Capítulo 1

1.1K 123 361
                                    

  Deitada em minha cama perdida em devaneios escuto um barulho horrível vindo da cozinha, meu subconsciente como sempre me prega uma peça me convencendo de que é apenas a minha mãe derrubando alguma coisa lá embaixo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Deitada em minha cama perdida em devaneios escuto um barulho horrível vindo da cozinha, meu subconsciente como sempre me prega uma peça me convencendo de que é apenas a minha mãe derrubando alguma coisa lá embaixo. Tão logo esse pensamento passa me fazendo levantar da cama em um salto só, permanecendo em silêncio para escutar qualquer coisa me escoro contra a porta para conseguir ouvir algo.

Não ouço nada por vários segundos sufocantes, mas então meu nome é sussurrado através da porta quase inaudível se não fosse minha boa audição seria quase que impossível tal ato. "Blue Sky" repetem por vezes seguidas como se só isso me fizesse sair sorrindo do meu quarto para lhes dar boas-vindas, idiotas.

Sem esperar por mais tempo por minha resposta vejo a porta do meu quarto cai bem ao meu lado, assim que me afasto o suficiente para não bater em mim, um grito agudo sai da minha garganta antes que o contenha. Três sombras adentram uma mais baixa que eu, extremamente magra claramente uma garota, a segunda a entrar antes da garota pequena, sem dúvidas é de um homem, com músculos enormes por todas as partes ele é praticamente o triplo do tamanho da garota.

O primeiro também é um cara só que menos musculoso que o outro, provavelmente o líder deles pela sua postura, apenas seu andar exala poder pelo cômodo. A luz é acesa pela garota revelando uma versão minha assustada e desajustada que não me orgulho, sem esquecer claro a bagunça que estou. 

O primeiro rosto que pouso é o dela, seu olhar parece como se tivesse acabado de achar um tesouro perdido a anos. Seu rosto é praticamente infantil o que faz facilmente se passar por uma criança, seu cabelo negro curto com mechas verde lhe denuncia como adolescente junto com suas curvas no seu corpo magro e pequeno seus olhos verdes musgo, mas escuro que suas mechas, que é de um verde quase florescente se destacando ainda mais por conta de suas roupas pretas e sua pele pálida, tudo nela mostra que não se pode confiar em nada que saí da sua boca tão pequena quanto tudo nela.

Logo depois ainda assustada para abrir a boca me volto para o cara musculoso que agora a vista não aparenta ser muito mais velho que eu, por volta dos seus 21 anos, acho. Seu rosto é como pedra esculpida em cada detalhe queixo quadrado com maxilar marcada, cabelo negro muito curto, seus olhos castanhos escuros são tão inexpressíveis como se estivesse vendo tudo além de mim, talvez esteja mesmo ou é apenas os músculos que se infiltraram pelo cérebro, também vestido de preto como a menina, aliás todos estão menos eu que estou de pijama cor de rosa.

Por fim meus olhos caem no primeiro que entrou, sua beleza é de tirar o fôlego todo o seu rosto é harmonioso como se fosse uma pintura divina em carne e osso, seus olhos negros lhe tornam misterioso junto com seu cabelo caído no rosto que diferente do outro cara é médio quase nos ombros. Ele me olha como se estivesse pronto para arrancar minhas vísceras enquanto ainda viva, talvez seja o que ele queira.

Ficamos nos encarando pelo que se pareceram minutos, minha cabeça gritando formas de como escapar dali viva, mas uma parte de dizia ser impossível, eu já estava condenada nada que fizesse me ajudaria só me levaria ainda mais rápido para uma morte iminente.

- Você é Blue Sky?- O que eu estava encarando me pergunta com sua voz rouca, algo me diz que ele já sabe a resposta, mas quer ouvir da minha boca.

-Quem quer saber? - Pergunto meio trêmula.

- O rei dos pássaros negros da montanha Nightfall. - O rapaz que achei ser seu líder me responde. - Creio que deve ter escutado sobre ele o rei Amoz seu pai. - Ele fala como se estivesse relembrando a uma garotinha onde seus pais ficaram enquanto ela brincava com as outras crianças.

- Não ligo, o que vocês querem? - Questiono sem querer saber verdadeiramente a resposta.

- Venhamos levá-la de onde nunca deveria ter saído docinho. - O mais musculoso fala mostrando os dentes o que me faz arrepiar.

- Sem gracinhas Munir. - O mais baixo o repreendeu fazendo-o grunhir. - Esquecemos de nos apresentar esses são dois das sombras do rei, Munir e Akemi e eu sou o Kai segundo na linha de sucessão ao trono menos poderoso apenas que o próprio rei - Reviro os olhos automaticamente para ele e me arrependo imediatamente.

Em um piscar de olhos ele já está em cima de mim me prendendo contra a parede com seu corpo. - Não é porque você é a tão almejada princesinha que vou tolerar qualquer coisa que me ofenda, entendeu. - Consigo sentir seu hálito em meu rosto.

Reúno toda a minha coragem e digo. - É uma pena que não me importo com nada que venha de você ou de qualquer um de vocês, mesmo que me matasse agora o máximo que eu iria sentir era alívio por não ter que continuar lhe vendo. - Por um milagre minhas palavras saem claras e audíveis para qualquer um neste quarto.

Ele rosna em meu rosto sendo interrompido pela garota que até agora não havia falado nada. - Temos que ir, por favor deixem para brigarem depois terão muito tempo para isso eu lhes garanto. - Sua voz me surpreende não é nada do que eu tinha imaginado, um tom firme quase grave demais para ser suportado pelo o corpo pequeno da mesma.

- Você tem razão, podemos terminar isso depois. - Ele fala se afastando de mim, mas sem largar o meu braço.

- Então vamos, não podemos demorar numa missão tão pequena como essa, vão pensar que a princesa é mais assustadora do que dizem. - Ela diz me deixando surpresa por já existirem boatos sobre mim de onde eles vêm, Akemi nos olha uma última vez de cima a baixo saindo com Munir logo atrás.

Kai nos atrasa um pouco parando bem no meio da entrada. - Não pense que por ser a princesa eu irei pegar leve com você. - Ele diz com tom irritado.

Olho bem nos fundos dos seus olhos pretos e sem piscar um segundo digo: - Por que pegaria leve com o empecilho para sua chegada ao trono? - Cerro os olhos enfatizando a pergunta.

Por um instante ele pareceu se abalar com as minhas palavras, mas logo se recompôs me lançado um olhar que poderia matar qualquer um a quilômetros de distância, menos a mim eu não deixarei ele me abalar um mísero centésimo se quer.

Ele não tem noção do que já tive que passar.

.

.

.

.

Obrigada!

Desculpe qualquer erro...

Desculpe qualquer erro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Onde histórias criam vida. Descubra agora