olhou mais uma vez a sua roupa, se certificando que estava tudo arrumado. Usava uma bermuda jeans e uma blusinha de alça soltinha azul. Seus cachorros estavam ao seu lado, atentos. Kerem já os tinha conhecido, mas nunca tinha estado em sua casa, aquela era a primeira vez.

Hande sentia seu coração bater tão forte, que parecia que seu corpo não suportaria a fúria de sua pulsação. A cada dia que passava, a confusão de sentimentos que sentia ia acalmando, dando lugar a uma paz, uma certeza em relação a Kerem.

Ela não estava certa sobre seu futuro com ele. Na verdade, ainda não tinha pensado sobre isso. Mas ela estava certa de que, naquele momento, queria viver cada parte que lhe era oferecida.

A sacola nas mãos dele roubou sua atenção, a fazendo arquear a sobrancelha em uma pergunta silenciosa.

– Martini. - Respondeu se aproximando. Hande assentiu.

– Kerem Bursin sem máscara? - Brincou, erguendo a mão pedindo a sacola.

Kerem riu, concordando com a cabeça e lhe entregando. Hande queria muito beijá-lo, mas conteve sua vontade, ainda estavam na parte exterior da casa, que mesmo fechada e discreta, poderia ser arriscado. Ele usava jeans e uma camiseta verde escura, que destacava ainda mais a cor do seu cabelo e seus olhos. Sua barba aparada fez com que Hande quisesse levar as mãos até seu rosto e acariciá-la.

– Vim direto de casa e passei bastante álcool em gel antes de sair. Então está tudo bem. - Explicou, chegando um pouco mais perto. - Vai me convidar para entrar? - Perguntou divertido.

Hande riu, se concentrando no que ele falava.

– Deixa eu pensar. - Falou, estreitando os olhos e batendo o dedo indicador nos lábios. Kerem revirou os olhos, rindo. - Vem. - Falou sorrindo para ele e depois se virou para os cachorros. - Vamos.

Hande foi na frente, sendo seguida por seus cachorros e Kerem. Deixaram os sapatos de fora e entraram.

Ela fechou a porta e quando se virou, foi surpreendida por Kerem, que a puxou pela cintura e colou os lábios nos dela.

O beijo era suave, carinhoso. Suas bocas se moviam lentamente, desfrutando uma da outra. A mão dele subiu pelas costas se encaixando em sua nuca, e Hande quase esqueceu que segurava a sacola com a bebida. Ela arfou baixinho e descolou suas bocas em busca de ar, encostando a testa na dele.

– Oi. - Sussurrou ele, sorrindo.

– Oi. - Respondeu, dando um selinho rápido. Hande suspirou fundo e sorriu. - Vem, deixa eu colocar isso ali. - Disse, se desvencilhando do abraço e pegando a mão dele, o guiando até a cozinha.

Deixaram a bebida no balcão, e Hande se ocupou em mostrar rapidamente o andar inferior da casa para Kerem, assim como ele fizera com ela.

– É linda. - Concluiu Kerem. - Bem a sua cara.

Hande sorriu.

– Caner é talentoso. - Disse, se referindo ao cunhado, que tinha sido o responsável pela decoração da casa. - Depois eu vou mostrar pra você o meu ateliê, fica no andar de cima. - Hande raramente mostrava seu ateliê para as pessoas, porque era o cantinho dela, mas não se importava de dividir com Kerem.

– Vou adorar. - Falou. - Vem, vou preparar o melhor martini que você já bebeu.

– Kerem Bursin como barman. - Zombou ela, enquanto caminhavam de volta para a cozinha.

– Exclusividade da Handemy. - Disse ele, piscando para ela.

– Uuuhh.. - Disse sorrindo. - Você faz a bebida, enquanto eu termino de arrumar a mesa. A comida já chegou.

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