Na manha seguinte, Aelin acordou com o disco de David Bowie ainda tocando. Seu quarto estava do mesmo jeito que havia deixado na noite anterior, não tinha jantado, portanto sua barriga roncava. Rapidamente se arrumou e agora levando consigo seu livro de Jack, o Estripador – para debater com Ed – ela desceu as escadas já encontrando seus pais tomando o café da manhã.
Eles conversavam sobre alguma notícia que passava na TV, ignorando a voz do jornalista, Aelin se sentou nas cadeiras em frente à bancada de mármore branco e começou a se servir. Ela não estava atrasada, não havia motivos para comer apressadamente, mas ela desejava ter mais tempo para conversar com Ed, então tratou de comer o máximo que pudesse.
Seu comportamento atraiu a atenção dos pais que a observavam boquiabertos. Não que ela não comesse muito, mas era estranho a ver enfiando toda a comida na boca sem ao menos mastigar ou engolir.
– Você está bem? – Seu pai pergunta encarando-a atentamente. – com um grande esforço para engolir a comida, ela respondeu.
– Sim! Fiz um novo amigo! Quero chegar cedo para debatermos...
– Querida, isso é ótimo! – sua mãe comemora. Ela vivia dizendo para se esforçar para fazer amigos, mesmo sabendo que não era tão fácil assim.
– Debater sobre o quê, exatamente? – Bill tinha uma sobrancelha arqueada, como se soubesse do que se tratava.
– Jack... O Estripador...
– Aelin! – Eva protesta. Ela não gostava de Aelin lendo ou assistindo sobre esses tipos de coisas. Seu pai, ao contrário, apenas ignorava; Segundo ele, na idade de Aelin ele era exatamente assim.
– Só não fique obcecada por isso, querida. – Bill comenta rindo, depositando um beijo em sua testa.
– Ah, pai – Aelin o chama – O senhor já ficou a par dos casos da cidade? – ela pergunta ao se lembrar de Mary.
Sim, ela ainda não tinha esquecido. Passou quase a noite inteira sonhando com a garota e ao acordar sentiu a curiosidade nascer. E quem melhor para lhe dar respostas do que seu pai, o Xerife da vila?
– Sim? Por quê? – ele questiona desconfiado. Ele conhecia muito bem a filha.
– Ah, fiquei sabendo de um caso indefinido... Sobre uma garota assassinada há uns trinta anos.
– E o que têm?
– Ah, nada demais. Só gostaria de saber mais a respeito – Aelin comenta encolhendo o ombro.
– Ah, não, Aelin. Não gosto disso. – Eva cochicha tomando um gole de café.
– O quê?
– Você bisbilhotando por aí sobre uma garota morta. Querida, isso não é um dos seus documentários criminais...
– Concordo com a sua mãe, Peachy.
– Ah, não, vocês entenderam errado – ela mente. – Eu só estava um pouco curiosa, não vou sair por aí investigando, relaxem...
– Eu espero. – Sua mãe fala e eles ficam em silêncio por alguns minutos, haviam apenas sons de talheres e mastigação.
– E então, pai? – ela questiona atraindo a atenção do pai – O que o senhor sabe sobre?
– Aelin! – sua mãe grita.
– O quê? – Aelin ri, sua mãe parecia um pouco irritada, mas era só uma pergunta, certo?
– Querida, não sei nada a respeito. Acabei de chegar, recebi apenas uma visão geral de tudo.
– Ah, poxa. Posso passar no seu trabalho para saber mais? – ela arrisca um olhar de lado à sua mãe que ao mesmo tempo lança um olhar acusador para Bill.
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Hazard
Tajemnica / ThrillerAelin Deakin sempre adorou documentários criminais, principalmente aqueles que abordam misteriosos casos de assassinatos não resolvidos, e ao se mudar para a pequena vila de Hazard, em Nebrasca, ela se ver interessada em um mistério que rodeia a vil...