Capítulo 18

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Rachel

Eu me escondo no banheiro até conseguir me acalmar. Depois disso, imploro para Santana me levar para casa em seu período livre durante a tarde. Eu não conto para ela o que aconteceu com o Finn, já que que estou me sentindo tão humilhada e me machucada! Além disso, eu não acho que seria capaz de falar sobre isso sem desabar novamente.

Meus pais não estão em casa, por isso vou reto para meu quarto e me escondo embaixo das cobertas, cendendo a angustia que me consome. Essa é a segunda vez em poucos meses que eu choro por Finn Hudson e eu não tenho certeza se quero deixar isso acontecer novamente.

Finn

Eu procurei Rachel por todos os lugares essa tarde, mas aparentemente ela desapareceu da face da Terra. Quando cheguei no estacionamento, somente Kurt estava esperando por mim, e ele disse ter visto Rachel e Santana saindo mais cedo.

Quando chego em casa, tudo que quero fazer é ir direto para a casa dela, tentar conversar e descobrir o que eu fiz de errado, mas decido lhe dar espaço e deixá-la vir falar comigo quando estiver mais calma e tiver superado o que quer que seja que a chateou.

É quando eu entro no meu quarto que percebo que as coisas estão um pouco piores do que eu imaginei. Suas cortinas estão fechadas. É a primeira vez, desde que consigo me lembrar, que Rachel me trancou para fora do seu mundo e eu me sinto absolutamente perdido.

No dia seguinte, as coisas não melhoram. Rachel foi para a escola com a Santana e faz todo o possível para me evitar. Ela não retornou minhas ligações e não está almoçando com o restante do grupo. Todos parecem absortos ao que está acontecendo e têm alguma razão óbvia pra acreditar que Rachel está ocupada com a alguma coisa. Eu não entendo porque ela está se comportando assim. Eu nunca imaginei que ela poderia ser tão teimosa e mimada. Obviamente os fofoqueiros estão espalhando boatos novamente, o que não ajuda em nada a situação.

Rachel

É sexta-feira de manhã, meu aniversário. Eu estou tomando um café da manhã maravilhoso com meus pais, já que é o único momento que teremos em família hoje, considerando a festa que acontecerá a noite. Eles me deixaram ter a metade do dia livre, para que Santana, Blaine e eu possamos terminar de organizar a festa.

Eu recebi quase 20 mensagens do Finn e nenhuma dela continha um pedido de desculpas por esquecer do meu aniversário e por fazer planos com outra garota. Na última mensagem, ele disse que eu estava me comportando como uma criança mimada. Inacreditável! Talvez eu esteja exagerando um pouco, mas pelo menos lembrei do aniversário dele! De fato, ele teve mais sorte do já tinha tido em toda a vida. E o que ele faz no meu aniversário? Concorda em sair com a vadia da Quinn Fabray. Eu não estou apenas chateada. Eu estou muito brava!

Por sorte, eu recebi meu presente dos meus pais esta manhã: um novo Mazda 3 preto, e, portanto, não preciso mais me preocupar em como irei pra escola.

Eu ligo para o Kurt e pergunto se ele quer pegar uma carona comigo para a escola e ele parece um pouco confuso, o que não me surpreende, considerando que não contei para ninguém além do Puck o que aconteceu entre Finn e eu.

- Meu Deus! – ele grita animado quando chega na entrada da garagem e vê meu carro novo. – É seu presente de aniversário? – ele pergunta.

- Sim! – eu sorrio.

- Feliz aniversário, Rach. – ele sorri e então me da um abraço. Nós estamos quase saindo da garagem quando uma vã estaciona e um entregador desce com um buquê de rosas brancas. Minhas favoritas.

- Entrega para Rachel Berry. – ele diz.

- Sou eu. – eu sorrio antes de assinar o bilhete de entrega. Kurt as segura enquanto eu leio o cartão.

Minha querida Rachel,

Feliz aniversário, meu amor. Eu espero que você tenha um dia maravilhoso!

Eu amo você.

Finn.

- Ah! – eu suspiro enquanto cheiro novamente o arranjo glorioso. Eu sei que ele deve ter custado uma fortura, mas o que me deixa mais feliz nesse momento é saber que eu namorado não esqueceu do meu aniversário, afinal de contas.

- E meu irmão conseguiu novamente. – Kurt sorri.

- Ele já saiu? – eu pergunto.

- Sim, um pouco antes de eu chegar aqui. – ele responde e nós entramos no carro, indo para a escola.

Quando chegamos lá, eu vou direto para o armário do Finn, com esperança de encontrá-lo. E ele está lá, como pensei. O único problema é que Quinn também está. Eu decido ignorá-la completamente e sigo com o plano de agradecer meu namorado.

- Finn! – eu chamo enquanto caminho em sua direção e quando ele se vira pra mim, eu me jogo em seus braços e tomo sua boca em um beijo apaixonado. Ele não demonstra nenhuma resistência. Pelo contrário, ele puxa meu corpo contra o seu e retribui o beijo com tanta paixão quanto.

- Uau. – ele diz quando finalmente nos afastamos em busca de ar.

Quinn ainda está parade ao nosso lado e não parece feliz. Eu não posso deixar de sorrir para ela. Ela deve ter achado que seu plano estava dando certo, mas estava errada.

- Obrigada! – eu falo para ele.

- Por nada! – ele sorri. – Mas está me agradecendo pelo que? – ele sussurra.

Eu me afasto e o encaro. E aí eu percebo que ele não tem ideia do que eu estou falando.

- Pelas flores, você sabe... – eu respondo enquanto dou um passo para trás. A esse ponto, Quinn já se afastou de nós, felizmente.

- Hum, estou um pouco confuso. Que flores, Rachel? – ele pergunta enquanto levanta uma sobrancelha. Normalmente eu acharia isso adorável e terminaria levando ele para alguma das salas vazias, para passarmos algum tempo sozinhos. Mas, ao invés disso, lágrimas estão se formando em meus olhos.

- Ah! Não se preocupe com isso. Alguém deve ter feito por brincadeira. – eu respondo dando mais alguns passos para trás e para longe dele.

- Ei chica, aí está você! – Santana me encontra antes que eu consiga fugir.

- Aí está a aniversariante! – Blaine sorri enquanto a segue.

Eu consigo segurar as lágrimas até escutar Finn arfar com o comentário do Blaine. Não consigo acreditar no fato de que ele realmente esqueceu do meu aniversário!

- Oi gente. – eu respondo. Eu não consigo mais segurar as lágrimas, que agora estão caindo.

- O que aconteceu? – Santana pergunta, lançando um olhar para mim, depois para Finn e então de volta para mim.

Finn

- Nada. Eu tenho que ir. – ela diz antes de sair da escola.

- Rachel! – eu chamo e me preparo para correr atrás dela, mas sou impedido por uma mão em meu braço. Eu me viro e encontro Quinn sorrindo para mim.

-Finn, que hora você vai me buscar para irmos ao cinema hoje a noite? – ela pergunta.

Eu escuto Santana e Blaine arfarem com o comentário e se virarem para me encarar, ao mesmo tempo que imploram para que eu diga que isso não é verdade. Em um momento clássico de Finn Hudson, eu fico parado ali, com as mãos nos bolsos, encarando meus pés como se fossem a coisa mais interessante do mundo.

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