Iniciação final

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Dias atuais

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Dias atuais

Quando você cresce, cercado de ódio e desprezo, isso se torna tudo o que você conhece. Amor, conquistas e alegrias, são coisas tão raras quanto diamantes brutos. Killian Mikaelson cresceu assim. Desprezado e rejeitado. Só o que conhecia eram ordens e cobranças.

O garoto teve uma infância péssima. Onde só o que ele deveria aprender, era a porcaria de mil feitiços e mais feitiços. Killian não se lembra muito bem, quando, começaram os castigos. Só o que ele se lembra, é que quando não respeitava uma ordem direta da anciã ou das próprias bruxas que o cercavam. Ele era trancado em uma sala pequena, escura e fétida, até aprender a obedecer. Foi assim por anos, até o garoto finalmente aprender a não questionar nada.

Killian, não só aprendeu quando deveria ficar calado, mas também a quando deveria ouvir. Ele ouvia tudo. Qualquer menção aos seus pais e sua família, qualquer palavra que elas diziam sobre os vampiros de New Orleans. Ele sabia de tudo. Era um prisioneiro, mas também era um maldito espião de si próprio.

Família. Killian nunca teve uma. Pelo que aprendeu, em suas poucas saídas ao mundo á fora. Ele nunca teve família. Família luta por você, te protege e te ama incondicionalmente. As bruxas, eram só suas malditas carcereiras, e os originais....Os originais eram alvos.

Klaus Mikaelson o pai. Hayley Marshall a mãe. E os tios, ele também havia decorado os nomes. Rebekah, Elijah, Kol e também havia Freya e Finn que já estava morto. E claro, sua irmã gêmea. Hope.

Ele sabia de tudo, as bruxas sempre o lembravam de seus parentes, as vezes, na tentativa de o insultarem, o comparavam com seu pai. Louco, inconsequente, um assassino impiedoso. Killian odiava as comparações. Odiava todas as bruxas. Odiava morar em um casarão abandonado, cercado por bruxas que o odiavam mais que tudo, e que apenas se aproveitavam de seu poder.

Ele pensava em desistir. Sempre pensou. Não queria ser a arma de ninguém. Se tivesse que matar os Mikaelsons, que fosse pela vingança própria. Não pelas vadias bruxas.

Hoje seria o grande dia. O dia mais esperado de Killian. O dia em que ele iria ser oficialmente iniciado, e que estaria pronto. Para realizar o propósito de seu nascimento.
A última de muitas iniciações.

A noite estava incrivelmente escura, Killian estava nervoso demais, porém não deixaria a oportunidade de ver as estrelas de lado. Ele adorava as estrelas, o céu noturno. Tão escuro, tão reconfortante. O vento era uma brisa familiar que soprava seus cachos loiros e brilhantes. Killian para por um instante e fecha brevemente os olhos, aproveitando a brisa maravilhosa da noite.

— Anda logo garoto!— uma bruxa loira, chamada Olivia, empurra Killian de volta ao caminho no cemitério em ruínas de New Orleans.

O garoto resmunga impaciente pela interrupção e volta a caminhar. Era sempre assim, ele nunca tinha paz, nunca fazia um movimento sem ser repreendido ou ordenado.

A primeira iniciação foi há alguns meses. O dia em que foi forçado a matar uma bruxa humana. Um sacrifício, dizia ela, segundos antes de morrer, um sacrifício pelo grande propósito. A morte dos vampiros originais. Killian não queria admitir pra si mesmo, mas havia gostado. Havia gostado da sensação de quebrar seu pescoço com as próprias mãos. Ele se sentiu forte, pela primeira vez sentiu que era poderoso. Na lua cheia seguinte Killian era um lobisomem. Hoje, ele se tornaria um Vampiro. Seus três lados completos. Finalmente ele estaria pronto.

Ao chegar no cemitério, Killian é recebido por dezenas de bruxas, nem todas estavam ali. Somente algumas sabiam de sua existência. Todas o observavam, perplexas, com medo e nojo. Killian já havia se acostumado com esse tipo de olhar a vida toda.

O garoto sobe em uma das lápides, ficando ao lado de Eleanor, a anciã. Que o observa com uma expressão de orgulho. Orgulho pela arma que criou. Bruxa maldita. Killian pensa e abre um pequeno sorriso, que não chega aos olhos. O único sorriso que era capaz de dar.

— Hoje, minhas irmãs, é um dia especial. Hoje, vamos iniciar, o que a 17 anos viemos fazendo. O último selo será quebrado. Vamos juntas, criar nosso meio de libertação.— Eleanor fala e volta a encarar Killian que permanece inexpressivo.

Ela sinaliza para que Olivia, a bruxa ao lado de Killian, para começar o processo. Olivia agarra por trás o pescoço de Killian e o coloca de joelhos. Bruxas contentes e animadas, soltam gritos de felicidade. O vento frio volta a bater no rosto pálido de Killian e o crepitar das tochas de fogo ao redor, parecem aumentar o ritmo.

— Vamos juntas, alcançar nosso maior objetivo. Que comece, a iniciação.

Após Eleanor se calar, as bruxas também fazem um silêncio repentino. Killian fecha os olhos, e se concentra somente no vento da noite, e o barulho do crepitar das tochas. Vento da noite. Crepitar das tochas. Vento da noite. Crepitar das tochas. E então ele sente seu pescoço se quebrar e perde imediatamente a consciência.

O Filho do HíbridoOnde histórias criam vida. Descubra agora