Enfermaria

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Oi😊

Não to demorando nem um pouco né? Tô até me estranhando!
To brincando!
Quem me acompanha há anos sabe que eu desapareço do nada, mas dessa vez não vou sumir pois prometi.
Enfim, amo vocês minha gente que não desistiu de mim nesses 4 anos de Herança Veela sabe? 😭🥺
VOCÊS SÃO PRECIOSOS DE MAIS.
Dia 25/08 vão ser 4 anos que vocês me acompanham nessa loucura... Beijinhos e até as notas finais.
Ah, capítulo na visão do Alexander.

Estava no três vassouras com Andrew, Alvo e infelizmente Amanda que não parava de falar por um minuto sequer sobre uma banda de músicos trouxas que ela estava adorando ouvir escondido dos pais.

A sorte é que eu já estava bastante acostumado com o falatório da garota e conseguia fingir que ela não existia por alguns instantes. Era como um botão de desligar qualquer ruído que ela dissesse. Agora tudo estava mais fácil com o cheiro adocicado de maçãs e refrescante de alfazema tomando conta do bar.

Alice estava na mesa mais distante da minha e ria com sua amiga da Grifinoria, Jéssica. Uma caneca de cerveja amanteigada estava em suas mãos enquanto elas conversavam animadamente sobre qualquer coisa que lhes desse na teia.

O cheiro estava completamente agradável, definitivamente, isso me ajudava e muito a desligar a voz de Amanda por alguns minutos. Não que eu não goste dela, só que ela fala muito e por falar muito, acaba se tornando completamente irritante.

Depois de algumas rodadas de cerveja amanteigada, algo podre surgiu no ar junto com uma vontade de vomitar tudo o que bebi. O cheiro completamente nojento de alimentos podres, observei todos no salão do bar, parecia que ninguém estava sentido o odor fétido presente no ar.

— Alex? — balancei a cabeça tentando focar na conversa. — Você está meio... Cinza? — olhei para Alvo quase vomitando com o cheiro.

— Merlin, ninguém está sentindo esse cheiro? — os três me olharam com um ponto de interrogação na testa.

Cobri meu rosto com as mãos tentando esquecer do cheiro, mas estava impossível. Meu coração acelerou seu ritmo, fazendo um pânico irreal subir para a minha cabeça.

Deslizei a mão pelos cabelos, os bagunçando e ergui meu olhar outra vez. Meus olhos se prenderam num ponto fixo, na mesa do outro lado do bar. Jéssica estava sozinha... Respirei fundo ignorando o odor pungente e organizei meus pensamentos.

Tudo pareceu clarear, o cheiro era de maçã podre, podre, murcha e até mesmo dando bolor e bicho. A canela parecia queimada e a alfazema, parecia simplesmente seca, completamente sem vida e quase sem seu delicioso cheiro presente. Alice estava em perigo.

Quando o raciocínio me atingiu, outra onda de pânico me atingiu. Alice... Onde ela está?

Sai da mesa ignorando as perguntas dos três e segui o cheiro nojento, quase tonto. Todo o controle da minha magia que meu pai e hogwarts me ensinaram, foram para o inferno. Minha magia estava completamente descontrolada com a sensação de pânico e perigo.

Parei na frente do banheiro feminino, o odor vinha dali. Um grito estridente ecoou por trás da porta, meu peito apertou com o pavor desse grito ser da pequena Potter.

Antes que eu tocasse na maçaneta, minha magia agiu por conta própria em seu perfeito descontrole e explodiu a porta. No meio daquela poeirada, Alice estava ali, encosta na parede coberta por sangue, a sua frente tinha um homem muito grande com a mão na boca, olhando para ela com ódio e fome.

Uma fúria cresceu em mim, deixando o pânico de lado. Fúria... Isso sim. Puxei a varinha do bolso de minha calça e com um feitiço não verbal, o homem caiu de joelhos enrolado por pesadas correntes.

Entrei no banheiro e sem pensar em nada, puxei Alice para os meus braços depois de ve–la cuspir uma língua. Os soluços sacudiam o seus ombros, pus minha mão sobre sua cabeça a apertando contra o meu corpo suavemente. Algo gritava dentro de mim para mante–la assim por mais tempo.

— Eu estou aqui, Alice. Já passou. — sussurrei para que apenas ela escutasse

Encostei a ponta do nariz sobre seus cabelos, sim... O cheiro terrível vinha realmente dela e estava começando a se dissipar, dando espaço para um grande nada. Seus soluços diminuíram lentamente, seu corpo parecia estar pesado de mais para suas pernas.

— Alice?

Puxei ela para o meu colo, a segurando no estilo noiva e finalmente olhei para a porta destruida. Alvo estava ali na porta, me olhando assustado e preocupado.

— Chame seu pai... Ele vai querer falar com este aqui. Vou levar sua irmã para a Madame Pomfrey. — avisei um pouco mais calmo.

Sai do pub sendo seguido por algumas pessoas, uma delas, não podia faltar obviamente, era Jéssica.

Segui até a carruagem e subi nela sem problemas, tentando passar segurança e calma para o pequeno corpo em meus braços.

— Quem poderia ter feito isso com ela? — Jéssica perguntou.

— Homens são idiotas e tarados. — resmunguei.

Observei cada movimento de Jéssica, quando ela ergueu a mão para tocar na cabeça de Alice, subi o olhar até seu rosto com um avisp bem grande na minha expressão. Ela devia se afastar e manter suas mãos junto ao corpo, e assim ela fez, se afastando um pouco.

Não demorou muito para que chegassemos em Hogwarts, desci da carroça ainda sendo seguido pela garota Grifinoria. Andei rápido até a enfermaria.

Madame Pomfrey estava sentada anotando coisas em seu pergaminho quando ergueu a cabeça e o ar pareceu lhe faltar nos pulmões.

— Senhor Malfoy, o que está acontecendo aqui?!

— Alice quase foi abusada sexualmente em Hogsmead... Ela desmaiou e não acordou mais.

— Venha, traga ela pra cama! — a bruxa correu até a cama mais próxima já com sua varinha em mãos.

Coloquei Alice deitada da melhor maneira que consegui, algo dentro de mim gritava para voltar lá e usar as tras imperdíveis, e até criar mais uma apenas par destruir o homem que fez isso com ela.

Depois dos exames, Madame Pomfrey afirmou que ela estava bem e que pela condição dela, é normal que ela tivesse desmaiado por causa do horror que quase passou. Quase perguntei que condição, mas me mantive calado e sem sair do lugar. Na verdade eu neguei com todas as palavras que só sairia dali quando Alice acordasse, as palavras simplesmente saíram da minha boca antes que eu percebesse.

Pomfrey trouxe uma cadeira para mim quando viu que eu realmente não ia embora, me sentei e fiquei ali ao lado da garota. A coisa dentro de mim se contorcia em agonia pela falta do cheiro adocicado da garota.

Seu cheiro havia sumido depois dela ter desmaiado, isso fazia com que meu coração batesse ainda mais rápido em preocupação. Por que diabos eu to tão preocupado com isso? Por que diabos eu não consigo fingir que esse cheiro não existe e porque ele me faz tanta falta?

Talvez eu deva escrever uma carta ao papai... Ele é um gênio e pode me ajudar...

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