Meses depois
Parece que minha vida deu uma pequena cambalhota, há meses atrás eu estaria em uma festa qualquer rodeado por bebidas e algumas mulheres, e hoje, bom, estou aqui, sentado num banho do aeroporto esperando por meu pai, ele disse que estaria aqui para me buscar, olho meu relógio em meu pulso e vejo que ele está quase 20 minutos atrasado.
Passei quase um ano nos EUS fazendo um curso de designer de joias, aprendi e evoluir bastante nesse tempo, vi para o Brasil apenas umas 3 vezes, e apenas para visitar meu pai durante 7 dias, foi rápido, e não pude matar as saudades que eu sentia dele, então por isso ainda estou me mantendo calmo e o esperando, pois sei que ele está tão ansioso quanto eu para nos encontramos.
Eu diria que esse tempo fora me fez pensar em bastante coisa, me vejo agora como um homem mais maduro, mais responsável. Respiro fundo, pensando no homem de cabelos e olhos castanhos que vi antes de partir, aqui mesmo nesse aeroporto, se passou bastante tempo desde aquele dia, como eu disse, quase um ano, mas nunca fui capaz de esquecer seus olhos, olhos que carregavam uma tristeza que me fazia querer mergulhar neles. Pra falar a verdade, me encontro preocupado com o que pode ter acontecido com esse homem.
Passo a mão pelos meus cabelos, os sentindo macios, esfrego meus olhos, estou cansado da viagem, só quero minha cama e uma boa xícara de chá bem quente antes de dormi.
Olho ao redor, nada de papai aparecer. Pego minha mochila ao lado de minha mala e procuro por meu caderno dentro da mesma, o achando enfio minha mão por entre as mais diversas coisas que tem dentro de minha mochila, achando meu lápis, abro o caderno numa folha qualquer e começo a fazer uns rabiscos, além de desenhar joias, descobrir que sou bom em desenhar pessoas, deixo que minhas mãos me guie, vendo lindos olhos castanhos surgi na folha em branco, mas me assusto tendo uma mão tocando meu ombro, levanto a cabeça e o encontro ali, meu pai, ele me olha com um sorriso cheio de saudades, seus olhos desviam para o papel apoiado em minhas pernas suas sobrancelhas franzem e seu sorriso se expande orgulhoso, é realmente bom saber que agora eu sou motivo de orgulho para ele.
- Papai, achei que tinha me esquecido aqui. - Fecho o caderno e o deixo sobre a cadeira ao meu lado, me levanto e me jogo em seus braços quando ele abre o mesmo para me receber ali dentro. Me sinto feliz, realmente me sinto bem em estar de volta para casa definitivamente.
- Que felicidade ter você de volta, quase me arrependi por tê-lo obrigado a ir, bi que não consigo ficar muito longe do meu menino. - Ele alerta minhas bochechas, e eu sorrio, sentindo meu peito cheio de amor e orgulho por poder chamar esse homem de pai, que sorte eu tenho de ter ele na minha vida.
- Eu te amo papai, e querendo ou, isso fez com que eu enxergasse a vida diferente, antes eu não tinha propósito, fazia o que bem queria sem me importar com as consequências, e hoje eu vejo que não era errado viver assim, mas também não era o certo para mim, nem muito menos para o senhor, você sempre foi um pai maravilhoso, cuidou de mim, e me amou quando minha mãe me abandonou, então eu devo tudo a você pai. - Seus olhos estão marejados, ele me puxa para seus braços novamente e deixa um beijo em meus cabelos, e começa a falar baixinho com seu queixo apoiado em minha cabeça.
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Eu, Otávio - Livro 3 - Trilogia Irmãos Santore - COMPLETO NA DREAME
RomanceCOMPLETO NO APP DREAME (Essa estória contém conteúdo adulto, não recomendado para menores de 18 anos) Terceiro livro da trilogia Santore. CONTÉM MPREG (GRAVIDEZ MASCULINA) ----------- ⚠️LIVRO SEM REVISÃO, SUJEITO A ERROS ⚠️ ----------- Venha conhece...