Optaram em dar a ela um voto de confiança, a permitindo entrar em sua casa. Ela era aparentemente uma dócil garota de 19 anos que mal faria? Sempre atensiosa com a pequena Judy...
Mas todos tem um passado.
E eles ia descobrir da pior(ou melhor) mane...
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Adentrou a sua residência. Ligou a luz e jogou-se no sofá para acender um cigarro.
Suspirou aliviada por hoje. Fora um grande passo para ela.
Depois de terminar o cigarro, pegou o seu celular e ligou por chamada de vídeo para sua melhor amiga, Sarah.
— Até que enfim você resolveu me ligar, criatura! - A loira que estava com o rosto coberto por uma máscara verde exclamou do outro lado da tela.
Agnes revirou os olhos e depois sorrira para a mesma. Posicionou o celular no canto da estante para poder trocar de roupas.
— O emprego é meu! - Disse dando um urro de comemoração. Sarah arqueou a sobrancelha. — Que foi? Não vai me dar os Parabéns?
— Ah, bem parabéns né. - Deu um sorriso amarelo. — Eu só não entendo o porque criar tanto caso para algo tão simples! - Deu de ombros.
— Simples? - A morena franzio o cenho.
— É, Agnes. Amiga, você complica tanto... Deverias ser mais direta, sabe? Se declarar para a sua presa, contar tudo o que sente e fim... - Cantarolou.
— E estragar tudo? Nem pensar... Preciso ganhar confiança. Faz dois anos que estava esperando uma oportunidade e quando finalmente consegui, não posso desperdiçá-la. Paciência, minha cara amiga. - Piscou convecida de que ia conseguir o que tanto almejava.
— E o gostosão do Warren? Aposto que ficou babando por você! - Sorria maliciosamente. — Aquele cara foi meu professor no segundo ano. Praticamente todas as meninas davam em cima dele, só que ele nunca demonstrou nenhum interesse em ninguém... Nem ao menos um olhar. - Bufou.
— Ah, ele não sabe o que o espera. - Seu olhar adquiriu novamente a tonalidade escura.
— As vezes você me assusta, tenho quase certeza que você é uma psicopata obsessiva. - Afirmou a loira.
Agnes deu de ombros sem se importar com a opinião da amiga. Tirou a blusa e ficou apenas de calcinha e sutiã.
— Olha pra mim? Será que sou tão indesejável assim? Eu sou gostosa! - Exclamou enquanto sensualizava pela chamada de vídeo. —Até quando não vou ser notada. - Suspirou cansada.
— Você é vista como criança, amiga. - Riu. - Não vai passar disso na cabeça de sua doce utopia. Quem sabe se começa a usar umas roupas mais ousadas... Vai ganhar um olhar, mas na certa que é de pura reprovação. - Gargalhou.
— Ok, Sarah... Vou desligar. Vai logo se arrumar para o seu macho escroto,se não ele vai ficar putinho. Beijos, gata. - Tratou logo de desligar a câmera e se jogar na cama entediada.
Em sua cabeça se passava um milhão de coisas. Estava feliz, porém, apreensiva. Tinha que ter cuidado, ser cautelosa se queria conquista seu objetivo. Se queria conquista a pessoa que mais queria na vida.
Lorraine Warren...
Se via perdidamente apaixonada por sua psicóloga, por uma mulher praticamente inalcançável.
Mas Agnes nunca fora de acreditar em coisas impossíveis ou inalcançáveis. Ela fazia o que queria, e sempre tentava até obter o que tanto almejava.
Mas percebera que o assunto era um pouco mais delicado. Afinal, Lorraine amava o marido. O que fazia a morena simplesmente tremer de raiva quando lembrava de tal fato.
Desencadeara um ódio, uma raiva obsurda por aquele homem. Mas em sua mente havia inúmeros esquemas as quais precisava dele como uma espécie de ponte para a sua amada.
Ele a ajudaria a destruí-lo sem ao menos se tocar de tal ato.
Sua obsessão por Lorraine Warren começara desde a primeira vez que a viu saindo de seu carro...
FLASHBACK ON:
Agnes fora a farmácia comprar novamente seu medicamente para ansiedade.
— Espera, Ags! Esqueci de comprar as camisinhas. - Disse Sarah, fazendo a morena revirar os olhos.
— Tá bom, garota. Não demora. Vou te esperar aqui fora - Encostou-se em uma coluna branca, já na frente da farmácia.
Aumentou a música que ouvia no fone de ouvido e cruzou os braços.
Lorraine dirigia impaciente. Tivera que sair no meio de uma palestra sobre depressão...pois recebera uma ligação da babá que estava desesperada pois Judy havia passado mal. Ela tinha gastado o dinheiro de emergência com pizza doce, o que ocasionou em um estrago no estômago de Judy.
Ed estava viajando a negócios.
Agnes já estara completamente irritada com a demora da amiga.
Quando ela avistou aquela mulher incrivelmente sexy saindo de seu corolla. O que a fizera imediatamente ficar encantada pela mesma.
Lorraine usava um vestido preto longo com o v bem generoso. Seu olhar e expressões transmitiam preocupação e ao mesmo tempo serenidade.
Era possível se apaixonar por alguém a primeira vista? Para Agnes era sim, pois foi o que acontecera.
Seguiu aquela mulher com o olhar, e assim que ela entrou na farmácia...a garota a seguiu discretamente.
Sarah estava passando o que havia comprado no caixa, quando viu a morena.
— Agnes tô aqui!! - Berrou apreensiva fazendo a amiga se aproximar bruscamente.
— Para de gritar, que droga! - Rosnou ela. — Estou observando o grande amor da minha vida. - Apontou pra Lorraine que estava do outro lado conversando com o farmacêutico.
Sarah deu de ombros.
— Ok vamos embora agora. - A loira ajeitou as coisas na sacola.
-—Não. Vamos esperar até ela ir embora... Espera. Eu tenho uma ideia! - Sorriu animadamente. Pegou o seu celular e imediatamente ligou para um amigo que era taxista.
— Jon? Meu amigo, preciso que você me faça um enorme favor... Preciso de uma corrida para agora! Estou na farmácia do velho owen, venha o mais rápido que puder! Eu pago o dobro da corrida! - Disse enquanto observava a morena, estava com medo de ela ir embora agora.
Por sorte seu taxi chegou antes que Lorraine terminasse o bate papo fervoroso que estava tendo sobre remédio que serviam para dopar pacientes.
Agnes aproximo-se do típico carro amarelo, e entrou juntamente com Sarah.
— Iai...Qual o destino, minha musa? - Perguntou Jon piscando para a morena.
Lorraine saiu da farmácia com inúmeros remédios para estômago e mau estar, e entrou apressadamente em seu carro.
— Siga aquele corolla, Jon. Ele não pode sair de nossas vistas! - Exclamou com firmesa.
— Você é quem manda!
(...)
Lorraine desligou o carro e tentou manter a calma para não estrangular a babá assim que entrasse em casa. Desceu e abriu a porta, sendo observada atentamente por um par de olhos cor de mel.
—Ela deve morar ai! - Disse mais para sí mesma.
— Você não é normal... O que pretende fazer agora? Bater na casa da mulher e dizer que ela vai ser casar com você? - Perguntou Sarah, já stressada com a atitude da morena.
— Não... Eu preciso descobrir sobre a vida dela, eu preciso saber que é essa mulher! - Sussurrou roendo as unhas.
