5 • Museu Chihuly

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•Nicolas

Não dormi muito bem a noite, só conseguia pensar nela.
Devo estar louco! Quais as chances de eu ter me apaixonado pela garota nova? Meu irmãos iria rir da minha cara, mas depois daquele beijo... só quero encontrá-la novamente, toca-la, abraçá-la.
Ela é diferente, ela vê mais do que o exterior.
Passei um bom tempo pensando onde eu iria levá-la, muitos lugares se passaram pela minha cabeça, e um em específico, me atraiu bastante. Já fui no museu Chihuly com meus pais há alguns anos, então acho que será um ótimo lugar para levá-la. A ansiedade está me afetando mais do que eu imaginava.

Acordei atrasado, tentei arrumar o cabelo, mas ele não parece colaborar comigo, passei um perfume, e até vesti minha camiseta preta favorita.
Meu irmão já está me esperando dentro do carro.
"Atrasado em irmãozinho. Hummm... perfume? Isso está estranho, e essa blusa? Tem algum motivo em especial para tudo isso...?" Ele fez uma cara de quem sabe o que está rolando, e eu só reviro os olhos e ignoro.
Não preciso e nem quero lidar com ele por enquanto...

Chegando na escola, lá está ela, ela se superou hoje, um jeans colado e uma blusa com referência de twd, que menina é essa!!!
"Gostei da blusa!" Falei meio sem jeito quando sentei do seu lado.
"Você gosta de twd?"
"Claro, tenho que me preparam para o apocalipse não é?"
"Ha! Então pelo visto eu também tenho chances de sobreviver, mas realmente, eu amo histórias de zumbis, são estupidamente boas!
Quem diria, cada momento me mostra uma parte nova dela e me pergunto, quantas coisas incríveis essa menina não é.
As aulas passaram lentamente, na hora do intervalo as novas amigas de Hana monopolizaram ela, só me restou falar com o Jonh. Eu a encarava as vezes, ela me flagrou em um momento, e por incrível que pareça, não desviei o rosto, acho que no fundo, eu queira que ela soubesse sobre meu interesse por ela.

Quando a aula acabou, guardamos nossas coisas, e mesmo na escola, com pessoas ao redor, segurei sua mão, e andamos, algo não permitia que eu a soltasse, era como se eu fosse perdê-la no meio da cidade.
Chegamos no museu, e ela realmente ficou feliz.
"Meu Deus! Como você pensou nisso? Eu adoro esculturas, você é incrível, sabia?!"
Meu mundo parou por um segundo, ela falou isso com uma espontaneidade que me surpreendeu. Ela me achava incrível, e isso é muita coisa, principalmente vindo dela.
"Hey, obrigada por estar fazendo isso, você não precisava me ajudar ou me mostrar a cidade, ou comprar sorvete para mim..."
Nesse momento eu só passei meu braço em torno de seu pescoço, eu queria agarra-lá ali mesmo, mais as pessoas já estavam olhando, e só consegui sussurrar em seu ouvido
"Pode parecer loucura, mas você é uma das melhores coisas que já aconteceram comigo, eu adoro passar tempo com você, ouvir sua voz, então isso para mim, parece até um sonho."
Ela piscou algumas vezes, senti seu corpo bambeado, não sei de onde saíram aquelas palavras, mas eu fui sincero em cada uma, ela então olhou bem no fundo dos meus olhos, e só assentiu com a cabeça.

O passeio foi incrível, as esculturas de vidro soprado estavam ainda mais fenomenais que na minha última visita. No geral foi bem romântico, lá estava gelado, então emprestei um moletom que estava em minha mochila, não perdi a chance, e aproveitei para tirar várias fotos dela, queria guardar o momento.
Quando finalmente saímos, comemos pipoca, e ela me contou que ama pipoca, comprei balinhas para ela, e tudo foi muito fofo. Eu me sentia feliz, em cada momento.
Sentamos em um banco, conversamos, tentei me abrir, porque de alguma maneira, ela me conhecia e me entendia.
Ela me contou mais de sua vida em São Francisco, era uma vida feliz, e eu faria o máximo para que ela fosse feliz assim em Seattle também.
Já estava com vontade de beija-lá fazia tempo, mas as circunstâncias não estavam ajudando. Porém eu acabei sendo surpreendido, em algum momento quando a olhei, ela se aproximou e então nos beijamos. Um beijo doce, borboletas no estômago, atração, carinho e afinidade.
Ela é ela.

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