Insegurança.

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Legolas assinou mais um par de cartas antes de tentar ler o que os nobres exigiam dessa vez, o trabalho apesar de não acumulado era cansativo demais, havia se passado dois meses desde de sua coroação e os nobres começaram a fazer exigências absurdas, e ele não sabia o que dizer, e deixava Taelin escrever seus discursos o que era vergonhoso, mas o conselheiro disse que Oropher tinha problemas com discurso tanto quanto ele, então ele deveria se acalmar. Mas Legolas não queria isso, ele queria ser como seu pai, fazer seu próprio discurso e entender um pouco mais sobre como o reino funcionava, ele estudou muito, mas na pratica tudo era pior do que nos livros, os rosnados na sala de reuniões, as reclamações dos agricultores e feirantes, o problema com a estrada que levava a Erebor, o problema com a dívida de Dale, a partida dos elfos, a colônia em Ithilien, Legolas já havia decretado que em menos de cinquenta anos ficaria insano sentado naquela sala com todos esses problemas.

Foi então que sua porta foi aberta, os guardas diante delas sempre anunciavam quem estava entrando, menos quando eram suas irmãs porque eles gostavam de brincar que não conseguia vê-las nem ouvi-las por serem pequenas e silenciosas, ele não achava nenhuma surpresa eles entrarem na brincadeira com as princesas, porque eles costumavam a brincar com Legolas quando ele era menor.

- Hanno (irmão) – sussurrou Eryn, e ele sabia que havia algo estranho já que ela nunca sussurrava, Eryn era mais do tipo dos gritos e risos animados, e era Enys que era fã dos múrmuros e sussurros.

E havia outro problema ali, Callie não estava com elas, o que era extremamente raro.

- Olá meninas – ele disse deixando de lado seu pergaminho – acontecendo alguma coisa?

Os pequenos olhos castanhos de Enys se voltaram para o quadro de Cellin, que Legolas voltou a pendurar na sala de estudos depois que foi coroado. Ele pegou a as duas no colo, fazendo-as sentar cada uma sobre um joelho.

- Ela é sua mãe – Eryn sussurrou e apontou para o quadro – adad estava falando sobre isso com o tio Taelin.

- Sim – ele respondeu e sentiu uma delas segurar com força sua túnica – minha mãe foi embora a muito tempo, então estamos aqui, e vocês são minhas irmãs.

Elas ficaram em silêncio estudando-o, talvez não tivessem compreendido o que ele tinha dito, estava confuso até para ele, mas tudo era confuso em torno disso.

- Eu pensei que você fosse filho da mamãe – Enys sussurrou levando um punho aos lábios para poder morder. Ele não pode evitar de rir e imaginar que nenhum de seus pais haviam explicado nada para elas.

- Eu acho que vocês deveriam falar com Naila.

- Mas você é nosso irmão. – Eryn murmurou por sua vez levando seu punho a boca.

- Sim, papai e Naila vão explicar para vocês direitinho, está bem?

- Hmm...eu não faço isso.

- Enys – ele reprendeu – eu vou falar com eles, então eles vão conversar com vocês, é confuso eu sei, mas é a verdade.

- Você é só metade nosso irmão?

- Sim. Porque sou filho de Cellin e papai. – ele explicou e apontou para o quadro, então voltou a envolve-las em seu abraço.

- Devemos te amar pela metade? – Enys questionou parecendo ainda mais confusa.

- Nunca. Eu sou seu irmão, e amo vocês duas por inteiro, independentemente de sua mãe não ser a mesma que a minha, sempre vou amar vocês.

- Melinyes Hanno. – elas sussurraram e permaneceram em seu colo.

Legolas conseguiu ler algumas coisas mesmo com elas agarrada a ele, então Dirwen a babá entrou na sala, tinha cabelos castanhos e olhos castanhos escuros, era uma elleth bonita e não pertencia a nobreza.

Aiwë Luin (Pássaro Azul)Onde histórias criam vida. Descubra agora