Aquela Ladra-

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Enchi as mãos de comida e fui procurar um lugar para me sentar. O ambiente estava um pouco lotado e enquanto caminhava, eu era empurrada por alguns idiotas sem educação, até que encontrei uma bancada de bar, com alguns banquinhos altos, sentei na ponta do lado da parede e pedi uma bebida.

 Enquanto comia, uma garota se aproximou de mim para conversar e sentou-se ao meu lado. Ela era bonita e tinha um olhar gentil. Cabelos ruivos, ondulados e longos, ficamos conversando por um bom tempo, até que um... um.... guaxinim? Não sei o que era, mas era fofinho, chegou e disse:

- Vamos, Nami. O capitão está chamando.

- Ah, então esse é seu nome? - falei em tom de brincadeira com a ruiva.

- Você também não se apresentou... - retrucou

- Me chamo S/N.

- Então como você ouviu, tenho de ir. Até a próxima.

Me despedi e ela seguiu com aquele bichinho. Saí em busca de um lugar para dormir. Quando finalmente encontrei um hotel que parecia ser barato, mas quando fui pagar percebi que....

- Aquela ladra...- Resmunguei e sai correndo procurando por ela.

Andei um bom tempo pela cidade tentando encontrá-la, até que vi aquele guaxinim que andava com ela. Acho que meu sangue nunca ferveu tanto em raiva como naquela hora. Corri para o lado daquele bicho, o soquei de surpresa e agarrei em seu pescoço, fazendo um pouca pressão, o suficiente para ele não se mover.

- Cadê ela? Cadê a ruivinha? - Perguntei apertando um pouco mais, mas ele se negou a dizer, quando fui soca-lo novamente, ouvi uma voz familiar

- Não quero ter de bater em uma dama... - Foi quando senti algo gelado tocar minha garganta. Uma lâmina... Aquele espadachim.

- Pode deixar que faço isso por você. - Disse uma voz, logo atrás de minha cabeça, em um tom sádico, podia sentir sua respiração se aproximando - Você é bem barulhenta para alguém do seu tamanho...

- Eu só quero o que é meu de volta... - Disse soltando o bicho, que ficou parado ali mesmo, e levantei as mãos, me rendendo - Vocês também são amigos daquela larápia?

- Ela tem nome.

S/N - Cortesã? Particular, ou você e o verdinho aqui compartilham? - Disse com um sorriso zombeteiro.

Nesse momento, me teletransportei num piscar de olhos, me desviando da lâmina da espada daquele rapaz que se eu não tivesse saído, minha cabeça estaria rolando agora. Eu não sabia que podia fazer isso, eu não lembrava que fazia isso. Todos ficaram confusos, inclusive eu. Meu pulmão doeu, me fazendo tossir mais sangue, tentei me manter de pé, mas a dor me fez cair.

- Devolva o que é meu e eu sumo da frente de vocês. É simples. - Notei todos os olhares em mim - Aproveitando que estão me ouvindo agora, qual o nome do gatinho com espadas? - Eu nem queria saber, era só por pura diversão.

- É Zoro - disse um garoto de chapéu de palha, enquanto cutucava o nariz- Eu sou Luffy, o capitão - ok, acho que ele não percebeu a situação... - Quero você no meu bando.

- Agora ele pirou de vez. - O espadachim disse olhando para Sanji, com um olhar de desagrado.

Sanji calmamente se direcionou até o bichinho, ajudando o mesmo a levantar.

- Ele já errou alguma vez? Eu sei que pode não parecer confortável, mas ele é nosso capitão. Devemos confiar nele. - O tom de sua voz era confiante até demais...

- Agradeço o convite, mas não. Só quero o que é meu de volta. Não quero causar confusões. - Me levantei, limpando o sangue do canto da boca.

- Não ligo. Quero você no meu bando.

- Não ligo. Quero o que é meu de volta. - repliquei seu tom de voz.

- Parece que ele encontrou alguém cabeça dura à altura... - Zoro resmungou - Aliás, porque quer tanto ela no bando? - Ele parecia inconformado com a escolha de seu capitão.

- Eu assisti tudo de longe, achei que dariam conta, mas ela foi capaz de pegar o Chopper desprevenido e ainda desviar de um golpe do Zoro. Tudo isso, ferida. - Todos ficaram em silêncio, chocados com a análise do capitão...- E eu também gostei da camisa dela. - Choque quebrado com sucesso.

- Ah, quer saber, cansei de perder tempo com vocês. Vou assaltar algum lorpa por aí... Até nunca mais. - Me virei e segui, dando um ''tchauzinho'' por cima do ombro.

Agora, não era apenas meu pulmão que latejava de dor, mas meus pés, cabeça e garganta também. Parecia que eu ia morrer a qualquer momento. Andei mais alguns quarteirões, até encontrar uma casinha que estava com a janela aberta, isso seria um convite? Pulei a janela, e percebi que não havia ninguém ali. Arrastei um móvel para trás da porta do quarto, para que ninguém entrasse, e dormi ali...

Amanheceu, acordei com o barulho de algo explodindo, seguido de várias risadas desajeitadas. Ao meu lado, estavam as coisas que haviam sido roubadas por aquela garota e.... Espera... Cocei meus olhos para ter certeza de estar acordada... Eu não estou mais naquela casinha... O que? mas onde...?



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