Na cidade de Zaragoza, na Espanha, existem duas famílias rivais, os Aguilar e os Salazar. A rivalidade entre as famílias é secular e nada que qualquer um tenha feito, conseguiu colocar uma trégua nessa guerra.
Quando Francisco Salazar é assassinado...
Yanko não esboçava qualquer reação. Estava impassível, não se permitia chorar, era um Salazar e, como tal, sabia como ser forte. Não tinha mais a inocência de um garoto, a vida não havia lhe sorrido com um final feliz. Seu único pensamento, olhando para o caixão de Alfonso, era o de vingança.
- Você precisa chorar. – Nadya falou séria para ele.
- Eu não tenho tempo para isso! Preciso achar aquela mulher e acabar com ela.
- Não faça isso com você, Yanko.
- Ela matou meu pai e tirou Alfonso de mim... Você também deveria odiá-la, ela corrompeu seu pai, por isso ele está na prisão, ele colocou aquela maldita bomba... – Ele respondeu ríspido.
- Tudo bem, pode descontar sua dor em mim. Nós somos amigos a vida inteira, eu estou aqui com você... eu te amo Yanko.
- Não diga isso! – Ele quase gritou. – Eu sou um Salazar, não se ama um Salazar sem que se morra por isso...
- Nada o teria impedido de te proteger.
- Se ele não me amasse, ele estaria vivo...
- Yanko, a culpa não é sua.
- Nisso você está certa. A culpa é daquela mulher ordinária... Eu vou encontra-la e, mesmo que seja a última coisa que eu faça, ela vai pagar por tudo que fez.
- A polícia está atrás dela, eles logo a prenderão.
- Eu sou um Salazar, não preciso seguir as regras da polícia...
- Olhe para você. Alfonso não gostaria de te ver assim... Ele seguia as regras.
- E veja onde ele está agora. Nesse maldito caixão... eu nem pude me despedir, não me deixaram vê-lo... eu não sou da família...
- Você não precisa lembrar dele assim...
- Mas eu me lembro de todo o sangue... dos paramédicos o levando... de seu último olhar pra mim... das últimas palavras... Stefan também merecia se despedir dele, por que não abrem esse maldito caixão?
- Ele morreu em outro país, esses são os procedimentos. Já se passaram vários dias... Você sabe disso, Yanko.
- Eu sei... eu só queria vê-lo uma última vez...
- Eu também, Yanko. – Stefan falou se aproximando dos dois.
- Stefan... me perdoe... a culpa é minha...
- Não Yanko! Não diga isso. Nesse pouco tempo, você fez meu pai feliz... obrigado por isso...
- Mas eu causei a morte dele... – Yanko finalmente chorou.
- A culpa, infelizmente, é da minha mãe, nós todos sabemos disso.
- Eu sei que ela é sua mãe, Stefan, mas... eu vou fazê-la pagar, por tudo.
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