Verde e Prata

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Oii
Eu disse que  não ia parar de postar por causa do trabalho.
Mas confesso a vocês que eu tô meio desanimada.
De novo.
É meio chato ter uma história assim e não ver nenhum comentário.
Por favor, não se esqueçam de comentar e votar. É muito importante para mim e acredito que seja pra vocês também.
É isso.
Capítulo na visão do Alexander.
Beijos e até as notas finais.

Está pra nascer criaturinha mais ardilosa e irritante que Alice Lilian Potter! Depois da detenção da semana passada, ela derrubou "acidentalmente" tinta de pena no meu caderno, cheio de anotações sobre a aula de transfiguração. No dia seguinte ela transfigurou um lápis num hamster e colocou ele pra me morder, e puta merda, que bichinho pra ter a mordida forte!

Ela passou todos esses dias aprontando coisas que ninguém podia falar que não foram acidentes, mas eu conheço aquela cara de sonsa dela. Mesmo que seu rosto estivesse quase arrependido, seus olhos brilhavam em satisfação e nada que eu dissesse iria convencer os outros do contrário, pois, mais de uma vez tudo o que ela fez pareceram ser acidentes.

Olhei no relógio de pulso e já estava na hora da próxima detenção. Hoje era dia de cortar abóboras gigantes para o suco da escola. Tarefa nojenta, suco de abóbora é horrível, apenas o cheiro me dá ânsia de vômito.

Sai do salão comunal quase decepcionado por não poder tirar pontos de ninguém por estar fora de sua casa fora do horário. O doce aroma de maçãs recém colhidas pairava no ar sutilmente, quase como um incensos, isso significava que Alice já estava a caminho de sua detenção.

Deixei que meus pés me guiassem enquanto seguia meu olfato. Será estranho demais perguntar que perfume a mini Potter usa? É inebriante e delicioso, e viciante também, devo dizer.

Desci a pequena encosta até a casa do guarda–caça, Alice já estava bem próxima do pequeno casebre. Merlin, quando foi que ela mudou tanto?

— Boa noite, Alice. Boa noite, Alexander. — Hagrid sorriu por baixo daquela juba.

— Boa noite. — respondi já me sentindo enojado por ter que mexer com abóboras.

— Bom, como expliquei mais cedo, vamos cortar abóboras e levar para as cozinhas. Malfoy, você fica com o machado; Alice vai tirar as sementes e eu vou colocar no carrinho. — Hagrid estendeu aventais bastante limpos para serem dele.

Alice pegou o avental menor e vestiu, na hora de amarrar nas costas, consegui ver sua dificuldade de dar o laço. Hagris havia dado as costas e retornado para dentro do casebre, dando a oportunidade de me aproximar.

— Posso? — perguntei baixo, olhando para qualquer ponto, evitando ao máximo sua bunda.

— Pode. — ela sibilou, sem conseguir esconder sua raiva em sua voz.

Tirei as cordas do avental de suas mãos e demorei o máximo que pude, apenas para continuar sentindo seu cheiro. Quando terminei o laço, Alice deu um passo a frente para se afastar algo dentro de mim rugiu para segurar ela e proteger de qualquer coisa que poderia haver no meio daquelas abóboras nojentas.

Antes que eu pudesse raciocinar algo, meu braço deslizou pela fina cintura da mini Potter e a puxei para perto outra vez, ignorando seus resmungos e xingamentos. Abaixei um pouco a cabeça, tocando seus cabelos com a ponta do nariz, sentindo seu cheiro. Quase gemi em satisfação por isso... É tão bom, o cheiro de

— O que você pensa que está fazendo, Malfoy?! — Alice empurrou minha mão com força. — Me solta, agora!

Meu braço caiu do lado do corpo, deixando–a livre. Alice virou para mim com o rosto vermelho e olhos raivosos. Ela vai me bater e eu não ligo, não agora que seu cheiro está tão perto de mim.

Olhei dentro dos seus olhos, a raiva que se mostrava ali parecia ter diminuído. Suas bochechas ainda estavam vermelhas, eu daria todos os galeões da minha família apenas para ler todos os seus pensamentos agora.

O estalo alto ecoou pela orla da floresta e um segundo depois, minha bochecha começou a arder fortemente. Balancei a cabeça voltando para o eixo, Alice estava com seus olhos arregalados e com uma expressão de pavor em seu rosto.

— Você! Fique bem longe de mim, seu idiota! — ela rosnou e deu as costas, indo até o canteiro das abóboras.

Merda... Eu nunca quis tanto beijar alguém como agora! Alisei minha bochecha que com certeza estava marcada perfeitamente com a palma da mini Potter. Se tem uma coisa que ela é realmente boa além do quadribol, é em me agredir. Já perdi as contas de quantas vezes meu nariz foi concertado pela madame Pomfrey.

Fui atrás dela, Hagrid já estava lá esperando por nós dois. Apanhei o longo machado e comecei a cortar as abóboras, o odor nojento subiu pelo ar e uma súbita vontade de vomitar também.

Eu juro, por tudo o que é mais sagrado, que não vou mais irritar a mini Potter. Se todas as detenções forem essa então...

Depois de cortar umas dez abóboras, Hagrid nos deu autorização para retirar os aventais e voltarmos para o castelo, pois ele terminaria de carregar o carrinho com os pedaços de abóbora.

Alice lavou as mãos e os braços na torneira externa da casa de Hagrid e subiu a encosta rapidamente. Depois de me lavar também, subi atrás dela em silêncio, apenas seguindo seu doce aroma; maçãs verdes recém colhidas, canela e alfazema.

Definitivamente, o melhor cheiro que poderia existir no mundo.

— Alice... — arrisquei chama–la pelo nome.

— Que?!

— Pode parecer estranho... Mas... Que perfume você usa? — arrisquei perguntar, tentando soar o mais calmo possível.

— E isso é da sua conta? — ela se virou, ainda soltando faíscas pelos olhos.

— Por favor! Eu estou curioso. — resmunguei baixo a olhando nos olhos outra vez. Eu poderia mergulhar naquele lago esverdeado.

— Colônia de alfazema. Satisfeito? — e de onde vinha maçã e canela?

— Mas... Não tem nada com maçãs? Ou canela? — ela negou com a cabeça.

— Por que quer saber?! Vai usar colônia de alfazema também?

— Não seja ridícula, Potter! — revirei os olhos e ela cruzou os braços, esperando uma resposta. — Porque... Porque eu gostei do seu cheiro... E parece ter notas de maçã com canela. — respondi olhando para a grama.

— Pois não tem! E não fique me cheirando sem autorização! Isso é estranho e no mínimo ridículo! Até pra você! — Alice deu as costas e seguiu seu caminho rapidamente.

Alice consegue ser escorregadia quando quer... Mas eu vou descobrir de onde vem o seu cheiro e a razão para me deixar tão perturbado assim. Ah se vou!

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