Lírio branco
Com uma caneta de tinteiro e papel em mãos o autor vai procurar em lugares desconhecidos de si mesmo algo para alimentar sua imaginação e inspiração, sempre olhando a sua volta e prestando atenção nos mínimos detalhes, seja do vento até as folhas das árvores a sua volta, para ser inserido em sua história, seja de romance ou terror, mas procurou e procurou e não achou nada para alimentar sua imaginação e lhe dar a tão querida inspiração, quando percebesse que está perdido em um campo verde, cheio de flores variadas com várias cores, o mesmo se senta de baixo de uma pomar cheio de flores e folhas, indicando a chegada da Primavera, cansado pela busca da um longo suspiro desapontado.
Quando uma bela moça de cabelos encaracolados da cor do fogo ardente quando acaba de ser acendido, curtos e bem volumosos, com a pele achocolatada, aparece dançando entre as flores tão distraída que não percebeu minha presença no local, seus pés descalços dançavam entre as flores alegremente como se fosse a última vez que iria fazer aquilo, em seu rosto mostrava toda sua felicidade por estar naquele lugar, seu vestido branco opaco com rendas delicadas dançavam junto ao vento, ela delicadamente pega um lírio e vai a caminho da floresta que estava ao lado, ainda alegremente, a sigo com os olhos até perde-la de vista.
Quando escuto um grito feminino e um estrondo de uma arma que tinha sido usada, largo meu papel e caneta no chão desesperado e vou em direção ao barulho, quando chego lá não vejo nada, nenhum animal assustado, árvores destruídas, a moça que tinha visto a uns minutos atrás, nada como se não tivesse acontecido absolutamente nada, olhando em volta com mais atenção vejo que embaixo de um pé de cerejeira havia uma foto emoldurada, fiquei estupefato quando percebi quem estava na foto, a dançarina de alguns minutos atrás sorrindo com os olhos fechados pelas bochechas, com o mesmo vestido, com algo escrito embaixo:
"Em memória de Sakura Yuno, que foi levada cedo demais por uma bala em seu peito"1890-1905
Com um lírio branco já seco junto a velas ainda acessas, em sua volta, sem saber o motivo meu rosto começava a ficar molhado pelas lágrimas, e logo sai lentamente daquele local, pego um dos lírios que estavam lá e coloco junto do seco e vou embora com a sonhada inspiração e imaginação alimentada.