Capítulo II

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Fui, ao me sentir pronto. Esperei no alto das casas e prédios pontudos. Usei o equipamento de salto e escala para ir de um a outro, olhando as ruelas e becos de Gotham. Estava passando pelo beco do crime, quatro assaltantes e um casal. Havia algo familiar naquilo, desci e surpreendi-os. Derrubei o primeiro na descida, o segundo quando levantei, e os outros dois tentaram me atacar com facadas. Desarmei ambos com meus dardos. Depois os nocauteei. O casal agradeceu ainda com medo e se foram.

Contei a Alfred quando retornei. "Parece que sua primeira campanha foi um sucesso patrão Bruce!". Mas eu ainda não estava satisfeito. Não podia lutar com quatro inimigos à noite e ao mesmo tempo. Devia deixa-los atordoados, confusos, cegos e fracos, com medo. Era isso que faltava, o medo. Qualquer policial da cidade usaria Kevlar, isso não assustaria assassinos.

Pensei bastante nisso. Precisaria ter a vitória no momento que entrasse no combate, não medir forças, vencer. Bandidos gostam de se divertir na briga, gostam de se testar, eu preciso mostrar que eles não têm saída no momento em que eu acerta-los. Já tinha a noite como aliada, ocultaria meus movimentos e minhas investidas.

Pensei muito, até ver na televisão um assaltante de bancos, talvez louco ou muito inteligente. Ainda era foragido. O assunto me interessou bastante, ele invadia os bancos jogando bomba de gases que provocavam reações nervosas de medo e terror. Era disso que eu precisava, era justamente isso que eu queria.

O mesmo bandido que as produzia também vendia no mercado negro. Precisei novamente da minha identidade falsa. Quando as consegui decidi testar. O tipo de sempre, trombadinhas e vândalos. Não os ataquei com força, eram jovens, só fiz com quem corressem e largassem as armas de medo. Eu ainda não sabia o que enxergavam, mas aquilo facilitava muito o meu trabalho. Eu me esgueirava nos telhados rindo, agora eu venci. Repeti aquilo muitas vezes, estava ficando cada vez melhor. "Jab, direto!" Eu fazia como meu primeiro mestre tinha me ensinado, rápido e preciso. Às vezes precisava usar golpes de Savate para desarmar ou Kung fu, mas a maioria caía na primeira. Talvez já estivesse pronto para algo maior, ouvia a frequência da policia, e assaltos e sequestros estavam se tornando moda.

Minha aparência não era das melhores, olheiras e magreza decorrente do stress e de quase nunca dormir. Precisava ficar mais forte para as batalhas e estar apresentável para reuniões da empresa e coisas desse tipo. Fiquei por muito tempo para o mundo assim: "Dono das empresas Wayne está há anos longe de Gotham, viajando a estudos", Obviamente eu estava embaixo do nariz deles (isso a Gazeta de Gotham não sabia).

Bruce e Jack (Em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora