Eu vou ti achar!

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Numa manhã de domingo, tudo estava tranquilo e quieto na casa de Joyce em Louisville, ela dormia em um quarto, Jonathan e will em outro, mas havia uma pessoa que não tinha conseguido nem se quer pregar o olho no dia anterior.

Onze estava acordada jogada na cama pensando nos sonhos com Hopper, ele que desde o começo esteve com ela, que cuidou dela e deu carinho quando precisava, ela sentia muita saudade dele.

De repente lembrou de uma sessão que teve quando ainda morava em um laboratório.

Flashback ON

— Agora eu quero que você se concentre e visualize alguém pra mim, olhe pra essa foto na parede, você a reconhece? É a sua enfermeira, a pessoa que todo dia ti auxilia com os testes e que trás sua comida, cuida de você. - A voz daquele maldito homem de cabelo grisalho voltou a sua mente.

— Sim papai. - Ela respondeu olhando fixamente pro rosto da mulher.

Onze então começou a visualizar aquela enfermeira, onde ela estava naquele mesmo momento, era uma grande sala, tinha medicamentos encima da mesa, estava segurando um seringa e estava preparando para espetar em alguém...

— Consegui. - Onze narrou tudo que viu para o homem e recebeu os parabéns dele.

O homem parecia fascinado, anotando pequenas observações em seu inseparável caderno e o ouviu falar.

— UAU, seus poderes são extraordinários.

Flashback OFF

A menina se levanta rapidamente da cama e começa a andar de um lado pro outro, pensando alto.

— E se eu tentasse fazer isso? Mas teria que ser com alguém que não estivesse trancafiado na cela, teria que ser com algum guarda do lado de fora, para tentar saber que local é aquele...

Até que se lembra.

— Pera aí, os sonhos que eu tive podem ajudar! Se eu tiver visto algum guarda quando eu sonhei com o Hopper, se eu conseguisse me lembrar do rosto dele, eu poderia pelo menos tentar fazer como no teste... - Onze fechou os olhos e tentou se lembrar novamente de todos os seus sonhos, buscando o rosto que desejava.

Realmente extraordinária!

Onze se lembrou das pessoas que viu quando sonhou com Hopper e de longe, entre elas havia um militar, era nítido seu rosto.

Ela abriu os olhos e riu, com os olhos lacrimejando e sentindo o sangue quente descendo pela sua narina.

Mesmo já fraca, ela senta no chão em posição de lótus e estende a palma das mãos pra cima, decidiu agora fechar os olhos, iria tentar uma coisa nova.

Buscou a imagem do guarda em sua mente, se concentrou ao máximo, conseguindo ver apenas uma imagem borrada, de um prato, talvez estaria fazendo uma refeição naquele momento, ela espera mais alguns minutos e então para sua surpresa, ele olha pra frente e ela consegue visualizar uma multidão de outros militares.

Voltando ao seu quarto, fraca porém animada, ela fala baixinho.

— Eu sei que você está vivo e eu vou ti achar você pai, nem que seja a última coisa que eu faça.

Apenas Mais Um CigarroOnde histórias criam vida. Descubra agora