O Filho do Híbrido

Primeira conversa

Bar Rousseau's, New Orleans...

— Só tive um dia ruim. Klaus...— Killian fala, respirando profundamente. Tentando acalmar a tempestade de sentimentos que o dominavam naquele momento.

Klaus solta um murmuro desinteressado e ignora Killian. Então se volta para a garçonete loira. Cami. Os dois começam uma conversa que Killian não poderia estar menos desinteressado.

Cansado de ser completamente ignorado pelo híbrido, Killian finalmente toma uma atitude e interrompe os dois.

— Humm, então, Klaus... Eu soube que encontraram o culpado, do massacre no cemitério...— Killian fala, e se arrepende mentalmente de ter dito aquilo, ao ver a expressão do híbrido se fechar imediatamente.

— O que você sabe?— Klaus pergunta autoritário. Killian abre um sorriso diabólico, contente de ter conseguido deixá-lo impaciente.

— Sei o que todos sabem. Seu filho está vivo e quer matar cada pessoa que signifique qualquer coisa pra você e sua família.— ao dizer isso, Killian é surpreendido por Klaus, que sem nenhuma delicadeza, avança com brutalidade suas mãos para o pescoço de Killian, que na verdade, pertencia a Josh. O híbrido estava próximo do rosto de Killian, e o encarava com uma expressão raivosa.

— Cuidado como fala, Josh. Não sou Marcel, não aceito que meus lacaios achem que podem falar comigo desse jeito!— Klaus fala, ainda apertando suas mãos com força, ao redor do pescoço de Killian.

Killian solta um gemido dolorido, tentando respirar, enquanto Klaus continua o encarando com raiva. O tribrido então, surpreende o híbrido, abrindo um sorriso extremamente diabólico.

— Não... não...V-vai acontecer novamente. Niklaus...— Killian sussurra com dificuldade, dizendo exatamente o que sabia que seu pai, queria ouvir.

É então que uma presença estranha adentra o bar, chamando a atenção de Killian, que ainda se esforçava para respirar, e Klaus, que ainda o enforcava com puro ódio.

— Klaus, solta ele.— a voz era firme e ao mesmo tempo, serena. Killian se vira para ela e não contém a expressão de surpresa que invade seu rosto.

Klaus imediatamente, solta quem realmente acha que acabou de intimidar, o vampiro Josh. E Killian, finalmente respira tranquilamente, se apoiando no balcão do bar, não tão movimentado naquela tarde. Seus olhos se viram novamente para seu pai, que encarava a mulher com surpresa.

— Hayley... Não sabia que tinha saído de casa. — Klaus afirma, ainda encarando Hayley, que adentra o bar um pouco mais.

— Não sabia que precisava pedir permissão.— Hayley solta, com uma expressão neutra e séria.

— Não precisa. Mas estamos vivendo uma crise, você não está segura andando por aí sozinha.— Klaus fala, fechando sua expressão.

Hayley se aproxima do híbrido, adentrando o bar.

— Crise? É assim que chama nosso filho agora?— Hayley fala, sua voz ficando cada vez mais agressiva.

Killian que estava próximo da conversa nada delicada dos pais, observava cada movimento que Hayley e Klaus faziam.

— Eu não quis dizer isso e você sabe. — Klaus responde, cada vez mais impaciente.

— Não quis? Você tem evitado sua filha. Hope precisa de você!— Hayley esbraveja com raiva.

Klaus, respira profundamente, tentando se controlar. Killian se divertia cada vez mais, com a discussão dos próprios pais.

Como ele adorava, saber que era o motivo de problema para sua gêmea Hope, aquela que roubou tudo o que era de direito de Killian. Aquela que viveu tudo o que Killian deveria ter vivido, enquanto era maltratado, torturado e desprezado pelas bruxas que o criavam.

— Não vamos conversar sobre isso aqui. Vamos para casa.— Klaus fala, decidido a terminar aquela conversa exaustiva. O híbrido então, se vira uma última vez para Killian, que ainda permanecia imóvel, observando seus pais.

— E quanto a você, espero que não volte a falar sobre assuntos que não são de sua conta.— Klaus fala, encarando seu próprio filho pela última vez, antes de caminhar até Hayley com velocidade e pegar em seu braço, puxando-a para saída.

Os dois saem do bar e Killian respira tranquilamente pela primeira vez. Gravando em sua mente, cada detalhe da primeira conversa, que teve com sua mãe e seu pai.