Prólogo

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Vamos ao primeiro capítulo da Maratona?

Espero que gostem.
Inês

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Estava na varanda do meu quarto, olhando para a parte exterior da casa, perto da piscina onde está a minha família.

FAMÍLIA! Nem acredito que depois de tudo o que aconteceu eu consegui finalmente formar a família que a minha mãe sempre sonhou para mim. Nunca pensei ter a minha família. Nunca imaginei que pudesse amar tanto ter a minha família.

Lá em baixo, no jardim, estão: os meus pais, os meus irmãos, os meus sobrinhos e os meus filhos. Para além da minha sogra postiça.

Não a vejo a ela, a razão para que tudo na minha tenha mudado. A razão pela qual venci tantos obstáculos. Talvez esteja com a Sophia, depois de tudo o que sofreu se há algo que não me arrependo foi ter usado aquele dinheiro para a recuperação dela.

— O que tanto vês daí da janela? Não devias estar lá em baixo a olhar pelos nossos filhos?

— Vim buscar um documento para dar à Bea, e distraí-me com esta visão simplesmente linda.

— Não nego que é a melhor visão da minha vida: a nossa família toda junta.

— Em paz finalmente.- viro-me para Ana, e puxo-a para junto de mim, levo os meus braços à sua cintura, e ficamos ali apenas a olhar cinza no azul.- Eu não sei o que seria de mim se vos tivesse perdido aos três.

— Não quero que penses mais nisso.

— Sabes que é difícil. A Sophia ela, podia...

— A Sofi está bem agora. Nós estamos bem. Tu não nos perdeste, e isso é o que conta. Nós estamos todos aqui: eu e os nossos meninos. Felizes e com saúde.

Eu e a Ana conhecemo-nos numa situação meio que estranha e complicada, mas a nossa ligação foi imediata.

O mais estranho, é que me aproximei dela, através da Sophia. Durante meses escondemos os nossos sentimentos, éramos amigos e confidentes. Gostávamos da companhia um do outro, e o facto da nossa agora adolescente, ou como ela diz pre-jovem, adorar atormentar-nos com encontros inesperados. Mas o amor acabou por falar mais alto e acabámos por nos envolver. 

Porém, eu estava destinado a outra pessoa, e nem sabia. E quando me informaram sobre o casamento que me foi arranjado dentro da organização eu vi tudo ser me tirado.

No início eu recusei-me, mas eles ameaçaram a minha família, e a Ana. Não tive alternativa senão afastar-me dela, mas antes pedi apenas uma última semana com quem eu realmente amava, depois afastar-me-ia.

E assim foi, no entanto eu estava longe de saber que aquela seria a tarefa mais difícil da minha vida. Por muito que eu quisesse, Ana entrara na minha vida para ficar. Ela simplesmente entrou na minha vida para nunca mais sair.

— Christian, olha para mim amor. Acabou. Elas estão mortas, a organização foi desmantelada.

— Eu sei, mas o medo ainda está aqui. Como se a qualquer altura algo pudesse acontecer.

— Vamos esquecer o passado, e concentrar-nos no nosso presente que está ali em baixo. E no nosso futuro...

Ana coloca as minhas mãos na sua barriga. Espera, é mesmo isto que eu estou a pensar? Ela está grávida de novo?

— Eu vou ser pai?— Ana apenas assente com a cabeça.— Quando é que soubeste? Como?

— Agora mesmo.— Ela diz e mostra-me o teste...— Eu já andava meio desconfiada, decidi comprar o teste antes de virmos para cá. Acabei de o fazer com a Sofi.

Nas Mãos do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora