Capítulo 3

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Chenle acordou já era tarde da noite, olhou para onde estava e reparou que não estava em seu quarto - que dividia com Renjun - e desta vez sentiu falta de não ver o outro chinês na cama ao lado reclamando de alguma coisa qualquer.

Aos poucos o adolescente se levantou de onde estava e começou a sair em direção ao corredor da casa, conseguindo escutar Kun e Doyoung conversando - na verdade discutindo - no andar debaixo, curioso Chenle parou no meio da escada para poder escutar do que se tratava.

- Eu já disse, nós não vamos fazer isso - Kun disse enquanto mexia nos armários.

- E eu posso saber o por que? - Com as mãos na cintura Doyoung reclamava - Não vai te matar.

- Na verdade vai sim - Kun disse enquanto sorria de maneira debochada - Mas não é não!.

- Kunie - O coreano apelou para a manha enquanto ia abraçar o marido - Por favoooor.

- O que você não faz por uma lasanha hein - O chinês brincou enquanto se virava para passar os braços pelos ombros do outro.

- Mas é que é a sua lasanha! - Doyoung disse e roubou um selinho do marido.

- Sei Doyoung, sei - Kun disse e beijou a bochecha do coreano - Agora vai fazer alguma coisa antes que eu te chute da cozinha.

- Seu amor por mim é maravilhoso - Doyoung disse.

- Tu, o Yuta e o Donghyuck quase queimaram a minha cozinha da última vez - Kun disse e começou a empurrar o coreano.

- Mas eu não vou cozinhar, só quero te ver cozinhando e ajudar algumas vezes - O coreano protestava - E além disso você fica muito sexy cozinhando.

Chenle se sentiu envergonhado e acabou tossindo fazendo os dois mais velhos pararem e irem em direção a escada, encontrando um chinês com as bochechas vermelhas demais.

- Olha só, vejo que a bela adormecida já acordou - Doyoung disse sorrindo na direção do filho.

- Vem Lele - Kun chamou pelo garoto - Vamos cozinhar alguma coisa para você comer.

- Ah, eu não estou com fome não! - Disse rapidamente o chinês mais novo enquanto descia as escadas atrás de Kun.

- Você passou o dia todo sem comer - Doyoung reclamou - Eu só vi você comendo dois pedaços de bolo na casa dos meus pais.

- Mas-mas eu juro que não estou com fome - Chenle acabou gaguejando.

- Então você não se importa de esperar a lasanha ficar pronta? - Doyoung perguntou.

- Na verdade, eu queria saber quando eu vou embora - O adolescente disse com a mão na nuca envergonhado.

Os dois jovens adultos se encararam e acabaram ficando tristes, eles queriam muito que o filho ficasse ali com eles, porém não podiam esperar que o chinês mais novo fosse compreensivos logo de primeira.

- Bem eu posso lhe levar para casa agora - Kun disse - Só vou pegar a chave do carro - O chinês mais velho sorriu forçadamente - Eu já volto para a gente fazer a janta okay?.

- Tudo bem meu amor - Doyoung deu um selinho no marido - Tchau Lele - O coreano nem tentou sorrir então rapidamente deu um beijo na testa do filho.

Os dois chineses logo entraram no carro e Kun deu a partida, metade do caminho de fato foi silenciosa - se não fosse pela música que tocava na rádio - até o mais novo resolver puxar um assunto qualquer.

- Vocês vão ficar tristes se eu não morar ali? - Chenle perguntou enquanto olhava para a rua.

- O que? - Kun disse um tanto quanto espantado - Na verdade, nós estamos um pouquinho triste sim porém a gente entende que você deve estar tão confuso com tudo isso que não queremos lhe apressar. Seria incrível você morando com a gente, porém apenas se você quiser ninguém irá lhe obrigar - O mais velho disse prestando atenção na estrada porém sempre com um sorriso no rosto.

- Mas e se eu quiser dormir lá? - Chenle perguntou - Sabe, as vezes é chato dividir o quarto com o Renjun, principalmente quando o Jeno vai dormir lá.

Kun não conseguiu segurar o sorriso e disse que Chenle seria muito mais do que bem vindo em casa - agora sua casa - além de que o adolescente provavelmente teria amor de sobra.

- Eu só preciso pegar algumas coisas agora e avisar a vovó e o vovô? - Mesmo confuso Chenle se auto perguntou, de fato não estava tão preparado assim para chamar Kun e Doyoung de pais, porém podia fazer um pequeno esforço não é mesmo?.

...

- Então você vai mesmo nos abandonar - Meyling disse enquanto limpava as pequenas lágrimas.

- Mãe - Kun disse - Não vai dar nem uma hora de carro, vocês podem ir ver ele sempre.

- E eu vou ter que voltar aqui para buscar as minhas coisas - Chenle disse sorrindo enquanto se despedia dos avós.

- Finalmente um quarto só para mim - Renjun disse brincando, no fundo ele iria sentir muita falta de dividir o quarto com o sobrinho, visto que dividiam desde que Chenle nasceu.

- Quando você tiver pesadelos não vai ter ninguém para abraçar! - Chenle disse com um biquinho nos lábios - Então nem adianta me ligar.

- Larga de ser ruim com seu titio favorito - Renjun disse.

- Mas eu não sou ruim com o Neno - O mais novo brincou.

- Como é que é? - Renjun levantou de onde estava e saiu correndo na direção de Chenle que se grudou em Kun em uma tentativa de fugir dos tapas de seu tio.

- Meninos - Luhan disse rindo enquanto puxava o filho mais novo pelo colarinho da camiseta - Deixe o Lele.

- Eu ainda vou matar ele - O chinês mais novo disse e foi abraçar o sobrinho.

Aquilo mais parecia uma despedida do que uma simples troca de casa que era de fato o que estava acontecendo, após Kun escutar um sermão de como cuidar de Chenle finalmente eles puderam ir embora. Porém ainda teriam que voltar lá no sábado pela manhã para buscar o restinho das coisas de Chenle.

...

- Babe, cheguei - Kun disse e fez sinal para que Chenle ficasse quieto, Doyoung não sabia que o filho havia decidido morar ali com eles.

- Estou aqui no sofá - Doyoung disse com a voz embargada por conta do choro.

- O que foi meu amor? - Kun perguntou enquanto sentava no sofá e puxava o coreano para um abraço e assim o outro colocou o rosto na curva do pescoço do chinês.

- Eu queria que o Lele tivesse ficado aqui com a gente - Doyoung disse enquanto fungava - Mas sei que é muita coisa para a cabecinha dele e que seus pais vão cuidar dele melhor, porém eu queria o nosso bebê aqui.

Chenle sorriu e então se sentou ao lado do coreano no sofá e o abraçou - Talvez eu tenha resolvido ficar.

- Filho - Doyoung disse e pulou sobre Chenle - Eu prometo ser o melhor pai do mundo.

O chinês começou a rir, talvez ele tenha tomado uma ótima decisão de ter ido morar com os pais.

Meus Verdadeiros Pais - ChenleOnde histórias criam vida. Descubra agora