Inquebrável, indestrutível e... precioso grilhão

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Notas iniciais do capítulo

Eu digitei e revisei essa fanfic no celular, não é meu padrão, por isso a falta de costume pode deixar passar erros vergonhosos de digitação xD

Boa leitura! ♥

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Entrou na sala dando um belo gole na cerveja. E então o tempo deu a impressão de parar, tamanho o susto que o rapaz levou. Ali, no meio da sala, estava parado um Alpha. Um homem alto, de cabelos curtos e claros, que nunca viu na vida antes. O desconhecido segurava um dos porta-retratos, analisando-o com atenção por um segundo a mais antes de se virar na direção de Kiba e oferecer um sorriso desagradável.

— Yo — a voz profunda e grave colocou o lado animal de Kiba em completo alarme.

A paralisia de Kiba durou meio segundo. Ele soltou a tigela, fazendo pipoca se espalhar pelo chão, mesmo destino que teve a cerveja quando a garrafinha se estilhaçou no chão. Em um movimento fluído Kiba deu meia volta e correu para a cozinha. Foi tudo rápido demais, ele alcançou o escorredor de pratos e pegou uma das facas, a maior que conseguiu visualizar.

Voou para a sala, parando na porta de acesso, a arma branca firmemente presa na mão com a ponta afiada erguida na direção do desconhecido.

O Alpha não havia se mexido, nem ao menos se espantou. Pelo contrário, deu a impressão de achar tudo muito divertido. A reação colocou todos os sentidos de Kiba em alerta, principalmente por anular o lado animal de um jeito tal que não se captava o menor traço Alpha.

— Quem é você, filho da puta?! O que está fazendo aqui?! Como entrou?! Vou chamar a polícia — disparou as perguntas demonstrando nervosismo através desse ato.

Colocando o porta-retratos de volta no lugar, o desconhecido apontou para o celular de Kiba, largado no sofá.

— Usar senha no aparelho é uma boa ideia. Agora eu sei que você está sozinho e ninguém irá chegar.

O desgraçado leu a mensagem que Shino lhe enviou, nenhum dos dois nunca achou necessário usar senhas nos telefones por não haver segredos entre eles!

A situação se complicava naquele instante, ao mesmo tempo em que se aliviava um pouco. Caso o companheiro estivesse ali, poderia se ferir lutando contra o invasor. Não que lutar sozinho fosse uma solução tão melhor...

Kiba fez uma careta e evidenciou a faca em sua mão:

— Não se mova. Não tenho medo de enfiar isso na sua garganta e depois no seu rabo!

O sorriso do outro aumentou, enquanto ele cruzava os braços, despretensioso. Kiba desconfiou que o fato de ser um Alpha o deixava seguro de que enfrentaria Kiba sem problemas. Omegas eram da casta mais fraca e suscetíveis a voz de comando. A desvantagem do rapaz era nítida, não fosse o título de campeão de Judô por três anos consecutivos na faculdade. E o curso especial de resistência mental, que só melhorou depois que Shino lhe deu uma Marca. Em resumo, não era um Ômega assim tão fácil de dominar.

Foi o pensamento de Kiba, no qual ele acreditava firmemente. Até a porta se abrir e outro desconhecido entrar. Um jovem de cabelos ruivos e ausência quase total de expressão em seu rosto.

— Dei um jeito nas linhas telefônicas e no cabo de Internet. O cachorro não irá perturbar — explicou com calma, tão logo fechou a porta de entrada.

Kiba viu sua situação se complicar a níveis astronômicos. Brigar com um Alpha já era uma missão quase impossível. Com um comparsa então... as chances caiam a quase zero! A casa em que moravam era uma boa construção, espaçosa e com um ótimo quintal, detalhe que os convenceu a comprá-la. Pelo espaço para Akamaru correr a vontade sem incomodar os vizinhos. A privacidade seria muito bem respeitada.

— Akamaru — sussurrou preocupado. Se aquele Beta tivesse machucado seu amado mascote...

