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Capítulo um.
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William, apesar de boêmio, não tinha o costume de se envolver com garotos de programa. A sua falta de vergonha não o inibiu de travar ao ter aquele par de olhos verdes inexpressivos o analisando.

Harry se mantinha em piloto automático. Até o seu sorriso era ensaiado e mecânico. Ele sabia o seu papel, e o interpretava com maestria. Apesar de sorrir para William, os seus olhos se mantinham frios e distantes.

O cacheado o puxou pelos dedos, e o guiou pelos corredores. Alguns gemidos, abafados pelo som alto, eram ouvidos durante o percurso.

O quarto tinha paredes vermelhas, uma cama redonda, um guarda roupa minúsculo e um banheiro. Apesar de pequeno, era limpo e organizado.

William hesitou por um instante não sabendo ao certo o que fazer, mas foi logo despertado pelas mãos de Harry, que passeavam pelo cós de sua calça. Por impulso, ele puxou o cacheado pela cintura, fazendo os corpos se colidirem. William estava hipnotizado pela beleza do garoto, e entendia bem porque Zayn o chamava de boneca. Ele levou a mão para a nuca do cacheado aproximando as bocas, mas foi impedido pelas mãos espalmadas de Harry em seu peito.

"Eu não beijo na boca." Ele disse seco sem olhá-lo."Faço tudo, mas beijo na boca eu não permito."

William apenas assentiu, levemente sem graça, e levou a boca para o pescoço de Harry, dando leves beijos e lambidas.

Ele sabia que não poderia marcar o garoto de programa, por mais que quisesse muito fazê-lo.

Suas mãos percorriam o corpo do maior em uma espécie de devoção. A pele macia e leitosa prendia as mãos de William como um ímã.

Harry desabotoou as calças de William rapidamente, afinal, ele sabia bem o que estava fazendo.

Em instantes ele estava chutando as calças de maneira desajeitada para um canto qualquer do quarto.

O cacheado ameaçou tirar sua box mas foi impedido por William.

"Deixa que eu faço." Ele fitou o cacheado, e pela primeira vez dentro do quarto, os olhares se cruzaram.

William tinha a sensação de estar caindo em uma emboscada.
Como um bicho indefeso que não era capaz de raciocínio.

Estava prestes a entrar no abatedouro por conta própria, se deliciando com o vislumbre da sua possível morte.

William admirou o que havia em seu campo de visão.

Harry era uma obra prima.
Seu corpo parecia emitir luz própria.

Não havia nenhum traço de vergonha. Ele estava exposto. Nu ㅡ de todas as formas possíveis de nudez.
Corpo e alma.

"Você é lindo." William murmurou.

Não houve resposta.
Harry estava cansado de ouvir elogios sobre o seu corpo.

William voltou a atacar o pescoço de Harry o arrastando para a cama de lençóis de cetim. Todo o ambiente parecia ser inundado pela presença forte de Harry. Tudo ali parecia ser dele, só dele e de mais ninguém. William era um mero passageiro embarcando em um navio prestes ao naufrágio.

Ele movimentou a mão indo de encontro ao membro de Harry, que prontamente com delicadeza deslizou a mão de William para a sua cintura.

Harry não se permitia ter prazer.
Era trabalho, apenas.
Era o que ele sabia fazer da vida.

William pareceu compreender o desejo do cacheado e não voltou a colocar a mão onde não devia.

Seu membro estava rígido como pedra, e à medida que Styles foi se pondo de quatro na cama, indo em direção a ele, uma gota de pré gozo ousou escapar.

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