49. Que mundo pequeno

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Durante a minha estadia no hospital eu e o Gabriel não trocamos uma palavra sobre relacionamento ou sobre o que tinha acontecido de manhã.

Muito pelo contrário, ele me tratou com o maior carinho e fez uma vídeo chamada com os meus pais para que a gente pudesse conversar.

Assim que passei pelas portas de vidro do hospital eu vi o batalhão de seguranças do Gabriel nos aguardando.

Olhei para eles e, pela primeira vez não me senti aborrecida com a presença deles, me senti extremamente grata por ter tanta gente prezando pela minha segurança.

Entrei no carro do Gabriel e ele começou a dirigir, eu não sabia nem quanto tempo levava de Santa Cruz das Palmeiras até Bauru, mas eu não estava me sentindo muito disposta para viajar.

- Gabriela, eu acho que você não está bem para quase 4 horas de viagem, então eu pedi para uma amiga se podemos ficar hospedados na casa dela por uns dias.
- Obrigada por isso, eu realmente não me sinto bem para viajar.
- Eu providenciei algumas roupas e sapatos para você.
- Como você sabe o meu tamanho?
- Você esqueceu os seus sapatos e o seu vestido na minha casa.

Fiquei tão desconcertada depois do café da manhã que eu peguei só a bolsa e o celular e deixei a roupa chique e sexy da noite anterior em cima da cama dele.

- Entendi.

Ele se aproximou do que parecia ser uma fazenda. O local era lindo e parecia ser bem grande.

Assim que ele estacionou uma senhora de uns 60 anos saiu da casa e foi nos recepcionar na porta:

- Gabriela, essa é a Madá.
- Madá, essa é a Gabriela.

Apertei a mão da mulher e ela disse:

- Seja bem vinda, querida. Eu preparei um lanche para vocês.
- Os lanches dela são os melhores, se ela abrisse uma lanchonete ganharia muito dinheiro.
- Gabriel, querido, o meu negócio é cuidar da fazenda e só isso.

Entramos na casa que tinha um estilo bem rural e Madá nos guiou até uma cozinha gigante.

Chegando lá eu vi uma adolescente e duas amigas sentadas na mesa já beliscando as comidas:

- Beatriz, eu não falei para você esperar o doutor chegar pra comer?
- Eu estou com fome, vó. Estou estudando muito para o vestibular. Estudar dá fome.

Gabriel puxou a cadeira para mim e me apresentou:

- Essa é a Beatriz, neta da Madá e essas são as amigas dela, Marielle e Valentina.
- Prazer, eu sou a Gabriela.
- Foi por causa delas que eu te achei, sabia?
- Sério? - olhei chocada para o Gabriel.
- Você lembra de ter batido em alguém quando tentou fugir?
- Lembro.
- Foi em mim que você bateu - Beatriz falou.
- Me desculpa, espero não ter te machucado.
- E eu gravei alguns stories na hora em que tudo aconteceu - falou uma das amigas dela.
- Você sujou a minha blusa de sangue e minha avó ficou apavorada, ligou para o doutor Solano e foi assim que descobriram que você estava na cidade.
- Que mundo pequeno - falei.

Gabriel fez um carinho nas minhas costas e eu disse:

- Eu sinto muito por ter te machucado e sujado a sua blusa, mas sou grata porque você salvou a minha vida - disse olhando direto para a Beatriz.
- Não precisa agradecer, eu só fiz o que deveria para garantir que você ficasse bem.

O universo estava conspirando a meu favor e eu tenho que confessar que depois de tudo isso eu estava me sentindo bem balançada pelo Gabriel.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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Indomável - Livro 13 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora