Just For Him

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Mais um capítulo da noite deles. Espero que gostem e comentem para eu saber o que estão achando!

Entrei no carro dele ainda sem saber se era uma boa ideia. Assim, era uma ótima ideia, mas era uma boa ideia?

— Você comeu naquela festa? — A voz dele me tirou dos meus pensamentos enquanto dava partida no veículo.

— Só os nachos. Bom, parte deles antes de...

— Antes de você jogar todos na minha cara junto com a vasilha? — Ele tirou o olhar da rua e direcionou para mim um falso julgamento.

— Sim, foi isso que eu quis dizer com a pausa constrangedora. Agora olha para frente.

— Ok, vamos fazer duas paradas antes do nosso destino final — respondeu olhando de volta para a rua, mas mantendo o sorrisinho convencido.

— E deixa eu adivinhar, não vou saber nenhum dos lugares antes de chegar, né?

— Você vai saber o primeiro agora — meus olhos brilharam ao ver ele ligando a seta para entrar em um Drive-thru do Mc Donalds.

— Eu quero um Cheddar Mcmelt com fritas e uma soda — ele começou o pedido. — E um Big Tasty com fritas e uma Coca-Cola — continuou sem me perguntar o que eu queria. Ele pagou, agradeceu e então andou com o carro até a parte de retirada.

— Ah, então você escolhe para onde vamos, onde vamos comer e até o meu lanche? Estou começando a me perguntar se deveria mesmo ter saído daquela festa com você — retruquei mesmo sabendo que um daqueles hambúrgueres era o meu favorito.

— Eu paguei, não paguei?

— Ok, talvez não seja de todo ruim também. E qual deles é meu?

— Vou deixar você escolher.

— Ah, agora você deixa eu escolher — instiguei. — Mas eu quero o Cheddar Mcmelt — respondi antes que ele desistisse.

— Você pegou esse porque sabia que eu pedi primeiro e achou que era para mim, né? — Ele virou o corpo todo no banco do motorista, ficando de frente para mim, me encarando. Fingi não estar intimidada.

— Não, você só pediu o meu favorito. Mas ainda quero a Coca- Cola — ele abriu um sorriso, não sabia exatamente porque, mas também não reclamei.

O atendente o chamou e ele se virou para pegar os pacotes e colocou no meu colo. Ele bebeu um gole da Soda e depois deu os refrigerantes na minha mão e sinalizou o porta copos que ficava na porta.

Aumentou o rádio um pouquinho e estava no começo de My Girl da The Temptations. Fechei os olhos e comecei a cantar baixinho as primeiras palavras da música. O carro e a rua estavam em completo silêncio, só eu e a música. Alguns segundos depois uma outra voz se juntou, calma, afinada e linda. Abri os olhos com calma e olhei para Richard. Ele cantava, alheio ao fato de que eu estava olhando para ele. Quando desviou o olhar para mim percebi que tinha parado de cantar e estava o encarando por um bom tempo agora.

— Não gostou da minha voz? — Perguntou abaixando a música quase no final.

— Pelo contrário — me obriguei a emitir palavras e parar de olhar para ele. Só um dos dois funcionou. — Sua voz é muito bonita.

— Eu sei, obrigada — ele respondeu rindo e acompanhei.

— Você estragou tudo. Porque tem que estragar tudo? — Falei enquanto ria e percebi que estava encostando o carro. Ele desligou o veículo, abriu a porta, pegou nossos lanches e desceu. Estávamos em um ponto mais alto da cidade, no qual dava para para ver tudo lá em baixo, muitas luzes no meio da escuridão da noite.

Electric Love - Richard CamachoOnde histórias criam vida. Descubra agora