A ameaça nunca foi formulada, nem na mente de Kiba, muito menos verbalmente. Ele ouviu uma risada divertida, de alguém que vinha descendo pela escada. O pavor que sentiu foi tão grande, que o coração deu a impressão de falhar uma batida. Sua casa não foi invadida por dois desconhecidos, pois descobriu naquele instante que três shifters violaram a paz de seu lar. E esse último a se revelar trouxe consigo o pior de todos os pesadelos.

O Beta galgando os degraus era um rapaz loiro, com uma longa franja que o fez pensar em Ino, melhor amiga de seu companheiro. Ele segurava com cuidado uma criança, uma menininha adormecida vestida com um pijama de morangos. Masako.

No mesmo instante Kiba abriu a mão e a faca caiu inútil ao chão, ergueu os braços em seguida. Conseguiu controlar seu lado animal com uma tenacidade incrível, porque se deixasse a angústia que o dominou extravasar, com certeza acordaria a criança. E nesse gesto compreendeu porque o próprio Alpha suprimia a presença animal, mantendo a menininha como uma preciosa refém adormecida e à qual Kiba faria tudo para proteger.

— Por favor, por favor... não machuca ela.

— Achei esse moranguinho no quarto, Hidan. Não se preocupe, se quebrar tem outro brinquedinho lá em cima.

Kaoru. O sangue de Kiba gelou e a garganta se comprimiu de um jeito doloroso. Seus filhotes eram reféns que não podia arriscar, nem a custo da própria segurança.

— Por favor — Kiba insistiu — Peguem tudo o que quiserem, mas não machuca meus filhos.

Ele sempre foi um Ômega impulsivo, do tipo que agia antes de pensar, que só avaliava o prejuízo depois do ocorrido. Dificilmente pedia desculpas. Arrepender-se de algo? Hum, seu ego não permitia. Mas ali, naquela sala e naquele instante, não teve a menor hesitação em deixar as lágrimas rolarem e apagar qualquer senso de humilhação por implorar pela vida da filha. Kiba notou que o loiro recém-chegado chamou o comparsa por um nome ou apelido, sem se preocupar em esconder as identidades. Um péssimo sinal sobre o caminho que aquela noite poderia tomar.

— Se você for bonzinho a gente não toca nas crianças.

O tal Hidan declarou, ainda naquela pose displicente de quem domina a situação. Ficou claro que agia assim desde o começo pelos trunfos que sabia ter na mão. E Kiba entendeu que não era um ataque aleatório, talvez aqueles invasores estivessem vigiando e estudando a casa há algum tempo. Mas isso não importava naquele momento.

— Claro. Temos um acordo — concordou depressa. Sentiu-se sem saída, preso e acorrentado por aqueles três desconhecidos. Um passo em falso, menos até do que isso e a menininha nos braços do Beta pagaria o preço.

— Onde está o dinheiro? — Hidan perguntou. Ele agia como o líder.

— Dinheiro? — Kiba ficou confuso.

— O cofre — foi o rapaz ruivo que esclareceu — A patente do protótipo das nano abelhas foi vendido a um excelente preço. Sabemos que guardam o dinheiro em um cofre.

Kiba ofegou. Aqueles homens estavam muito bem informados, mas não com dados cem por cento confiáveis. Sim, Shino ganhou um bom dinheiro com a venda da patente e sim o dinheiro estava guardado na casa. Mas não literalmente, já que eles usaram para pagar a maior parte das parcelas de hipoteca. Não havia um centavo em espécie naquela residência, muito menos cofre!

— Não tem nada disso em casa, caralho! Não tem cofre nem dinheiro aqui — afirmou. Parecia até irônico que pela hora do almoço estivesse preocupado com a fatura do cartão!

Pela primeira vez o sorriso deixou os lábios de Hidan, dando-lhe um aspecto ameaçador como em nenhum momento até agora. Kiba engoliu em seco, preocupado com a segurança de sua família mais do que nunca. O ato mais difícil de toda a sua vida foi manter o medo sob controle, evitando o descontrole das emoções. Se Masako acordasse...

— Você acha que estamos brincando, Ômega? — perguntou em um tom baixo — Deidara, suba e mate o menino.

Shino&Kiba

Notas finais do capítulo

Até segunda, hohohoho. Vai piorar um pouco... se prepare...

O seu pior pesadelo (ShinoKiba)Onde histórias criam vida. Descubra agora