Mizpá

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Ok, você estava absolutamente apaixonada pelo mais novo dos Malfoy, e isso foi um bom empurrão para que comprasse o espelho de dois sentidos quando o encontrou em uma loja levemente suspeita (Merlin, você ainda não entendia como sempre acabava nesse tipo de local, a curiosidade era, sem dúvidas, uma maldição).

Você não hesitou em enviar uma das metades para ele, acompanhado de um bilhete explicando como usar e avisando que poderia chamá-la se quisesse. Você estava ansiosa, é claro, mas tentou manter as expectativas baixas, porque talvez ele não quisesse vê-la, apenas respondesse as cartas por educação, quando não tinha nada melhor para fazer.

Contudo, não demorou muito para o espelho chamar sua atenção, o cabelo platinado aparecendo ali. Você o levantou rapidamente, deixando sua tarefa recém começada de feitiços para depois, e sorrindo para o menino que a observava.

Morgana que a defendesse, o maldito era bonito. E ficou ainda mais quando sorriu, levemente atrevido, e falou com aquela voz estranhamente calmante.

—É sempre bom ver uma garota bonita. —ele elogiou em algum ponto, piscando, e você corou.

—E eu aqui, pensando ser a única. —devolveu dramaticamente, levando uma mão ao peito e revirando os olhos.

—A única com quem vou casar. —arqueou as sobrancelhas para a resposta, e ele riu antes de completar: —E a mais bonita de todas.

Ainda naquela semana você aprendera uma palavra nova: mizpá era o nome dado ao vínculo emocional entre pessoas fisicamente separadas, e parecia bem apropriado para definir a relação que tinham.

Seu terceiro ano foi preenchido por conversas através do espelho, e risadas, e sorrisos, e pela companhia constante de Draco Malfoy.

Sete Palavras Para Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora