Capítulo 3 DEGUSTAÇÃO

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Me recosto na minha cadeira, mordo meus lábios com força, me sinto exausto depois de uma longa manhã de trabalho

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Me recosto na minha cadeira, mordo meus lábios com força, me sinto exausto depois de uma longa manhã de trabalho. Ainda mais por passar quase 3 horas em uma reunião discutindo contratos de parcerias e possíveis novos sócios. Foi exaustivo, já são meio dia e meia e ainda estou avaliando o currículo para novos designers de joias, pois no momento só tem 4, contando comigo, e a Joalheria Santore está crescendo, preciso expandir nossos modelos de joias, para assim, quem sabe daqui a alguns anos eu não consiga abrir outras filiais não só aqui pelo Brasil, mas internacionalmente também.

Mas exaustivo mesmo foi driblar minha mãe, mas o que um bom terno não ajuda a esconder não é mesmo? Apesar de ela insistir em saber o porquê dos meus olhos vermelhos, consegui desviar do assunto falando que era apenas uma irritação nos olhos por causa do shampoo, mas foi tocar no assunto João e sobre seus netos que ela logo mudou o rumo da conversa e deixou outros mais perigosos de lado, não vou envolver minha mãe nisso, não depois de ver sua recente felicidade.

Voltando ao o agora tenho que me dedicar a isso, não é só o meu trabalho, uma obrigação, mas é algo fora meu piano que me mantém são. Então tenho que me dar 100% a minha rede de Joalheria, e fazê-la crescer ainda mais.

Estou concentrado em meio à alguns papéis quando escuto o telefone fixo em minha mesa tocar.

- Márcia? - Pergunto a assim que tenho o mesmo no ouvido, pego meu celular em cima da mesa e vejo que tem alguns e-mails para responder de negócios.

- Senhor, Marcelo Oliveira pede para falar com você, diz que o senhor o conhece. - Arregalo um pouco meus olhos, surpreso pela repentina visita.

- Claro, peça para que entre. - Mordo meus lábios com força, não deixando a raiva me dominar.

- Sim Otávio. - Coloco o telefone de volta no gancho e olho para meu computador, abrindo meu e-mail respondo logo alguns, o que me leva uns 4 minutos, que é quando minha porta se abre e por ela passa Marcelo Oliveira, meu amigo desde a escola, éramos um trio, mas infelizmente, nossa amiga não está mais entre nós. Marcelo continua o mesmo, só sua aparência que parece mais velho e maduro. Seus cabelos pretos cacheados estão agora curtos, apenas uns pequenos cachinhos revoltos no topo da cabeça, sua pele negra, lábios grossos e um sorriso fácil, seus olhos azuis brilhosos e com o mesmo carinho que sempre vi direcionado a mim e a Val.

- Olha se não é meu amigo desaparecido. - Ele sorri para mim, vindo em minha direção, me levanto e sigo até seu encontro, paro em sua frente, nossos olhos colados um no outro. Então o pegando de surpresa levo minha mão até a sua orelha, fazendo ele se abaixar até quase ficar na minha altura, ele é uns bons centímetros mais alto do que eu. Ele reclama de dor, mas não o solto.

- Seu puto idiota, como ousa chegar na minha sala desse jeito? Eu desapareci? Vagabundo, você se casou, SE CASOU, e nem uma maldita ligação fez pra mim, não me disse nada. - Falo descontando toda minha frustação em cima dele, fiquei sabendo do seu casamento pelas lindas fotos no Instagram, e ele só me falou porque eu liguei para ele e o maldito disse que estava em lua de mel e não podia falar. - Você me paga por isso.

Eu, Otávio - Livro 3 - Trilogia Irmãos Santore - COMPLETO NA DREAMEOnde histórias criam vida. Descubra agora