Se ninguém achar Helena e Samuel um casal fofo, eu me jogo do penhasco

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Olá, bom...Boa tarde, esqueci que já é de tarde, enfim, como vocês estão nessa tarde?

Eu tô bem se querem saber, calma, não tomei meu chá ainda? Não, não tomei, mas também não tem meu chá aqui em casa.

Bom, ontem eu já postei um capítulo com 3000 palavras, certo? Certo, e gente, como foi cansativo escrever ele, mas cá estou eu, bem plena, com os dedos doendo? Sim, mas eu trouxe um capítulo bem aleatório assim que eu escrevi.

Lembram do capítulo de história de máfia? Então, o capítulo que vou postar hoje é do segundo livro que eu planejei, e pra quem não sabe, eu estou planejando uma trilogia.

Vai ter romance? Vai. Vai ter morte? Vai. Vocês vão gostar dos casais? Sim, e se não gostar eu bato.

Enfim, esse casal do segundo livro...Trisal no caso, é um dos meus favoritos, de verdade, e foi feito por um casamento arranjado.

E bem, eu quis uma protagonista fora dos padrões, eu ainda não decidi a atriz que eu achei assim, perfeita para a Helena, mas a que mais se aproxima e a Nicola Coughlan que fez Bridgerton e Derry Girls.

Mas enfim, tenho certeza que vocês querem que eu vá logo a história certo?

Ao capítulo de hoje.

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Samuel respirou fundo enquanto olhava a janela de seu quarto, fazia uma semana que não saía de lá, talvez fosse exaustão. Os dias estavam vazios, solitários e tediosos, mesmo que o trabalho ocupasse parte da sua mente ele não podia parar de lembrar daquilo toda noite antes de dormir. 

Sentia-se novamente com sete anos após a morte da mãe. 

Agora, seu pai também tinha morrido. 

Mesmo com quase vinte e cinco anos, aquilo ainda estava impregnado nele, todas as palavras, todas as ações, as cicatrizes. Por Deus, ele devia estar triste não aliviado 

Mas somar isso a tudo que estava ao seu redor era demais para só um homem. Samuel observou o jardim onde Kaio estava, segurando Alexander de poucos meses no colo, mas nem mesmo aqueles dois poderiam tirá-lo daquele buraco fundo que ele mesmo se enterrou. Sabia que era cabeça-dura, que vez ou outra era ignorante demais, falava demais e sem pensar, mas já passara um ano desde a briga...Ele devia parar de pensar naquilo. 
Helena tinha o ignorado por todos aqueles meses, e mesmo após ele ter ficado do seu lado no nascimento do filho suas relações não mudaram, mesmo sendo marido e mulher — ou maridos — ambos não sabiam praticamente nada um do outro, qual era a cor favorita dela? Vermelho, ele pensou, já havia a visto milhares de vezes com seus vestidos vermelhos que destacavam principalmente sua pele clara. Mas ela sabia algo sobre ele? Não, ele nunca chegará a dizer nada a ela. No começo ele até conseguia ignorar essa pontinha de tristeza, mas agora, eles eram tão conhecidos quanto dois estranhos na rua. 

E a culpa daquilo era principalmente dele. 

Ouviu duas batidas leves na porta e sem tirar os olhos da janela apenas disse para a pessoa do outro lado entrar. 

Não era Kaio, certamente. Ele ainda via o amigo pela janela, talvez um dos criados tivesse trazido a correspondência, o advogado disse que enviaria uma carta com os dizeres do testamento nesta semana. Mas não, não era nada daquilo. 

— Samuel? — Ele congelou, o que ela fazia ali? — Kaio me disse para vir vê-lo, estava preocupado...Eu estive preocupada por você não sair do quarto a muitos dias. 

Ele ouviu seus passos indo até onde ele estava e parando ao seu lado, pelo canto dos olhos ele viu a esposa ali. Já fazia tanto tempo que eles mal conversavam, o que ele devia dizer? E se ele a decepcionar outra vez? 

𝑭𝒂𝒏𝒇𝒊𝒄𝒔 𝑨𝒃𝒔𝒖𝒓𝒅𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑹𝒖𝒊𝒏𝒔... - 𝕃𝕚𝕒𝕣 'Onde histórias criam vida. Descubra agora