capítulo 4

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No caminho, meu celular tocou

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No caminho, meu celular tocou. Preferia quando não tinha sinal, assim as pessoas  falavam mais pessoalmente, mas não podia negar a grande facilidade que o aparelho trazia quando o assunto era meu trabalho.

—Alô.—Encostei a caminhonete antes de atender.

—Josh, o transporte adiantou, você vai ter que volta para receber os animais —informou o meu tio.

–Estou indo—respondi e logo desliguei o celular. Estava esperando as novas aquisições do Simon somente no dia seguinte. Pelo jeito, ele resolveu adiantar tudo aquele dia, inclusive a filha. Sorrio ao me lembrar da Cristal... não sabia ao certo oque aquela garota fazia ali, mas com certeza era algo contra a sua vontade, pois era nítido o seu desgosto. E algo me dizia que ela era uma roubada.

Fiz o retorno e peguei a estrada para a fazenda novamente. sou o único veterinário da fazenda Girassol. Simon Soares tem um grande rebanho de gado leiteiro e também cavalos de competição e eu sou responsável por qualquer animal que chega ou sai da sua propriedade.

Amo meu trabalho, mas desde que voltei ao Brasil e me reaproximei do tio Ron, tinha uma vontade enorme de voltar a montar. fazia isso quando adolescente, mas abandonei os rodeios para entrar na faculdade. Mas estava na hora de correr novamente atrás dos meus sonhos. Um grande rodeio acontecia em uma cidade vizinha e os peões vencedores passariam fazer parte da equipe do circuito Nacional. Era minha chance, o sonho de viajar pelo Brasil levando a minha verdade, o meu interior e as minhas raízes aonde quer que eu fosse.

Estacionei a caminhonete e fui logo a direção do caminhão. Minha função era verificar se todas as vacinas necessárias haviam sido corretamente aplicada. Também me certificava de que as normas de bem-estar dos animais estava sendo respeitadas. O pai da cristal é bem rigoroso em relação a isso. Nem um animal saia da fazenda ou entrava nela passando por algum tipo de sofrimento ou desconforto e essa foi uma das razões que me fizeram aceitar a sua proposta de emprego. E era oque me mantinha-lá.

Repudio qualquer maus-tratos a animais e nunca aceitaria trabalhar em algum lugar que não tivesse os mesmos princípios que eu.

Conferi tudo, inclusive se havia algum animal ferido. Após confirmar que tudo dava certo, assinei a papelada para que o caminhão fosse liberado.

Já estava pronto para voltar para casa, sair do galpão um pouco apressado, sem perceber que alguém estava chegando. E me choquei com um corpo e acabei caindo no chão.

Assim que abri meus olhos e vi a mulher embaixo de mim, meu corpo se animou, não conseguir evitar. Seria realmente bom se estivéssemos em outro lugar.

—Sai de cima de mim, seu idiota.
—brochei imediatamente! Porque ela tinha que abrir a boca?

—Foi mal, esquentadinha—disse sem pensar. Levantei e estendi a mão para que ela fizesse o memso. Ela aceitou minha ajuda e ficou de pé

—Oque você esta fazendo aqui?
—questionei, pois ela não parecia uma mulher que se misturava aos animais. E, pela roupa que usava, não estava ali para alimentar os porcos.

—Com certeza não foi para ver você, que pelo visto ainda não tomou banho. —Ela apontou pra mim e fez cara de nojo.

Estava ficando cansado daquela patricinha metida, então a deixei falando sozinha e andei em direção à minha caminhonete.

—Ei, seu caipira, eu ainda estou falando com você. —Sua voz era irritante.

Levantei a cabeça pedindo paciência aos céus.

—O que você quer? -Me virei em sua direção, ja irritado. —Seu lugar não é aqui.

Continuei andando.

 A garota continuou me seguindo, bufando de raiva. Sua pele vermelha indicava que ela também não ia com a minha cara, e eu estava pouco me lixando para o que aquela mimada pensava.

— Qualquer lugar em que você esteja não é o meu lugar — retrucou ela, usando o mesmo tom de voz que eu. — Mas, infelizmente, preciso da sua ajuda para encontrar alguém. Muito difícil para você? — Arqueou uma sobrancelha e me deu um sorriso desafiador. — Ouvi dizer que tem um médico veterinário aqui, e eu adoraria conversar com alguém alfabetizado. — Desdenhava de mim na caradura.

Eu não acreditava no que estava ouvindo. Ela estava falando de mim! Claro que eu não perderia a oportunidade de irritá-la mais uma vez. Abri um sorriso antes do meu próximo passo.

— Muito prazer — disse, tirando o chapéu e me curvando diante dela. — Dr. Josh beauchamp, à sua disposição — completei.

Sua boca se abriu, e vi a expressão "cair o queixo" de forma literal.

— Mas, infelizmente, o analfabeto aqui não tem tempo para perder com conversas fúteis vindas de uma garota mais fútil ainda. — Ela me olhava de cima a baixo, me analisando, ainda com a boca aberta.

— Eu... — Ela começou a dizer algo, mas eu a cortei.

— Passar bem, Cristal! — Me virei e não segurei o riso.

Aqui o sistema é bruto!

Aqui o sistema é bruto!

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2021 ⏰

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𝟾 𝚜𝚎𝚐𝚞𝚗𝚍𝚘𝚜- 𝙱𝚎𝚊𝚞𝚊𝚗𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora