Capítulo 6

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- Vamos parar de falar de mim e falar de você, ou irei achar que você é algum infiltrado ou espião do governo russo. - Falou ela bem humorada.

- Assim como a sua, a minha vida também está exposta em todos os sites e tabloides.

- Não me refiro ao Jadon Sancho, estrela do Borussia e da Inglaterra, que adora festa, mulheres e ostentação. Me refiro ao Jadon, a criança que habita dentro de você, o que habita seu coração, seus sentimentos, quem de fato você é.

- O pequeno Jadon que passava o dia inteiro jogando bola em Kennington ainda está vivo em mim... Mas uma boa parte dele morreu quando cresci, a distância da minha família contribuiu bastante para isso. Sei lá, as vezes me culpo por meus pais terem saído de seu país natal por minha causa, então coloquei na minha cabeça que teria de ser o melhor para ter valido o sacrifício deles. - Não pude evitar a lágrima de cair. Heaven segurou minha mão docemente. - E você?

- A pequena Heaven sempre foi curiosa, porém solitária. Imagine viver 18 anos trancada num palácio vigiado 24 horas, cheio de guardas, serviçais e cômodos gigantes. Meu pai nunca fez nada por mim, diferente dos seus, ele só pensa no partido e nessa linhagem amaldiçoada. - Falou ela firmemente.

- Não se pode reclamar, você tinha um palácio.

- E não tinha liberdade, de quê adiantava? - Rebateu ela. - Tá ficando tarde, me leva para casa, por favor?

- Fica! Minha cama é bem grande, sem contar que tem eu nela. - Puxei-a para um beijo, sem segundas intenções pela primeira vez

- Okay, eu fico. Depois de um convite desses.



Dito isso, iniciamos outro beijo com gosto de Whisky misturado ao energético. Deixamos a sacada e subimos para o meu quarto, tiramos os sapatos e ela tirou a calça, deixando amostra a calcinha de renda preta misturada as tatuagens. Sob o silêncio da noite, deitada no meu peito ela perguntou:


- Jadon, existe alguma coisa na qual você acredita que morreria para defendê-la? - Achei estranha sua pergunta, mas respondi de imediato.

- Amor, eu acho. O amor pela minha família, pelos meus amigos. Mas morrer defendendo algo não faz muito sentido para mim mais, sei lá, vi tanto dos meus amigos de infância morrer pelo crime que sinceramente não creio nisso de morrer para defender.

- Eu já vi amigos morrer... E já vi a morte diante de mim. Amigos de dias que morreram em horas defendendo a Rússia em protestos contra a policia. - Ela puxou minha mão e conduziu-a até o ombro esquerdo, parecia uma cicatriz de bala. - Eu prefiro morrer por uma razão do quê viver sem.



Pela manhã acordei primeiro desta vez e resolvi fazer o café da manhã enquanto Heaven ainda dormia. Mas logo a observo descer as escadas de fininho, lhe dando um susto em seguida:


- Tentando fugir de novo, Heaven? - Falei e ela parou em frente a porta e depois virou-se sorrindo. - Pelo menos deixe-me lhe dar um presente. - Entreguei a sacola e sem demora abriu-a.

- Sério, Malik? - Falou ela sendo sarcástica ao mostrar a blusa do Borussia com meu nome e número. E por sinal, amava quando ela me chamava pelo meu nome do meio.

- Sim, aí dentro também tem a pulseira para o meu camarote, se é para sondar o Dortmund, sonde direito. Pegue-a, coloque esta camisa e vá ao jogo sábado a noite. Será a mais linda abelhinha de toda a muralha amarela. - Beijei seus lábios por fim.

- Obrigado, um dia eu te dou uma do meu time do coração. - Falou ela ao abrir um sorriso.

- E qual é? - Perguntei ao envolvendo meus braços em sua cintura.

- Isso você também terá que descobrir. - Dito isso, ela me beija rapidamente e vai embora.











Por hoje é só. Ah, responda nos comentários se vocês querem uma "foto" da Heaven. Pois eu gosto de deixa na imaginação de vocês como ela é, porém se ficaram muito curiosos eu posto em alguns dos capítulos. Amo vocês. - Láysa ❤

Ain't No Sunshine - Jadon Sancho ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora