"Eu odeio oque ele fez ,mas nunca oque ele foi ."
Se perguntassem como consegui aguentar duas semanas com as íris castanhas vivas presas em todos os meus movimentos ,implorando por atenção .
Sinceramente eu não saberia responder.
É um mistério que né cientistas diplomados seriam capazes de responder .
Sempre que chagava a casa e batia com cabeça no travesseiro.Eu simplesmente não conseguia acreditar que Edgar consigo sobriver a mais um dia naquele trabalho. Não era fácil manter me calma ou disfarçar fúria a cada vez que ele aparecia do nada no meu caminho ou mesmo no meu campo de visão,isso, tornava as coisas tensas para todos nós que trabalhamos naquele estabelecimento.
E para ser sincera, Edgar parecia não quer colaborar pela paz no local , por que se fosse assim ele evitaria olhar para mim de dez em dez segundos.
E agora não era diferente dos outros dias , ele fingia varrer enquanto eu atendia uma senhora que os cabelos brancos e a indecisão poderiam facilmente entregar sua idade. Ela lia e relia o cardápio não tão extenso , falando que já sabia o que queria.
Eu batia com pé no chão impaciente com a demora do pedido. Este não era meu estado normal quando se tratava de uma adorável odiosa confusa com o simple cardápio. Normalmente eu até puxaria papo perguntando do seus netos ,que brincavam na areia da praia não tão longe de nós e comentaria que tinha criaturinhas lindas malandras também. Mas fica complicado quando estou ser observada atentamente por alguém que não esforçasse em tentar disfarçar.
—Honna. — Megan chega até mim com um sorriso amigável a senhora sentada na mesa e virasse para nós— Porque você não vai descarregar o carro com mercadorias acabadas de chegar lá na cozinha? Eu trado disso.— Não protesto , assim que Megan leva das minha mão o bloco de notas eu vou directo para parte de trás do restaurante.
Chego na parte de trás e permito me respirar. Oque parecia não fazer a horas.
O caminhão estava parado de frente à porta das traseiras do restaurante, Kai tinha um caderno em mãos contabilizado os produtos recém chegados , assim que ele me vê indica me o monte de caixotes que estão no canto ao lado da porta para serem levados para dentro . Pego logo duas de um só vez e levo-as para o armazém. Repito o processo umas duas vezes.
Na quarta, quando chego no armazém e deixo os dóis caixotes no chão , oiço Kai chamar.
Preocupo me se seria pela minha prestação —na situação da velhinha mais cedo, e dessas semanas que se passaram—que não foi das melhores
Bem pelo menos tenho uma boa justificação. Kai acompanhou de perto oque aconteceu entre mim e Edgar e não tem como ele não me dar razão.
—Honna , preciso de um favor seu .—ele diz. Ainda sem saber se ficaria de facto tranquila com isso. Seria esse favor a minha demissão?
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Ondas não levam
RomanceNa noite em que Edgar foi , Honna decidiu esquecer a ele , ela caminhou para o começo do mar onde as ondas podiam engolir seu pés descalços, carregada não só das coisas as quais o pertenciam mas também do desgosto e magoa.Honna deitou para o mar t...