Apenas Mais Um Cigarro

Somos Só Amigos

Depois de confirmado que os poderes de Onze estavam de volta, joyce e a sua turma voltaram pra casa e pediram pizza para comemorar.

Como de costume, a morena passou em todas as camas dando boa noite e um beijo em cada um.

Essa noite foi calma e todos dormiram muito bem.

...

- E se a gente tentasse igual aquela vez? Vendasse os olhos dela e pedisse para ela se concentrar em procurá-lo? Joyce sugeriu esperançosa para Murray do outro lado da linha.

- Pode funcionar sim. Mas devemos ter em mente que ela é só uma adolescente, ela já teve um trauma muito grande ao perder o pai e a gente não tem certeza de nada Joyce. Temos que ir com calma. Murray contesta tentando raciocinar.

- Eu tô com saudade dele, pra mim nunca caiu a ficha de que ele possa ter... ter morrido. Joyce fala tristemente.

- Pra mim também não, eu o conheço desde muito tempo, já dei muito trabalho para ele. Eu sempre fui meio esquisito, acho que até pior do que eu sou hoje em dia, eu sempre fazia minhas experiências e muitos me taxaram de loucos menos ele, ele me defendia, sempre me apoiou, e depois que virou policial continuou fazendo isso, até que eu me envolvi com gente da pesada e decidimos que eu ia sair da cidade. E ele continuou ali pra mim, ele me deu até dinheiro pra conseguir me estabelecer em um outro local. O Hopper faz parte da minha vida, ele é como um irmão pra mim e se tiver ao menos 1% de chance dele está vivo, eu vou atrás até conseguir trazer ele de volta. Murray desabafa.

- Nossa, eu não sabia dessa história ele nunca me disse. Joyce fala agora emocionada.

- E você Joyce? Qual a sua história com o Jim Hopper?

- Somos só amigos, grandes amigos. Nos conhecemos na escola, me lembro do dia, eu tava passando sozinha pela quadra eu também era meio esquisita, ele estava junto com a turma de basquete dele, na quadra, ele nem me conhecia quando me viu acenou pra mim e me deu aquele sorriso dele. Eu parei, ri e acenei de volta. Ele levou uma bolada no meio da cara nesse dia e foi parar na enfermaria. Meu Deus eu nunca falei que gostava do sorriso dele, gostaria de ter dito.

- Vocês dois já namoraram?

- Já, mais isso foi a muito tempo, parece que foi em outra vida. Responde Joyce.

- Não foi em outra vida, foi nessa vida Joyce. Murray afirma.

- É, foi nessa vida. Joyce agora fala refletindo quando Onze entra no quarto.

Joyce enxuga rapidamente as lágrimas e se senta na cama falando:
- Murray eu vou ter que desligar agora, mais tarde a gente se fala, tchau.

- Claro, tchauzinho. Responde o homem do outro lado da linha.

Ambos desligam.

- Oi. Eu gostaria de conversar com você. Fala timidamente Onze.

- Claro querida, senta aqui. Joyce fala e dá um tapinha na cama num gesto para ela sentar ao seu lado.

- Eu acabei de sonhar com meu pai de novo. Onze fala bocejando e com um sorriso se formando, em seguida ela senta na cama.

Joyce agora pega na mão da garota e abre um sorriso.
- E o que ele disse dessa vez? Pergunta a mulher interessada.

- Ele disse que também gostava do seu sorriso. Imediatamente Joyce petrificou assustada porque tinha acabado de dizer isso em sua conversa com Murray, sua respiração ficou rápida e ela colocou as duas mãos na boca dizendo: - Meu Deus! "Como ela poderia saber disso? Ela tava ouvindo atrás da porta? ou Hopper estava vivo e de alguma maneira sabe disso?" Sua cabeça estava a todo vapor pensando.

- Isso ti diz alguma coisa? Onze pergunta.

- Não, não me diz nada. Joyce mente, fingindo um sorriso sem graça, mas por dentro ela sorria de verdade.

- Aah, que pena então. A menina diz.

- Você pode me dizer se ele falar alguma coisa de novo? No sonho? Joyce pede.

- Claro, pode deixar. Onze sai do quarto e tranca a porta, deixando Joyce na mesma posição sob a cama, pensativa.

Joyce absorveu a informação e guardou para si, iria falar para Murray no momento certo.