O Lobo que nasceu Homem

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Antes de começar, deixo aqui avisado que esse capítulo pode conter algum gatilho para pessoas muito sensíveis, mas também pra quem gosta de muito sangue e matança não espere tanto por isso.
O Lobo é um psicopata e já deixo avisado aqui que ele não gosta de ninguém, e por mais que esse capítulo tenha sido um pouco difícil eu achei bom deixar ele aqui.
Sem mais delongas, vamos ao capítulo.

A parte mais difícil era saber encontrar a pessoa certa

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A parte mais difícil era saber encontrar a pessoa certa.

Eu gostava particularmente de gente com esperança. Aquele tipo de pessoa que por um bom tempo acreditasse que tinha uma chance de fugir de mim, que ia passar por aquele susto com vida. Mas além de ter esperança, a pessoa não podia ter tantas habilidades assim, já que eu não queria que ela realmente fugisse, eu só queria um pouco mais de diversão.

Minhas primeiras medalhas já estavam um pouco velhas, eu tinha uma parede quase cheia delas. Representavam as pessoas que já tinham conhecido a morte por minhas mãos, eu sempre fazia um disco de madeira com algum desenho representando elas. Acho que sempre fui muito teatral.

As três primeiras tinham o desenho da cabeça de um lobo e duas espingardas em forma de "x" em baixo. Eles eram caçadores, e quando os encontrei, tinham acabado de matar uma loba e quase todos os seus filhotes. Eu observei o trabalho deles por um tempo, pensando que aquilo tinha certa beleza. Eu queria tentar também, estava sedento por conhecer a sensação, e quando me virei para buscar uma arma e iniciar a busca por meu primeiro animal, algo se passou por minha cabeça. Parecia muito interessante.

Eu me machuquei um pouco dessa vez. Não estava muito preparado, eram 3 contra 1 e eles ainda eram experientes na caça, mas de alguma forma eu consegui apagar eles e os amarrei a árvore. Não sabia exatamente o que fazer, mas foi com eles que aprendi muitas coisas.

Quando o último homem já tinha dado seu suspiro derradeiro, resolvi voltar pra casa e estudar mais sobre as coisas que eu queria fazer. Eu precisava estar preparado para a próxima vez, queria que tudo saísse da minha maneira.

Foi só depois de andar por alguns minutos que percebi o pequeno animal seguindo meus pés. Ainda tentei o espantar por algumas vezes, mas ele continuava voltando. O pequeno lobinho tinha acabado de perder a mãe, e logo depois me viu castigando os assassinos dela, talvez ele pensasse que eu fiz isso por ele, ou sei lá, não sei como a cabeça dos animais funciona. Eu queria me livrar dele, até cheguei a encostar no revólver para fazer isso, mas rapidamente uma ideia passou por minha cabeça, então apenas voltei a andar e deixei que o filhote me seguisse. Quando fiz minhas primeiras medalhas, ele estava deitado ao lado de meus pés, na frente de uma fogueira.

Daí por diante eu só fui ficando mais experiente. Tive meus problemas também, algumas pessoas até conseguiram escapar, mas eu sempre dava o meu jeito de lidar com a polícia.

O filhote foi crescendo, eu o alimentava e em troca ele aprendeu a caçar comigo, e tê-lo ao meu lado fez com que as pessoas passassem a me chamar de Lobo. Eu gostava, e então ficava ainda mais satisfeito por manter o filhote ao meu lado, combinava com a estética. Já falei que sou muito teatral?

🐺O conto do Lobo Encapuzado🐺 (uma releitura de Chapeuzinho Vermelho)Onde histórias criam vida. Descubra agora