Capítulo Um

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Boa Noite gente. Espero que gostem.

Amo estrelinhas e comentários. Beijos e abraços

Irei postar todas as Quinta-feira e Domingo.


Acabei de fazer algumas alterações para ficar com sentindo.


***



Mia



Olho para o céu e fecho os olhos, tentando não me lembrar da tristeza que é a minha vida. Minha barriga ronca me lembrando que, já faz dois dias que não como nada de nutritivo. Abro os meu olhos e vejo o céu amontoado de estrelas, as vezes eu queria ser uma, só assim não teria que enfrentar minha inútil vida. Começo a caminhar mais uma vez indo em direção a um beco escuro. Vou até uma enorme lata de lixo. Tiro a minha mochila dos meus ombros e a escondo dentro da lata, tudo o que eu tenho está dentro dela, duas calcinhas, um sutiã, uma blusa, um short, meu ursinho de pelúcia e uma manta bem fina. Isso é tudo que eu tenho na vida mais nada. Não sobrou mais nada para mim desde o dia em que meus pais faleceram, em um acidente de avião há três anos atrás.

Eu perdi minha casa, minha faculdade, todo o pouco do dinheiro que me restou, não consigo emprego, moro á três anos na rua, apanho constantemente e fui abusada duas vezes. Não tenho nada nem ninguém a quem me apoiar, só tenho a mim mesma, e um pouco de humanidade e humildade que me restou. Não é que eu não tento arrumar um emprego, mais quem quer uma sem teto, com roupas rasgadas? Ninguém quer. Nem um clube de stripper me aceitou. Qual outro emprego decente ia me aceitar. Eu tenho dignidade então vender meu corpo está fora de cogitação. Saio do beco e vou em direção a um restaurante, quem sabe tenho sorte e uma alma bondosa possa pagar um jantar para mim. Olho para as minhas roupas e suspiro. Ainda bem que consegui tomar um banho na casa de acolhimento, só assim não estou fedendo e nem com corpo sujo. Pena que não consegui uma cama para dormi, já estava cheio quando cheguei, então apenas tomei banho e lavei o pouco de roupa que tenho.

Aproveito a oportunidade que a recepcionista que fica na porta do restaurante saio e entro fazendo o possível para ninguém me notar o que é difícil por causa da roupa que estou.

Olho em volta e percebo dois amigos jantando, reúno o pouco de força que tenho e vou em direção a eles, que estão envolvidos em uma conversa e não me notam, limpo minha garganta e um deles olha em minha direção. Ele é lindo, sua pele é clara, seu rosto é quadrado e seus olhos me fazem lembrar o mar. O outro eu não sei bem como é, só sei que sua pele é mais bronzeada, puxado mais para o moreno, seu cabelo é liso, seu corpo é forte e ele parece ser muito alto, mas não consigo ver seu rosto, já que ele não me olha. Encontro força e digo.

- Eu... é... vocês poderiam pagar um jantar para mim, ou pedir para embrulhar as sobras para eu comer depois? - Pergunto. O homem que olhou para mim me analisa e abre a boca para responder, mas o seu amigo fala primeiro, sem me dirigir o olhar.

- Se você não percebeu, nós estamos conversando e você foi mal educada em nos atrapalhar, e se está passando fome, encontre um emprego. Tenho certeza que irá se sustentar com um, e será ainda menos humilhante do que importunar quem não que ser importunado. Como eu por exemplo. - Ele diz sem ao menos olhar para mim, olho para o seu amigo que esta com a boca aberta, e um olhar estranho. Sinto que estou preste a desmoronar na frente dessas pessoas que não tem coração. Me controlo não querendo passar mais vergonha do que já passei. O homem que está me encarando abre a boca para argumentar ou só me mandar embora. Olho para os lados e percebo que os seguranças do restaurante me notaram e começam a caminha em minha direção. Mas antes deles chegarem até a mim eu falo.

Toma-me  APENAS DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora