Capítulo 8

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Pov Carrick

Depois de muito insistir com Grace, consegui convence-la a passar uns dias fora da cidade. Decidimos ambos deixar o hospital e a nossa profissão para podermos aproveitar a nossa "velhice"— que Grace não me ouça dizer isto — e os netos.

Não estamos velhos, longe disso, mas convenhamos que não vamos para novos. E queremos aproveitar este tempo para poder mimar a próxima geração da família. Por isso tive a ideia de comprar uma casa perto da praia. Grace ainda não sabe que a casa é nossa, será uma surpresa.

Saímos bem cedo de Seattle, fomos de carro pois não era muito longe. Quando decidi comprar a casa, tive em atenção o tempo de viagem. Se viéssemos com os nossos netos, ou os nossos filhos viessem com eles para um fim-de-semana a viagem não poderia ser muito extensa. Para quem tem filhos pequenos sabe o que é fazer uma viagem de carro demasiado longa. Há sempre choro: porque têm fome, porque o A tira o boneco do B, porque o B bateu no A...enfim é uma verdadeira aventura e dor de cabeça.

— Já me podes dizer onde vamos?— Pergunta Grace.

— Sabias que a paciência é uma virtude?— Pergunto levando logo com um revirar de olhos.— Pareces até os teus netos. E podes tirar esse bico dos lábios, eu não vou dizer para onde estamos a ir.

— Carrick!? Por favor, o que é que te custa dizer...

— Já ouviste falar em "surpresa"?— E olho para a minha esposa que continua emburrada...— Amor, se eu te disser estrago a surpresa, então podes por favor deixar-te ir e esperar?

— Tudo bem, mas eu odeio quando me fazes isto.

— Eu sei, mas garanto que a viagem não é longa. Logo estaremos lá.— Grace continua de cara amarrada...— Amor, tira essa cara. Por favor.

— Eu odeio surpresas.

— Claro, que odeias. Por isso quando ficaste grávida das meninas, não quiseste saber o sexo. Fizeste-me sofrer durante 7 meses...

— Então isto é algum tipo de vingança, Sr. Grey!?

— Não, claro que não. Será que não posso simplesmente surpreender a minha esposa?

— Desculpa. Claro que podes, e eu no fundo adoro as tuas surpresas. Só que fico ansiosa...

— Eu sei. Mas, como eu disse não é longe.— Paro o carro em frente à casa...— Já chegámos.

— Carrick? Que casa é esta? Quem é que mora aqui?

— Bem, eu espero que no futuro não muito longínquo nós possamos morar aqui.

— Como assim? Carrick esta casa é enorme. Para quê morar numa casa deste tamanho?

— Vamos dizer que tenha esperança que os nossos filhos queiram vir morar connosco. Já pensaste ter os meninos sempre perto de nós. Eu quero aproveitar o crescimentos dos nossos netos. Em Seattle, mesmo morando perto mal os vemos.

— O Elliot e a Mia talvez seja fácil de os convencer, contudo, vais ter algum trabalho com os teus outros dois teus filhos.

— Meus filhos!? Achei que também eram teus!

— Vamos fazer assim: eu falo com o Elliot e a Mia, tu falas com o Christian e com a Bea.— Olho para Grace que se diverte ao ver a minha cara de espanto...— O quê? Eles são iguais a ti, para desligar do trabalho só um milagre.

— Anda vamos ver o interior da casa. Temos 9 quartos, mais dois escritórios que podemos transformar em quartos, temos o sótão que dá para fazer mais dois quartos, uma sala de jogos, uma sala de cinema e vou transformar o ginásio que existe numa sala de brincadeiras para os nossos netos.

Nas Mãos do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora