Depois que saíram de Hawkins, e deixaram tudo pra trás, eles decidiram recomeçar na capital de Indiana, em Louisville. Lá a vida era bem diferente da cidade pacata onde viviam antes. Essa foi uma grande mudança na vida de Joyce, Will, Jonathan e Onze.
Eles quase nunca falavam de Jim Hopper, mas dos pensamento de Joyce, ele nunca saiu. Ela lembrava dele sempre que fumava cigarros (agora muito raramente), que preparava a comida que ele gostava, e sempre que olhava pra Onze. Ela havia decidido ficar com a menina (agora moça) pelo simples motivo de se sentir culpada pela morte de Jim e por ser muito amiga dele também. E ela concordou porque sabia que era verdade e que seu pai também gostaria muito disso, mas nunca soube o que realmente aconteceu no laboratório aquele dia.Onze agora fazia parte da família Byers, todos se amavam como tal e se davam super bem, as vezes ela ficava imaginando se seria assim se seu pai tivesse se casado com Joyce. Ela sabia que ele gostava dela, e desconfiava que ele a amava, mas nunca tocou no assunto com a mãe de Will.
Um ano inteiro se passou depois que a família se mudou da antiga cidade, mas nunca conseguiram se adaptar direito, faltava muita coisa para isso acontecer. Will sentia falta dos amigos, dos companheiros de aventuras, sentia saudade de Mike liderando, do jeito engraçado de Dustin e das engenhocas de Lucas, Jonathan sentia falta de Nancy, e Onze sentia muita saudade de Will e para piorar havia perdido seus poderes e não conseguia conectar seus pensamentos com os dele. Ela perdeu as contas das vezes que Joyce a pegou triste, chorando pelos cantos.
Joyce era uma mulher determinada, estava trabalhando fora o dia todo, afinal ela tinha deixado seu emprego no supermercado para trás. Hoje em dia trabalhava num auto posto, não gostava muito porque de vez em quando escutava cantadas horríveis de homens que passavam para abastecer, mas era o que havia encontrado e se contentou, afinal tinha que arrumar dinheiro pra sustentar 3 crianças em casa.
Onze, Will e Jonathan entraram numa escola local, mas não gostavam muito de lá, gente estranha e esquisita da capital. Sofreram bullying ao dizerem que tinham vindo de Hawkins, pelos colegas eles eram chamados de meninos do interior e isso os chateava.
Em um dia normal. Eles voltaram da escola e esquentaram o jantar. Quando Joyce chegou do trabalho exausta, ela apenas tomou um banho demorado, jantou e tomou um relaxante muscular antes de dormir, o trabalho lhe deixava morta. Os meninos seguiram o exemplo e foram deixar cedo também.
Já era tarde, 3h da manhã do dia seguinte, Onze acordou gritando, ela teve o primeiro pesadelo de muitos que iria ter, era um sinal. Todos acordaram assustados e correram pra cama da Onze. Ela também estava assustada e começou a chorar. Mas não contou seu sonho a ninguém. Joyce fez questão de ficar ao lado dela até ela adormecer novamente, passando a mão no seu rosto até ela dormir, calma e tranquila.
No dia seguinte, sonhou de novo, a mesma coisa. E depois de novo no outro dia, no outro e no outro.
Joyce havia chegado em casa mais cedo hoje, e onze decidiu contar a ela pela primeira vez:
- Tia Joyce?- Oi amore, como vai? Nem vi que você estava aí. Não foi a escola? Perguntou Joyce.
- Não, é que eu tava com dor de cabeça, então resolvi ficar.
- E já passou a sua dor? A mãe de Will pergunta preocupada.
- Já sim. Tia Joyce a gente pode conversar?
- Claro querida.
Joyce termina de enxugar as louças rapidamente e senta próxima de Onze. Então ela começa:
- A senhora sabe que eu perdi meus poderes né? E que ainda não voltaram e tal.- Sim sei. Responde Joyce um pouco confusa.
- Pois é, a senhora sabe aqueles meus sonhos? De todas as noites? São os mesmo sempre, eu não queria ti contar, não porque não confie em você, não é isso. Mas eu preferi guardar pra mim até ter certeza do que eu via.
Joyce ouvia tudo atentamente.
- Tia Joyce eu sonho com meu pai todas as noites. Sonho com ele em uma sela com demogorgon guardando a porta. E ele não está sozinho, tem muitos e muitos homens, que são todos com características dele, fortes e grandalhões. Tem uma linha de trem, tem preços, pedaços de ferro...
Ontem eu pude localizar onde é essa prisão, é na Rússia.
Joyce ao ouvir o nome do país elevou um pouco sua pressão, respirando fundo e então ela conseguiu dizer:
- Você tem certeza disso?- Sim eu tenho. Eu devo está recuperando meus poderes agora, porque eu nunca sonhei com meu pai com tanta nitidez. Tia Joyce, eu tenho certeza que meu pai está vivo!
Já com algumas lágrimas nos olhos, Joyce tenta acalmar a moça:
- Tudo bem querida, deve ser só um sonho, não fique preocupada com isso. Você só está em choque.- Não, eu tenho certeza que ele está vivo. Talvez seja um sinal e meus poderes podem está voltando né? Ele está na Rússia tia Joyce, eu preciso ir até ele, nós precisamos.
- Querida acalme-se. Joyce tenta falar calmamente com a moça, pegando em sua mão.
- Eu não quero me acalmar, eu quero meu pai de volta, minha vida de volta. Não aguento mais essa cidade! Ela berra todas essas palavras ao vento se retirando da sala, e Joyce fica pensativa, chorando, pensando em tudo aquilo, ainda se culpava muito por ter girado aquelas chaves no laboratório, onde viu pela última vez o amigo e chef de polícia, Jim Hopper.
Por um lado ela queria acreditar no sonho de Onze, mas ela havia pedido seus poderes, como podia está dizendo a verdade, para ela Hopper estava morto, e ela tinha culpa na sua morte.
E o sonho se repetia, cada dia mais nítido para Onze, muitas vezes indicando o caminho e mostrando Hopper para ela, nessa hora ela não gritava....
Muito longe dali, mais precisamente na Rússia, em algum lugar debaixo da terra e muito frio, estava Hopper. Mais forte, mais atlético e careca. Os russos raspavam a cabeça de todos os prisioneiros por questão de higiene. Eles saiam todos os dias em silêncio e com as cabeças cobertas para um lugar, frio, úmido e distante, eles sabia apenas essas características daquele lugar.
Todos os prisioneiros eram obrigados a trabalhar em um trilho, estavam construindo uma estrada ferroviárias para os russos, não sabia o porque nem pra que era essa estrada, mas tinha que ajudá-los, se não o fizesse virava comida de demogorgons. Jim já tinha visto muitos morrerem por adoecerem ou se recusarem a cooperar, mas Hopper nunca se rendeu, tinha esperança de reencontrar sua filha, os amigos e Joyce.
Ele pensava nela todos os dias, pensava em como se conheceram, quando eram amigos no colégio, e como sua paixão por ela aumentava com o passar dos anos. Ele se arrependia em não ter falado o que estava em seu coração esse tempo todo, mas ainda mantinha a esperança em poder dizer o que nunca foi dito.
Todos os dias, em um determinado momento da noite quando estava acordado, ele sentia uma presença, sentia está sendo observado por alguém, e quando estava dormindo, ele sonhava com a Onze e revelava um pouco do que estava vivendo pra ela a cada dia.
Hopper achava esquisito o que acontecia, mas o sonho o ajudava lhe dando forças para continuar lutando, ele então desejava dormir o tempo todo.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Apenas Mais Um Cigarro
FanfictionEssa fic começa quando Joyce, Will, Onze e Jonathan saem de Hawkins para recomeçar em uma nova cidade. Onze começa a sentir algumas coisas estranhas relacionado a isso, nesse meio tempo. Será que joyce e Hopper vão se encontrar de novo e falar tudo...