Capítulo 4

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 Olho para baixo vendo a paisagem peculiar me mantendo nas pontas dos pés para ter uma visão melhor

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 Olho para baixo vendo a paisagem peculiar me mantendo nas pontas dos pés para ter uma visão melhor. Por um momento esqueço que não estou sozinha e deixou cair as lágrimas que não deixei cair quando minha mãe morreu, mas que não são o suficiente para demonstrar a dor que estou sentindo.

 Me pergunto se um dia a encontrarei mesmo ela não tendo sido uma ótima mãe foi quem sempre esteve ao meu lado, até se ir e me deixar sozinha. Esqueço que Kai ainda está me observando, talvez até torcendo para que me jogue, e descanso minha cabeça no beiral o molhando com as minhas lágrimas silenciosas.

Depois de um tempo já não existem mais lágrimas para serem derramadas fico em pé ereta e saio do telhado esbarrando em Kai que ainda estava em pé me observando no mesmo lugar. Desço praticamente correndo as escadas para que ele não me alcance e me leve de volta para aquela recepção idiota. Logo chego em meu quarto trancando a porta atrás de mim me jogando na cama, poucos segundos depois adormeço em um sono profundo e sem sonhos. 

***

    Quando acordo já é noite, só de pensar que os horários daqui são diferentes do que eu vivia. Fui trazida aqui lá era noite e quando chegamos não fazia muito que o sol tinha nascido, agora já é noite novamente e eu não sei o que fazer. Ponho meus pés descalços no chão sentindo o frio do mármore, reparo que as cortinas que antes estavam abertas agora estão fechadas então levanto e vou até a sala de banho, faço minhas higienes por fim saio coberta com uma toalha branca.

Um reflexo de alguma coisa brilhando na mesinha de cabeceira me alcança os olhos, vou até lá e vejo surpresa o anel que minha mãe me deu, o que eu tinha deixado cair depois que Kai me assustou no telhado. Me pergunto como ele foi parar ali e torço para que ele tenha encontrado o caminho sozinho não que alguém tenha o trago aqui enquanto eu estava dormindo, torço mais ainda para que não tenha sido o meu carrasco.

Visto uma camisa branca e uma calça de couro preta, ponho a bota que para mim parece ser menos desconfortável, então saio do quarto. Não vejo ninguém do lado de fora no corredor do mesmo, mas com certeza deve ter duas ou três sombras espreitando em algum lugar. Tento parecer firme nos meus passos enquanto desço a escada, mas minha fome quer que eu corra para qualquer lugar que tenha comida, mesmo eu não sabendo onde.

Não comi nada o dia inteiro, eu nem senti fome e ninguém me ofereceu também nem mesmo se atreveu a me ofereceu um copo de água, acho que aqui eles não têm a boa educação de oferecer alimento a quem chega. Avisto uma mulher, com pele pálida demais, magra e alta ela quase corre quando percebe que estou lhe chamando, mas eu interrompo sua fuga mais rápido a segurando pelo braço.

 - Pode me dizer onde fica a cozinha? - Pergunto ofegante e quase suplicante demais o que é humilhante para alguém que é considerada princesa neste lugar.

Com olhos arregalados ela me aponta para esquerda vejo uma porta de madeira deve ser por ali então, agradeço e vou na direção que a mesma apontou. Abro a porta pesada de madeira e me vejo em um corredor mal iluminado, seguindo em frente começo escutar barulho de pessoas conversando e panelas sendo manuseadas, acho que estou no lugar certo.

Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Onde histórias criam vida. Descubra agora