Capítulo 8

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Rachel

Estamos na hora do almoço e eu decidi diversificar um pouco. As coisas com Finn pareceram correr muito bem ontem, então, essa manhã, quando ele me deu carona para a escola, eu resolvi que vou convidá-lo para juntar-se a nós durante o almoço novamente, ou talvez eu possa me sentar com ele.

Estou esperando em frente ao seu armário nesse momento e algumas pessoas passam me encarando, provavelmente se perguntando o que estou fazendo aqui. Na verdade, é engraçado ver como algumas pessoas que costumavam ridicularizar Finn durante toda sua vida, agora param para cumprimentá-lo.

Eu sorrio quando o vejo se aproximando de mim e quando ele sorri de volta eu percebo que fiz a escolha certa. – Ei. – eu digo.

- Ei. Está me perseguindo, Berry? – ele pergunta e eu não consigo fazer outra coisa senão rir.

- Com certeza! – respondo ainda sorrindo. Eu afasto para o lado, para que ele possa colocar os livros em seu armário e pegar seu almoço. – Só queria saber se você vai almoçar com a gente hoje de novo?! – eu pergunto timidamente.

- Vai dividir comigo? – ele pergunta. Eu amo esse Finn mais relaxado. Ele costumava ser assim quando éramos crianças e ele é assim em casa também, mas vê-lo assim na escola é ótimo.

- Isso depende do que você tem para me oferecer em troca. – eu rebato enquanto caminhamos em direção a mesa no refeitório. Eu posso ver a surpresa no rosto de Puck quando Finn senta-se em nossa mesa novamente. Ele tem tentado convencê-lo a juntar-se a nós por décadas, mas Finn sempre recusou e eu sei o quanto isso o deixava frustrado. Ele queria estar perto de sua namorada, mas ao mesmo tempo odiava o fato de não poder estar perto de seu melhor amigo durante o almoço.

- O que você quer? – ele então pergunta, baixo o suficiente para que eu seja a única a ouvir.

- Você ainda não descobriu? – eu respondo tão baixo quanto, mas como um enorme sorriso em meu rosto. Eu não sei quantas pistas mais posso dar. Eu espero que ele entenda as dicas logo.

Finn

As coisas continuam iguais na semana que se segue. Rachel e eu estamos indo juntos para a escola e eu geralmente almoço na mesa dela. Eu sei que as pessoas estão falando. Elas estão tentando adivinhar o que está acontecendo entre Rachel e eu. E eu também gostaria de saber. Conversei com Kurt sobre isso e ele concordou que Rachel parece gostar de mim, pelo que ele observou na outra noite. Ele me disse para ir com calma, então estou indo.

Na quinta-feira eu entrei na sala de Inglês e sentei-me ao lado de Quinn, como de costume. Me sinto mal por não a ter visto durante toda a semana. Eu sei que ela esteve procurando por mim no almoço, já que a vi parada em frente ao meu armário algumas vezes, como aconteceu na quarta-feira, e então evitei passar por lá. O clima ficou desconfortável quando ela se sentou com a gente durante o almoço. Me sinto mal por tê-la abandonado, mas acredito que para ela não tem problema.

- Aí está você! – ela diz assim que entra na sala. – Por onde andou durante os últimos três dias? Estava começando a ficar preocupada. – ela fala. Eu deveria mencionar também que ela começou a ligar para minha casa. Minha mãe atendeu na segunda-feira e Kurt na noite passada.

- Ah, você sabe, por aí. – respondo dando de ombros.

- Então... ainda vamos para a festa amanhã à noite, certo? – ela pergunta. Droga! Eu havia esquecido completamente que ela iria comigo. Eu apenas aceno com a cabeça, confirmando que ainda vamos.

Rachel

No caminho para casa esta tarde, Finn e eu conversamos sobre minha apresentação de amanhã. Ele pergunta como a nova música está indo e eu digo que está ótima e que isso me inspirou a começar a escrever minhas próprias músicas.

- Então, você quer ir comigo amanhã à noite? – eu pergunto na esperança de que ele diga que sim, para que assim possamos passar algum tempo juntos antes que eu suba no palco.

- Na realidade, eu não posso. Eu preciso levar o Kurt e eu meio que prometi a Quinn que daria uma carona. – ele explica. Eu não posso deixar de sentir um pouco de ciúmes pelo fato de que Quinn estará com ele.

- Então, você e Quinn então tendo alguma coisa? – eu pergunto tentando ser casual. Não quero parecer patética.

- Eu e Quinn? – ele pergunta. – Não! Definitivamente não. – ele responde e eu não posso deixar de sorrir. Nós acabamos de estacionar na frente de casa e eu viro para pegar minhas coisas que estão no banco de trás.

- Então talvez você tenha algum horário livre na sua agenda para uma dança com uma velha amiga? – eu pergunto jogando um olhar tremulo e observo um sorriso se abrir em seu rosto.

- Na realidade está bem vazia, será que você poderia preencher mais de um lugar? – ele pergunta, sorrindo.

Eu sorrio de volta e, antes que possa me dar conta do que estou fazendo, alcanço seus lábios e deposito um pequeno beijo. – Pode contar comigo. – eu respondo. Não consigo imaginar de onde essa confiança veio. Quando chego à minha porta, paro e olho para trás e meu coração dá um salto. Ele ainda está sentado no mesmo lugar, parecendo atordoado. Mal posso esperar pelo próximo beijo, penso comigo mesma. 

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