O Dono do Morro
Sabemos que fanfics ou livros assim são em peso aqui no Wattpad e algumas são até boas, mas tem outras que...dá até uma dorzinha ler, não estou certa?Pois bem, vim aqui com um capítulo de fanfic "Dono do morro". Espero que gostem.
******
Eu nunca entendi como minha família chegou nesse ponto. Minha mãe foi embora a poucos meses, desde que meu pai entrou nas drogas, meu irmão começou a trabalhar na biqueira desde então, para ajudar com as contas.
Faziam poucos anos que tínhamos chegado aqui na favela, ou comunidade, sendo politicamente correta. Meu pai era um advogado renomado aqui no Rio de Janeiro, tínhamos um apartamento de luxo no Leblon. Meu quarto ficava de frente pra praia, e era tão bom acordar com aquela vista pro mar todos os dias. Mas então, ele começou a trair minha mãe com algumas mulheres, se encontrava em bares clandestinos para beber com uns amigos, daí ele começou com as malditas drogas.
Primeiro foi a maconha, depois ele foi pra cocaína, crack e...tudo foi ficando pior. Ele nunca chegou a ser agressivo com nós três, até que começamos a tentar levar ele pra reabilitação. Começou com crises de agressividade, gritos, depois foi pros tapas, socos e chutes. Tivemos que levar Matheus, meu irmão pro hospital uma vez, meu pai tinha quebrado seu nariz.
Eu não me apresentei? Ah, sim, eu esqueci disso. Meu nome é Samanta Nunes, eu tenho dezoito anos, e terminei a pouco tempo o ensino médio. O que era bom, já que eu podia ter mais tempo para trabalhar, eu queria poder tirar meu pai dali da comunidade, e tirar meu irmão daquele "emprego", como ele chama.
Hoje é dia 12/05, meu aniversário, não ia comemorar, eu não via razão nisso, sempre achei aniversários chatos. Era o que eu pensava, até escutar meu pai gritar meu nome da cozinha, "o que ele queria?"
— Pai? O que foi? — Perguntei saindo do corredor que levava pros dois quartos da casa. Ela era pequena, de térreo, um pouco suja mas agradável.
— Esse é o Henrique, um amigo meu. Ele quem me vende as...as...
— Drogas, pai. Apenas diga: "Drogas" — Meu rosto se transformou numa careta de imediato, Henrique era um homem alto, negro, cabelo cacheado e algumas tatuagens pelo corpo. Ele estava sério, parecia querer ir embora dali de uma vez. Não o culpava, eu também queria. — Então você, quem continua vendendo essas porcarias pro meu pai? O que quer aqui? Meu pai está devendo? Quanto é? Eu pago.
Meu pai pareceu apreensivo, quis saber o por que daquilo.
— Filha, não é bem isso-
— Ele já pagou a dívida dele, oh menina. — Henrique se pronunciou. — O velho aqui tem sorte de ter conseguido me dar algo que realmente valesse mais que dinheiro.
— E o que é?
— Não te devo satisfação nenhuma, tá entendo? Agora, pega suas malas, você vem comigo. — Ele segurou meu braço. — Melhor, leva nada não. Eu peço pro Menó comprar umas roupas aí pra tu usar.
— Mas que porra-...Eu não vou a lugar nenhum com você, seu merda. Me solta!
— Ae é melhor tu cala a boca, o vagabunda. Você agora é minha, tá ligada? Vai trabalhar pra mim. — Eu dei um tapa em seu rosto. — Vadiazinha de mer-
— Pai seu...seu filho de uma pu-...Eu não acredito! — Gritei sentindo meus olhos queimarem, mas eu não chorava de tristeza, sim de ódio. — Você me vendeu pra pagar as suas malditas dívidas! Seu…
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑭𝒂𝒏𝒇𝒊𝒄𝒔 𝑨𝒃𝒔𝒖𝒓𝒅𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑹𝒖𝒊𝒏𝒔... - 𝕃𝕚𝕒𝕣 '
Humor𝕃𝕚𝕒𝕣 ' O livro foi criado apenas para ser irônico, divertido e fazer você rir. Aqui vamos ver: • Reacts de Fanfics e Livros bem ruins. • Dicas de como escrever um bom enredo. • Capítulos escritos com os temas das fanfics ruins vistas. A ide...