uma noite de pensamentos

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Sem conseguir dormir, Chishiya resolveu sair pelas ruas de Tóquio, sem ligar para o que ou quem estava pronto para matar

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Sem conseguir dormir, Chishiya resolveu sair pelas ruas de Tóquio, sem ligar para o que ou quem estava pronto para matar.

Ele coloca seu capuz branco sob sua cabeça e a arma de choque no bolso do casaco, logo saindo devagar do local.

Na rua, o céu estava estrelado, a lua iluminava toda a cidade e apreciar aquilo seria lindo, mesmo que preso naquele jogo, e o loirinho realmente não estava nem aí para o que acontecia fora de sua mente, ele apenas pensava, repassava a cena em sua mente, o beijo, foi realmente por nada? Ele teve um incentivo, impossível não ter, mas se tratando de Niragi, ele realmente não tinha certeza, e isso o enloquecia.

Ele se escorou em uma parede de concreto branco e olhou para todos os lados, embora com sua mente ainda vagante.

-esse desgraçado, deveria ter matado quando tive a chance.- ele se irritava com cada pensamento e com não conseguir os controlar, e então, passos foram captados pelos ouvidos de Chishiya, alguém estava perto, bem perto.

O loiro parou para se concentrar nos passos e tentar revidar caso fosse atacado.

-olha só o que temos aqui.- alguém fala se aproximando.

-o que querem?- pergunta com sua expressão tediosa de sempre.

-calma, não vamos machucar ninguém, a menos que queira.- outro dos desconhecidos sorriu.

Barulho alto, luz forte. Chishiya se abaixa para não ser acertado pelos tiros em sua direção e quando eles se cessão ele vira a cabeça lentamente e vê Niragi sorrindo vitorioso.

-IHUUU!- grita o moreno.

-o que está fazendo aqui?

-estou mantendo o acordo e te salvando.- o maior passa a língua entre os lábios e o outro revira os olhos.

-vamos!

-para onde?- pergunta seguindo o loiro.

-voltar para o hotel.- fala sem virar o rosto.

-ok!- o moreno corre e para encomodar mais o loirinho ele passa seu braço pelo ombro do menor.

-sai!- empurra o outro para longe.

-ok, ok.- ele faz sinal de rendição e segue quieto.

Seguindo abaixo da luz da lua, os dois, calados, não se encaravam por nenhum segundo sequer e apenas quando chegaram no hotel que Chishiya se virou para o maior e o puxou para um canto, que o silêncio se cessou.

-que jogo é esse que você me meteu?- o menor perguntou, se escorando na perede e tendo toda a atenção do outro para si.

-o quer dizer com isso?

-se não fosse por essa idiotisse de acordo você não teria....

-te beijado? É nisso que tanto pensa?- ele solta uma risada nasal e passa novamente a língua por entre os lábios.

-não.- nega rapidamente, mentindo descaradamente.

-então o que? Uhm?- deixa a arma tombar ao lado de sua perna e chega mais perto do loiro.

-cala a boca Niragi! Sempre com essa merda de se achar o esperto e o malvado.

-ah, mas eu sou mesmo.- imita o menor e logo o outro lhe encara sem expressão alguma.

-porque?

-o que?

-Porque me beijou?

-por que eu queria que ficasse quieto, não havia outra maneira.- ele sorri e sai do local com a arma novamente sendo colocada sob seu ombro.

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{Arisu on}

Eu estava no quarto, não conseguiria sair daqui nem se quisesse, estou quebrado, parece que uma parte de mim foi embora. As cenas de Chota caindo aos meus pés e seu último pedido ainda me atormentavam, eu resolvi apenas esperar até que algum laizer passe pela minha cabeça e me junte ao meu melhor amigo, mas também penso em Karube, como ele reagiria, o quão mal ele ficaria.

Eu soube da briga, e também me perguntei por segundos o porque de Chishiya ter ajudado Niragi, ele nunca se meteria em assuntos que não o envolvesse, então....porque atacar Karube? Não faz sentido.

A porta do quarto se abre e mostra a imagem de Usagi trazendo comida para mim, eu me sento na cama, com o rosto inchado, sem forças para conseguir fazer ou falar qualquer coisa.

-até quando pretende ficar lamentando?- ela me pergunta, colocando a bandeja no criado-mudo e sentando-se ao meu lado.- ele te fez um pedido, não vai realiza-lo?

-e...eu não consigo Usagi.- gaguejei e deixei escapar um soluço.

-consegue, lembra? Seus amigos quase morreram no jogo do lobo, e antes disso você se culpava pela morte daquela mulher no jogo do símbolo e pode superar isso, porque dessa vez seria diferente?- ela segurava minhas mãos, eu escutava ela dizer baixo, embora fosse alto seu tom.

-dessa vez foi o Chota....- eu chorei mais, e mais, não estava aguentando essa dor.

-e dessa vez será mais dificil? O que vai fazer, umh? Ficar deitado aqui? O Chota gostaria disso?- ela solta as minhas mãos e para de frente para mim.

-e você sabe como isso é difícil?- me altero, parando de pé a sua frente.

-claro que sei.- seu tom de voz soou baixo, e eu pude perceber que ela também estava muito machucada com toda a situação, ela nunca me contou sobre sua vida lá fora, apenas de algumas viagens que fez com o pai, mas nada além.

-desculpa, eu não sabia.

-tudo bem. Coma, tem que se alimentar se quiser se manter vivo para trazer orgulho ao seu amigo.- ela sorri e vai embora.

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{Karube on}


Eu estava do lado de fora do hotel, não conseguia entrar pelo fato de Niragi estar no sofá, que fica bem perto da porta de entrada. Aquele merda me tira do sério, e como o deixam viver aqui? Isso só pode ser uma piada!

Eu estava estressado, triste e quebrado por dentro, Chota era tudo para mim, do mesmo jeito que Arisu é, e saber que ele viu tudo, isso deve ser pertubador.

Chota poderia estar em um lugar melhor, agora estava ao lado de quem ele sempre clamou por ajuda, agora ele poderia descansar e não viveria nesse jogo louco, onde cada um de nós é obrigado a passar por todas essas torturas.

-me desculpe!- encarei o céu, pensei nele e senti como se ele estivesse comigo, ao meu lado me abraçando e dizendo que estava tudo bem, como sempre fez.

-me desculpe!- encarei o céu, pensei nele e senti como se ele estivesse comigo, ao meu lado me abraçando e dizendo que estava tudo bem, como sempre fez

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Obrigado por ler, até o próximo capítulo!!

 𝚞𝚖 𝚓𝚘𝚐𝚘 𝚒𝚗𝚊𝚌𝚊𝚋𝚊𝚟𝚎𝚕Onde histórias criam vida. Descubra agora