Cap 5 - Marinette Dupain-Cheng

22 3 0
                                    

- Alya, vamos com calma. Vai ser uma festa de inauguração simples, pode ser? - Marinette ria ao telefone por chamada de vídeo, conversava com sua melhor amiga sentava em uma cafeteria com a mãe, na calçada olhando para a Torre Eiffel, depois de fazer compras. Precisava de um perfume novo e só os de Paris eram de seu gosto.

- Srta. Dupain-Cheng, nananinanão! A inauguração da sua loja, sócia de Gabriel Agreste, modelo da própria coleção e estilista da aposta musical do ano Luka, pode ser tudo, menos "simples". - A amiga riu, fazendo uma vozinha fofa para dar ênfase e imitar a amiga na última palavra. - Vamos lá, mesmo que a gente tentasse, só sua lista de convidados faria metade de Paris aparecer. Sem contar seus amigos de fora que com certeza vão querer vir.

- Filha, ela tem razão. Porque não dá uma chance e faz uma festinha pra gente se vestir bem e beber. - Sabine disse, doce como sempre. 

- Viu, até sua mãe concorda. - Alya riu.

- Okay, okay. Vocês venceram. Mas vai ser nos meus conformes, se não vai ser simples, vai ser elegante. E eu posso aproveitar para fazer meu próprio marketing com algumas peças. Lançar uma nova coleção na festa, o que acham? - Marinette já indagava animada.

- Bandeira branca. Eu desisto, você só pensa em trabalho. - Alya riu. - Vamos marcar para conversar. Que tal hoje a noite?

- Meninas, por que não jantam lá em casa? Alya, leva seus amigos, sei que não iam poder ir hoje a tarde na padaria, mas eu preparo um jantar pra gente. - Sabine convidou, mais animada que as próprias garotas.

- Ótima ideia, mãe! Assim, a Alya não se anima muito. - Mari riu. 

- Fechado! Até de noite! - E a ruiva desligou.

- Mãe, não entendi porque disse amigos no plural. Pensei que Alya já era até noiva de Nino. 

- Ah, é que eu quero te apresentar alguém, um amigo deles que vai ao café. - Sabine disse desconversando.

- Manhê, eu estou ótima solteira. - A filha advertiu a mãe.

- Eu sei. Mas o que custa tentar?

Marinette bebericou o café, rindo. O celular tremeu de novo.

***

Adrien teve que viajar cedo na terça-feira. Pediu que Nathalie avisasse a Marinette que por isso não poderia ir ao ateliê naquela semana. Tinha que confessar que tinha ficado irritado por ter que fazer aquela viagem de última hora para Londres, estava ansioso para continuar indo atrás de pistas sobre a vida da azulada. 

Já era sexta, Alya e Nino tinham o avisado que Sabine havia os convidado para jantar na casa dela naquela noite. Ele estava animado, afinal a comida da asiática era maravilhosa. O pão do marido dela também era inigualável, e as sobremesas então.  Adentrou seu quarto sonhando com o jantar, e pensando em qual vinho deveria levar, sai dos seus pensamentos quando seu gato soltou um miado irritado. 

- O que foi, Plagg? Quer o mais ração? - Olhou para o pote transbordando do mesmo. - Ah, sachê de queijo. Entendi.

Colocou para ele, acariciando o gato preto. Foi quando decidiu enviar uma mensagem para a estilista baixinha. Pegou o celular e deitou na cama.

"Sentiu minha falta, mademoiselle?". Enviou.

"De um desconhecido que conhece melhor minha casa que eu? Não, obrigada". A resposta veio rápido.

"Te chamaria para jantar se não fosse tão desconfiada". Riu. Qual o problema de não mentir para ela? Ele chamaria mesmo, até cancelaria o jantar com os amigos.

"E eu aceitaria se não tivesse planos para hoje". Ele se incomodou com a informação.

"Jantar com meus pais, sem ciúmes, sr. Agreste". Veio esta segunda mensagem logo em seguida.

"Já notou? Rs. Tenho que ir. Au revoir, mademoiselle". Ele enviou com um leve sorriso, já levantando para tomar banho e se arrumar. Odiava se atrasar.

"Au revoir, Adrien. E espero ver você no ateliê, logo"

Ele estava adorando. Ela entregava algo que ele não esperava, atrevimento. A garota era uma caixinha de surpresas e ele estava adorando isso.

***

O pai de Marinette ria ao ver a filha de salto scarpin preto, calça social e soltinha vermelha, e blusa também preta, com os cabelos em um coque frouxo, mas a cara suja de farinha, um avental de bolinhas pretas e vermelhas, as mangas arregaçadas, amassando pão para assar e vender no dia seguinte. Mestre Fu estava logo ao lado, rindo-se da situação.

- Pai, este vou deixar para depois do jantar, okay? - Disse colocando mais uma fornada de cookies no forno.

- Ora, ora. Quer dizer que até mesmo você põe a mão na massa? - Luka riu, entrando na cozinha.

- Ela não perdeu o jeito, acredita? - O pai de Marinette disse orgulhoso.

- É de família cozinhar bem. E você, o que faz aqui? - Marinette perguntou, fitando Luka.

- Bom, seu pai disse que ia rolar um jantarzinho aqui hoje, com alguns antigos colegas, você e Fu. E eu me autoconvidei. - Luka dissse.

- Duvido. A gente namorou Luka, você não se autoconvida. Nunca.  - Marinette colocou as mãos na cintura, trocando um olhar cúmplice com Mestre Fu, que segurava a risada.

- Okay, Eu insisti, muito, para ele vir. - Tom riu nervoso.

- Não diga, Tom. - Mestre Fu disse, fazendo Marinette e Luka rirem.

- Deixa eu ajudar. - Luka disse parando ao lado de Marinette para ajudá-la com as fornadas de doces.

***

- Oh, que bom que chegaram!!! Tom e os outros estão lá na cozinha. Querem descer? - Sabine abriu a porta da padaria sorrindo para Alya, Nino e Adrien.

Alya usava um conjunto quadriculado alaranjado, Nino com jeans e camiseta social (era o mais sério que ele chegava), e Adrien, de calça social preta e uma camisa também social, verde esmeralda, com os dois botões de cima abertos para dar um ar mais casual. 

- Vamos, lá! - Alya riu, puxando os amigos. Ela conhecia a loja dos Dupain-Cheng como a palma da mão.

Foi só então que Adrien começou a ligar os pontos. O nome da padaria era Dupain-Cheng e ele poderia jurar que conhecia esse nome de algum lugar.

- Nino. - Ele cochichou para o amigo enquanto desciam as escadas. 

- Qual é? - O moreno cochichou de volta.

- Quem é a filha da Sabine? Eu juro que conheço o nome Dupain-Cheng de algum lugar, eu já...fiquei com ela? - Perguntou preocupado. Anos atrás, Adrien pagava muitas garotas por aí, ao ponto de não gravar o nome de todas. Se a filha de Sabine e Tom fosse alguém com ele tinha se envolvido, ele com certeza tinha que meter o pé dali antes de gerar um grande constrangimento.

- Ah, cara, não pode ser? Você não se ligou ainda? - O amigo riu.

A espinha de Adrien gelou quando chegaram a cozinha. O local era quente. E aparentemente estava uma bagunça. Ele fitou as quatro figuras paradas ali, Tom, que ele já conhecia, marido de Sabine, um garoto de cabelo azul que atirava farinha na direção contrária, Mestre Fu, o velho bronzeado que ele conhecera no escritório do pai, que ria da situação, e...

Marinette Dupain-Cheng.

Pequena EstilistaOnde histórias criam vida. Descubra agora