Capítulo único

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Elain caminhava por entre as flores, cheirando-as e colocando em sua cesta. Seu vestido balançava pelo vento. Lucien, com o cabelo em um coque enquanto uma mecha rebelde caía por sua testa, a seguia enquanto ela dava pequenos gritos de emoção quando via alguma flor diferente.

Ele ficara maravilhado com ela. Parecia que aquele era o seu lugar. Sempre foi.

Lucien se aproximou e retirou uma flor de seu caule. A cor roxa com manchas vermelhas combinava com Elain. Ele se aproximou e a segurou pela cintura.

Sua amada se virou e ele encarou seus lindos olhos. A pequena flor foi colocada em sua orelha enquanto ele sorria para ela e dava um beijo na ponta de seu nariz.

O olho de metal brilhava com a luz solar.

Elain soltou uma risada quando uma abelha pousou no nariz do parceiro e Lucien sorriu esperando ouvi-la rir mais vezes. O corpo do macho se enriqueceu ao perceber a aproximação da mulher a sua frente.  Ela encostou sua pele lisa e pálida na sua bronzeada e cheia de cicatrizes, seus seios tocando seu estômago por cima da roupa.

Desde de que Elain aceitou a parceria eles se tornaram mais próximos e mais... intensos. Como se uma explosão de chamas os tivessem atingido. 

Lucien beijou seus lábios de leve enquanto a mão da Elain passeava por seu rosto marcado pelo sol.

"Venha cá. Quero te mostrar um local."

Elain o seguiu e ele apontou para uma enorme árvore no meio da floresta. Ele pegou a cesta de suas mãos e pediu para ela subir.

"Não te deixarei cair." Afirmou o parceiro.

Elain colocou receosa o pé no tronco e deu o impulso para cima. Depois que pegou o jeito, ela subiu mais dois troncos. Lucien estava bem atrás dela e atento para o caso se ela tropeçasse.

"Para aonde estamos indo?" - perguntou curiosa.

"Vamos ver o pôr do sol." - Elain se animou. O pôr do sol era um dos momentos favoritos de seu dia, e diziam que o da Corte Diurna era o mais lindo de todos. Elain começou a ficar eufórica e a subir mais rápido.

"Espere!" - Gritou Lucien achando graça prevendo a euforia de sua parceira. "O sol não vai embora tão rápido por aqui"

Ao chegarem no último patamar da árvore, Lucien deu impulso para ajudá-la.

"Firme seus pés neste tronco." - disse apontando para o local.

Lucien acabou de subir, mas não visualizou o pôr do sol. Ao invés disso, seus olhos preferiram permanecer apenas na expressão fascinada de Elain.

Ela é tão linda, pensou o feérico.

Sua parceira pegou a mecha de seu cabelo e o colocou atrás de sua orelha.

"Queria que todo mundo visse isso."

"Eu também" - disse Lucien ainda com os olhos virados para ela.

Elain percebeu e suas bochechas ficaram com um tom avermelhado. Ela virou a cabeça do parceiro para a visão do pôr do sol. A Corte Diurna era realmente o lugar ideal para isso. Como se o sol pertencesse a esse local.

Após minutos em silêncio observando a vista, eles decidiram descer.

Ao chegar no final Elain pisou em falso, mas Lucien conseguiu a segurar a tempo. Ele pega a mão de Elain e tentou puxa-la de volta.

"Segure firme." - ressaltou, mas a mão de Elain escorregou da sua.

Ela fechou os olhos preparada para o impacto que suas costas levariam. Mas não sentiu nada. Quando abriu os olhos, Lucien estava em baixo dela com uma pequena expressão de dor.

Ele a tinha pegado no ar e a virado para receber o impacto.

Elain levantou correndo pedindo desculpas, porém após uns minutos encarando um ao outro eles começaram a rir. Ele pegou a cesta de volta e a puxou para sentar junto com as plantas que cresciam na grama verde. A pele deles se tocavam e Lucien, não aguentando ficar longe dela, a colocou em seu colo. Elain passava os dedos por seu rosto e cabelo.

