Prólogo

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Me pergunto se um dia irei me conformar com tudo que acontece em minha vida

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Me pergunto se um dia irei me conformar com tudo que acontece em minha vida. "Aceitar é a única forma de seguir em frente" era o que minha mãe dizia quando ainda era viva. Mas como posso aceitar que tudo que existe nela é temporário, que todos que passam por ela logo viram lembranças tristes ou boas e que são apenas memórias furtivas de uma garota esquisita.

Ainda lembro do meu primeiro amor e em como me senti feliz em saber que ele também sentia o mesmo por mim, por isso não demorou muito para que um namoro de adolescentes estranhos começasse. Não sei o que me dói mais ao lembrar dele se é seu rosto sorrindo para mim enquanto fazíamos planos bobos para o futuro ou de seu rosto com uma expressão de medo depois que descobriu o meu verdadeiro eu.

'- Blue por que os seus olhos estão totalmente negros? - ' Foi o que ele me perguntou antes de surtar.

Minha mãe me convenceu semanas depois que ele não era para mim assim como me convenceu que nada neste mundo é para mim, ela não era uma pessoa que seria considerada sensível. No dia de sua morte, a única coisa que me disse ao me deixar sozinha aqui foi "espero que não abaixe a cabeça para ele assim como fiz". Ela não me disse quem era ele, mas presumi que seja meu pai, ou melhor o homem desconhecido que me deu o desprazer de ser concebida para esse mundo cruel.

Faz duas semanas que ela se foi, duas semanas que estou sozinha ainda procurando um emprego para me sustentar. Vivendo das economias que a mesma deixou, por enquanto, não vai durar muito, mas é o que tenho. Minha formatura do ensino médio foi a uma semana, eu não fui, não tinha ânimo, acho que ainda nem tenho.

Ficar sozinha, não é tão ruim, mas saber que não é por muito tempo me tranquiliza. Mesmo eu não sendo a pessoa mais amável e sociável do mundo não me sinto bem em não ter amigos, talvez, só talvez onde meu pai vive eu possa encontrar essas coisas, possa me encaixar como em nenhum outro lugar pude.

Pássaros negros é como são denominados o povo que meu pai governa, minha mãe me contou muita coisa sobre eles nenhuma boa o suficiente para eu me sentir segura a ponto de procurá-los. Segundo os avisos dela eles viram atrás de mim em algum momento, caberá apenas a mim deixar que eles me levem ou não. Confesso que ainda me encontro indecisa, e se eu me negar a ir e permanecer para sempre como a garota ou melhor mulher estranha da casa ao lado, e se eu for e ver que tudo o que ela disse é verdade?

Eu me encontro a ponto de enlouquecer, enquanto bebo meu chá e tento equilibrar meu caderno de desenho e o lápis sentada no beiral da minha janela, um lugar que era meu e de minha mãe agora se tornou apenas meu.

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Bom esse foi o começo de uma nova jornada, espero que você acompanhe até o fim.

Se você está aqui porque gosta de histórias de fantasia vai ler minha duologia completa chamada Entres reinos, com uma protagonista também feminina em mundo assim como esse inventado por mim. Você lendo ela pode entender uns certos assuntos que serão abordados aqui, não que vá impedir o seu entendimento deixar de ler, mas vai ajudar em deixar as coisas mais claras. Mas se você está aqui por conta dela, eu te amo para sempre e mais um dia por isso.

Seja bem vindo!

Me chamo Amanda Airam, não desista de mim essa estórias promete muito.

Obrigada 💜

Obrigada 💜

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Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Onde histórias criam vida. Descubra agora