O Início de uma Jornada

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— Como assim peste? Que tipo de peste? — indaguei o comandante.

— Ainda não sei direito, mas fiquei sabendo de um rumor que os moradores dessa cidade se transformaram em monstros. Atacam qualquer pessoa que tentar entrar na cidade — disse o comandante.

— Isso é possível, comandante?

— Acredito que com magia...tudo é possível — disse o comandante, sentando em sua cadeira.

— Eu preciso ir lá, comandante. Preciso saber o que aconteceu com minha irmã.

— É muito perigoso...e talvez sua irmã...

— Não posso deixar ela morrer. Ela é a última parte da minha família. Não posso ficar aqui com braços cruzados, comandante — disse, colocando as mãos em meu rosto e pedindo aos céus que aquilo fosse um pesadelo.

— Eu entendo. Está bem. Vou deixar você ir procurar a sua irmã. Você tem uma semana — disse o comandante. — Só me prometa uma coisa; volte vivo.

— Eu prometo. Muito obrigado, comandante.

— Ah, mais uma coisa. O soldado Stens nasceu na cidade de Sonata. Talvez, ele possa te dar informações úteis sobre a cidade — disse o comandante.

— Entendido, senhor comandante. Permissão para me retirar.

— Permissão concedida.

Saí do alojamento do comandante, e enquanto eu caminhava, fiquei refletindo sobre o que poderia estar acontecendo em Sonata e o que poderia ter acontecido com a minha irmã. Precisaria me preparar, pois não sei o que enfrentarei pela frente.

Entrei em meu alojamento, e comecei a arrumar a minha mala. Irei precisar de poções de vida e de venenos; precisarei colocar meu Corvex e algumas bombas de fumaça na minha mala; talvez colocar uma garrafa de álcool seria um bom trunfo, pois nem sempre é fácil acender uma fogueira somente com galhos; e, claro, minha bolsa de moedas, pois talvez precise comprar algo durante o caminho.

Um barulho tirou minha concentração, era Bordon.

— E, aí, amigo. Então, o que o comandante disse?

Observei se alguém estava perto do meu alojamento, fechei a porta e disse:

— O comandante disse que a cidade de Sonata foi dominada por uma peste que transforma as pessoas em monstros...e não sei o que aconteceu com minha irmã. Sairei amanhã de manhã. Preciso saber o que aconteceu por lá.

— Te entendo, Slade. Eu vou com você. Você vai precisar de um homem pra te salvar dos perigos da estrada — disse Bordon, brincando.

— Se você fosse, eu teria que ficar salvando a sua vida toda hora. Saí fora. Vou sozinho.

— Tem certeza? Essa jornada pode ser muito perigosa. Posso te acompanhar até lá, se você precisar — disse Bordon.

— Fique em paz. Não se preocupe, não vou morrer — disse eu. — Mudando de assunto, você conhece um tal de Stens? Preciso falar com ele antes de ir.

— Stens...? Stens...Stens...ah, já sei. Deve ser aquele barbudo do alojamento 22. Quer que eu vá junto com você até o alojamento dele, Slade?

— Não, não precisa. Agradeço pela ajuda.

Enquanto, Bordon saia do meu alojamento, eu fiquei pensando que talvez seria uma boa ideia levar ele comigo, mas seria perigoso, e seria egoísmo da minha parte levá-lo comigo. Descartei a ideia.

Bem, as minhas coisas estão arrumadas, vou até o alojamento 22 ter uma conversinha com esse tal de Stens.

Chegando lá, percebi que o alojamento estava fechado e parecia que não havia ninguém do outro lado daquela porta. Perguntei para um cavaleiro que estava passando ao meu lado sobre o Stens. Ele me disse que Stens estava em uma missão com outros colegas em um bosque perto de nosso acampamento. Ele me indicou onde ficava esse lugar. Decidi voltar ao meu alojamento para buscar minhas coisas, pois após me encontrar com Steins, eu já iria para o meu destino.

Passado uns quarenta minutos, estava quase chegando ao bosque. Eu caminhava olhando para o céu, admirando aquela cor alaranjada que o céu me mostrava, isso me fazia ter um pouco de paz e calmaria em minha mente. Eu sinto que pisei em algo...uma mão. Não só uma mão, mas um corpo de um cavaleiro de Arcadia que se encontrava morto, com o corpo todo recortado por garras. Olhei para frente, e para minha surpresa, alguns cavaleiros de Arcadia estavam lutando contra um monstro. Não consegui distinguir qual monstro era, pois árvores atrapalhavam minha visão. Corri para mais perto, e percebi que os cavaleiros estavam lutando contra um animal gigantesco, eram 6 cavaleiros no total. O corpo da fera parecia de um elefante, porém no lugar de uma tromba normal, havia uma máscara de um demônio na extremidade final da tromba; e no lugar de um rabo normal, havia um rabo igual de um escorpião. A única coisa que pensei foi: que porcaria poderia ser aquilo? Era assustador.

— É o senhor Slade! — gritou um cavaleiro. — Nos ajude a acabar com essa fera.

— Que bicho é esse? — perguntei para um dos meus colegas.

— Sei lá. Viemos numa missão de patrulha, e do nada, apareceu esse monstro.

A tromba da fera tentou nos atacar...e...a máscara que se encontra na tromba daquele bicho tinha dentes e uma boca que crescia monstruosamente quando ele a abria. Isso não era normal. Joguei minha bolsa do lado de uma árvore e retirei a espada da minha bainha. Uma luta perigosa está prestes a começar.

— Vamos lá, gente. Nós vamos matar esse bicho, custe o que custar — disse.

Supremacia ThornOnde histórias criam vida. Descubra agora