"Você é lindo." - ela disse quando passou a mão por seu olho de metal.

Lucien pegou sua mão e a beijou carinhosamente.

"Fiquei feliz por ter aceitado a parceria." - Lucien disse parecendo até desesperado. Ele sabia a frustração que era viver longe de sua parceira. Mas ele esperou. E principalmente, esperou que ela o aceitasse.

"Eu estou feliz. Estou feliz com você, Lucien."

O macho a apertou mais fortemente em seus braços e colou os lábios em sua boca. Eles se beijaram por minutos até suas bocas ficarem dormentes. Lucien partiu o beijo com uma mordida.

"Você é minha." - ele disse em sua boca.

"Eu sou sua. E você é meu."

Elain confirmou o que ele sempre ansiou ouvir e Lucien devorou sua boca novamente, mas dessa vez, os dois sentiram o fogo subir entre eles. Não era uma excitação normal, e sim a excitação do laço da parceria que ocorria quando eles diziam isso.

Lucien a deitou gentilmente no chão. Algumas flores maiores a cobrindo. Os botões de seu vestido voaram para longe e Lucien soltou um rosnado quando viu seus seios soltarem para o ar livre. Ele chupou um por um, como se tivesse todo o tempo do mundo e Elain gemeu embaixo dele.

Sua voz era a mais doce de todas.

Ele tirou seu vestido e o desceu por suas pernas. Elain estava nua. Toda para ele. Ele soltou um gemido ao vê-la assim. Tão vulnerável e confiando nele. Seu parceiro.

O pau dele já marcava violentamente a calça, querendo violentamente sair para penetrá-la.

"Lucien..." - gemeu Elain. - "Eu preciso de você, agora."

Lucien subiu por seu corpo novamente e beijou seus lábios. Ele tirou toda sua roupa, ficando nu para ela também.

Ele pegou seu membro grande e o guiou para sua entrada.

Elain arranhava suas costas enquanto ele a preenchia. Ele tentava se segurar por ela, para não assusta-la, mas sabia que não iria aguentar por muito tempo.

"Mais Lucien, eu quero mais." - Elain disse ofegante.

Isso foi a confirmação que ele precisava para ir mais forte e rápido. Ele começou a mexer seus quadris na direção dela e ouviu o som molhado do encontro de seu pau em sua parte íntima. 

Elain gritava e arranha suas costas de prazer e euforia. Ele, ainda mais ofegante, chupou o seio da parceira enquanto massageava o outro.

"Você é minha." Vociferou entre as estocadas.

Elain de repente trocou de posição, ficando por cima dele. Lucien colocou a mão por sua cintura, ajudando a guiar seus movimentos. Mas Elain parecia não precisar de ajuda, ela estava frenética em seu colo. Lucien soltava respirações pesadas e curtas enquanto a observava.

Seu cabelo bagunçado, suas bochechas vermelhas e seu olhar inocente se desfazendo com esse contato, com a brasa que irradiava entre eles toda vez que se tocavam. Era libertador.

As flores pareciam a completar atrás. Formando uma obra prima que Lucien achou muito mais lindo que a visão do pôr do sol. Ele soltou um sorriso.

Ela pertencia a esse lugar.

Ela cavalgou mais rápido e Lucien se sentou. Suas peles se encostavam e ele guiou seu movimento para o encontro de sua pélvis. Cada vez mais fundo dentro dela.

Elain gritou e jogou a cabeça para trás. Suas paredes internas apertaram seu pau e ele se desfez logo em seguida. Ela caiu sobre ele, que por sua vez deitou na grama com sua amada ainda em seu colo.

Ele massageava seu cabelo enquanto ela tentava acalmar sua respiração. Ficaram assim até o pôr do sol sair completamente dando lugar a uma noite estrelada.

"Sabe..." - começou Elain. - "Acho que no fundo eu sempre soube que pertencia a você também." - disse e Lucien não poderia estar mais feliz.

E de repente ele soube. Valeu a pena lutar por ela.

Corte de Flores e BrasasOnde histórias criam vida. Descubra agora