A Princesa Guerreira - EM BREVE

04 - Diana Crawford

- O que você sabe sobre o informante que foi até seu pai? - pergunto comento uma das maçãs que peguei na árvore.

- Não muito, ele apareceu machucado e disse que a carruagem foi atacada perto dos Mares gelados por Arquilienses.

- Perto dos Mares gelados? Foi onde atacaram a tropa que estava com minha mãe.

- Isso não é coincidência - falou mexendo sua adaga na mão.

- Nem um pouco - falo me levantando - Vamos.

- Para onde?

- Até os Mares gelados - ando até Bola de neve.

- Mais os Mares gelados são governados por Perséfone - falou me seguindo - Ela não vai nos deixar chegar perto.

- Perséfone é uma velha amiga, ela vai me ouvir.

Subo em Bola de neve e estendo a mão para Isaac.

- Não gosto de sereias Diana.

- E por que não?

- Quase me afoguei quando era pequeno - fala.

- E você acha que foi uma sereia?

- Eu senti uma mão segurando minha perna e me puxando para baixo - falou segurando minha mão e subindo no Bola de neve.

- Vamos tirar a dúvida com Perséfone.

Andamos por quase uma hora até chegar nos Mares gelados, assim que chegamos amarrei Bola de neve em uma árvore e fui até perto do Mar, Isaac ficou mais afastado.

- Como vamos chamar Perséfone? - perguntou.

- Não precisamos chama-la, ela vira até nós.

- Como?

- Eu sinto quando entram no meu território Isaac Walcher - falou Perséfone a alguns metros de nós.

Ela deslizava pela água com calma e sua calda era de um cinza cintilante com tons de laranja, que combinavam perfeitamente com seus cabelos longos.

- O que faz aqui Diana? - perguntou - Eu disse para não voltar aos Mares gelados, é perigoso para você.

- Eu sei, mas temos um problema e preciso da sua ajuda.

- Para você está com um Triuniense imagino que seja grave.

Me sento a beira da água e conto tudo que me foi dito na igreja, Perséfone analisava cada palavra com cuidado.

- Acredita nesse padre? - perguntou.

- Eu preciso acreditar - falo mexendo na água - Você lembra de algo estranho que aconteceu naquela época.

- Diana quando vocês foram atacadas e tentaram afogar você, eu me lembro de ver marcas nos pulsos dos homens, a mesma marca que tinha no pulso do cavalheiro que a levou de volta para o Castelo, uma serpente enrolada em uma espada.

- É a marca das bruxas negras - falou Isaac.

- Então você acha que todos eles trabalhavam juntos? - pergunto.

- É uma possibilidade - fala chegando mais perto - Escute, eu só vi essa marca no pulso de mais uma pessoa.

- De quem Perséfone?

- Em um dos oficiais de Caramin - falou - Ele vem aqui com frequência e fica horas sentado nas pedras.

- Obrigada Perséfone, você ajudou muito.

- Não me agradeça, sua mãe ajudou muito meu povo Diana - falou e depois olhou para Isaac - E sua mãe também.

- Minha mãe? - perguntou chegando perto de nós.

- Sim, elas sempre vinham juntas me visitar.

- Espera, nossas mães se conheciam? - pergunto.

- Elas eram amigas Diana, nunca souberam disso?

- Não - Isaac e eu falamos ao mesmo tempo.

- Bom, mais uma pista então - falou nadando para longe - Boa sorte em sua busca pela verdade.

- Obrigada Perséfone.

- Ah Isaac, foram monstros das profundezas que quase afogaram você, não nós acuse - fala - E Diana, tome cuidado aqueles que não se devem nomear ainda vivem nas sombras.

- O que? Como assim? - pergunto me levantando, mais ela já estava embaixo d'água.

- O que ela quiz dizer com isso? - pergunto a Isaac.

- Eu não faço idéia, mais de uma coisa eu tenho certeza.

- O que? - pergunto.

- O padre não mentiu.

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Algumas horas depois e eu já havia colocado os espiões reais atrás de qualquer pessoa que tivesse a marca das bruxas negras. Isaac já estava em Triuna procurando por mais pistas e eu estava em Arquila esperando informações.

- Tem certeza que eles iram conseguir Alteza? - perguntou Emilia arrumando minha cama.

Eu havia contado a ela o que andava fazendo, conheço Emilia desde os dez anos, confio nela com minha vida.

- Eles irão encontrar e se não acharem nada, vou até às portas do inferno para descobrir a verdade.

- Não vai precisar ir tão longe Alteza - falou Arthur na porta dos meus aposentos.

- O que achou Arthur? - pergunto indo até ele, Emilia se retirou em seguida.

Arthur entrou e fechou a porta, pouquíssimas pessoas sabiam o que estava acontecendo e eu preferia que continuasse assim.

- Encontrei três homens com a marca que Vossa Alteza descreveu - fala abrindo o mapa encima da mesa e me mostrando os locais.

- Todos eles estão perto do território das bruxas negras.

- Sim Alteza - confirma - E encontramos Axel - fala chamando minha atenção.

- Onde?

- Ele está nas Montanhas de neve, tentamos chegar perto mas havia muitos demônios de gelo e alimentadores.

- Como ele pode viver lá com tantos perigosos?

- Ouvimos rumores de que Axel está enfeitiçado - fala Arthur.

- Enfeitiçado?

- Um feitiço de proteção.

- Isso explicaria como ele ainda está vivo - falo - Prepare Black para viagem.

- Alteza com todo respeito, não pode atravessar as Montanhas de neve sozinha, é muito perigoso.

- Não se preocupe comigo Arthur, só prepare Black - falo indo até minha espada.

- E Bola de neve?

- Bola de neve não está acostumado com temperaturas tão baixas.

- Tem certeza que irá sozinha? Eu mesmo posso acompanha-la.

- Não se preocupe, aqueles demônios vão sentir toda meu ódio - falo alisando a espada.

Diana tá com espírito aventureira kkkkk

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Bjs da Nix