14. Você e Eu, Queimando

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Espero que gostem!

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A madrugada avançava, mas Kerem ainda não tinha conseguido pregar os olhos, parecia estar com receio de acordar de mais um sonho bom. Pegou o celular, que tinha resgatado do ateliê, e olhou as horas novamente. 3h26. Colocou novamente do lado do travesseiro e voltou a observar Hande. A luz fraca que entrava pela varanda do quarto dela, facilitava sua visão na penumbra da noite.

Ela dormia serenamente ao seu lado. Outra coisa nova que Kerem tinha constatado sobre Hande: Ela mexia muito enquanto dormia. A parte boa era que, mesmo inconsciente, ela nunca deixava de tocá-lo.

Naquele momento, Hande estava deitada de lado, virada para ele, enquanto a mão dela descansava em seu abdômen. Kerem sorriu ao lembrar de alguns momentos daquela noite.

O cheiro dela. A pele na pele. Os gemidos ofegantes e os sussurros que pediram por mais. O gosto, os beijos e os sorrisos. Os olhares e o desejo ardente. O fogo e a cumplicidade.

Devagar, virou o corpo dele na direção dela. O movimento fez com que a mão de Hande caísse no colchão. Delicadamente, tirou parte do cabelo que caía sobre o rosto dela, deixando-o sem nenhum obstáculo para admirar a beleza daquela mulher.

Hande se mexeu um pouco, se aproximando mais dele, colocando a mão na sua cintura. Kerem a puxou para ele, deixando suas costas tombarem no colchão novamente, a aconchegando em seu peito. Respirou mais uma vez o perfume doce dela, e fechou os olhos. Dessa vez, não era um sonho.

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O som estridente do despertador fez com que Hande abrisse os olhos devagar e estendesse o corpo até o móvel do seu lado da cama, para desligá-lo. O movimento a afastou do abraço quentinho de Kerem, que a abrigava em uma conchinha gostosa.

O sono tranquilo de Kerem não foi pertubado pelo movimento brusco dela. Hande aproveitou que ele ainda dormia, se levantou e foi até o banheiro, escovando os dentes e lavando o rosto. Depois voltou para o quarto.

Hande o observou um pouco. Seu olhar passeou por toda a extensão de seu corpo, gravando cada detalhe. O cabelo bagunçado, o rosto pacífico, o abdômen desenhado, os braços definidos, as pernas grossas, a bunda durinha. Definitivamente, tudo na medida certa. Como diria Serhat: "Aquele homem é um evento!". Hande nunca teve dúvidas disso.

Ela pegou o celular e olhou a hora se certificando do tempo que ainda tinham, voltou para cama, deitando e se aproximou dele. A primeira coisa que fez foi enfiar sua cabeça no vão do pescoço de Kerem e inalar seu cheiro. Depois deixou um beijinho ali. Sua mão subiu as costas dele delicadamente, num carinho manso.

– Kerem. - Chamou ela, baixinho, perto do seu ouvido. Kerem apenas resmungou alguma coisa que ela não entendeu, mas passou a mão pela cintura dela, a puxando para mais perto. - Acorda. - Chamou mais uma vez, dando um beijinho no queixo dele. Depois na bochecha, depois abaixou da orelha, onde deixou uma pequena mordida no lóbulo dele, fazendo-o gemer. Hande sentiu ele movimentar a mão para dentro de sua blusa, subindo suas costas e arfou. Ela sorriu e voltou a encara-lo.

Ele ainda tinha os olhos fechados, mas sorria. Hande não resistiu e colou os lábios nos dele. Tentou aprofundar o beijo, mas Kerem travou o maxilar, fazendo ela se afastar, revirando os olhos.

– Isso é injusto. - Disse Kerem. - Você levantou primeiro.. devia ter me chamado também.- Respondeu, afundando a cabeça no pescoço dela. Kerem respirou fundo, e plantou um beijinho ali. Mas foi quando Hande sentiu a língua quente dele passear pela extensão da sua garganta que todo seu corpo se acendeu de novo, com uma urgência ainda maior, porque agora ela sabia exatamente pelo que a esperava.

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