Indomável - Livro 13 (Série Família Cavallero) [Concluído]

08. Ele ainda vai ter essa cara de pau?

Sentei do lado da minha tia e ela colocou uma cópia do contrato na minha frente:

- Vou te explicar direitinho, tá bom?
- Tudo bem.
- Temos três regimes de casamento.
- Ok.
- Tem separação total de bens, o que é de um é de um e o que é de outro é de outro e isso não se discute. Tudo o que você e ele tinham antes da união estável segue esse regime.

Assenti.

- Tem a separação parcial de bens, tudo o que é dos dois deve ser dividido igualmente caso ocorra o divórcio. Esse é o regime depois da assinatura desse contrato. Vamos pros bens de vocês.

Assenti.

O apartamento que vocês moravam era seu, seus pais te deram quando você entrou na faculdade, então é seu.

A casa de praia em Ubatuba é dele, ele tinha antes de contrair a união estável com você, então é dele.

Agora os carros, ambos foram adquiridos no ano passado, então esses devem ser divididos entre vocês.

Eu concordei. Ele pegaria o carro dele e eu o meu e vida que segue.

Tem mais um problema, vocês, com a grana de ambos, reformaram o apartamento, e isso ele não só pode, como infelizmente deve pedir um dinheiro pelas melhorias no seu apartamento.

Mas isso não é grande problema, mas teremos que discutir isso judicialmente dependendo do valor que ele pedir.

- Não é possível! Ele estava me traindo! Eu estou sofrendo com essa merda!
- Calma, Gabriela!

Minha tia ligou para alguém e disse:

- Traz um copo de água com açúcar, por favor.
- Ele tava na cama com outras duas pessoas, ontem eram quatro e ele ainda se acha no direito de pedir alguma coisa? Eu é que deveria arrancar a alma dele, isso sim! - esbravejei.

Poucos segundos depois uma mulher entrou na sala com uma bandeja, tinha um copo de água com açúcar e um café.

Minha tia colocou o copo de água com açúcar na minha frente e ordenou:

- Tome isso pra ficar mais calma.

Obedeci minha tia pelo bem do meu coração que parecia prestes a explodir.

- Tia... Eu não vou aguentar mais dessa pouca vergonha na minha vida. Você sabe como eu fui criada. Eu não nasci pra ser corna e pra ver meu apartamento virando um prostíbulo.
- Gabriela, vamos entrar com a ordem de despejo hoje, ele vai ter uns dias para tirar somente as coisas dele e nenhum móvel ou nada substancial do apartamento, vamos nos assegurar disso.
- Tudo bem, o apartamento é meu, eu só quero voltar pra lá.
- E você vai antes do próximo final de semana.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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