Pasión en Zaragoza - Romance LGBT

Capítulo 4

Esmeralda tinha o hábito de não falar de um problema, assim, achava ela, que o problema desapareceria. Por isso, não confrontou Yanko sobre a dança. Mentiu para si mesma, usando a ingenuidade do filho e sua paixão pelo flamenco, como desculpa por ele ter caído nos truques sórdidos de Alfonso, que para ela, apenas queria humilhar o rapaz. Aceitou, aliviada, a decisão do jovem, de ir para Córdoba por um tempo, mas não pode evitar sua conversa com o amigo.

- Quanto tempo ele ficará lá? – Íon perguntou para ela.

- Um mês ou dois, até que não falem mais daquilo...

- O que ele falou sobre isso?

- Eu não perguntei... ele estava bem envergonhado por ter caído na armadilha daquele homem...

- Esmeralda, sei que você não quer ouvir isso, mas não foi uma armadilha...

- Não diga isso e não continue!

- Ele está confuso e precisa do seu apoio...

- Eu apoio meu filho! Eu deixei que ele praticasse essa atrocidade do flamenco, incentivo que ele e sua filha fiquem juntos...

- Nós sabemos que isso não vai acontecer...

- Por que não! – Ela quase gritou.

- Pelo amor de deus, Esmeralda... primeiro, minha filha e ele são apenas bons amigos e ela está apaixonada e namorando outro rapaz.

- Pois a proíba de namorar esse rapaz. Duvido que ele seja tão importante quanto meu filho.

- Sim ele é, é filho de Alfonso.

- O que? Então é isso? Você também está se bandeando para o lado deles?

- É claro que não! Eu apenas estou cuidando da felicidade de minha filha e você deveria fazer o mesmo com Yanko.

- Ele será feliz com a Nadya!

- Não, não será. Aceite que ele não gosta de garotas, pelo amor de deus Esmeralda.

- Não diga uma sandice dessas!

- Todos nós vimos como ele e Alfonso estavam...

- Aquele homem o confundiu, ele é ingênuo... é sugestionável... foi armação daquele monstro!

- Neste momento, Esmeralda, Yanko precisa do seu apoio. Ele está assustado, confuso por descobrir quem realmente ele é. Não vire as costas para seu único filho.

- Eu não posso aceitar isso... eu não sei como.... eu não posso permitir que ele seja usado por aquele homem....

- Tudo bem, eu admito que, ele e Alfonso juntos seria estranho, e não acho que vá acontecer nada, mas Esmeralda, cedo ou tarde ele vai encontrar alguém e você precisa aceitar quem seu filho é.

- Ele vai sofrer... o mundo é preconceituoso...

- Eu sei, por isso ele precisa da mãe dele. Eu só posso dar conselhos, pois eu mesmo não sei como agiria se ele fosse meu filho, mas sei que eu não o abandonaria.

...

- Que bela confusão você arrumou, meu amigo. – Frederico falou, provocando o amigo.

- Eu só dancei com o rapaz, só isso.

- Pelo amor de deus, Alfonso! Eu estava lá, eu vi o que aconteceu. Você notou o rapaz muito antes, na apresentação do festival.

- Sim notei. Não nego.

- Por favor Alfonso, ter uma noitada com um maricón é uma coisa, quase transar com ele, na frente de todo mundo, é outra.

- Não o chame assim! Nós não.... Aquilo foi apenas uma dança, como eu nunca tive com ninguém...